Luísa:- Eles dormiram. - Fer avisou enquanto descia as escadas.
- Ótimo, preciso tomar beber até esquecer meu nome.
- E não vai ser aqui. Vá trocar de roupa, nós vamos sair.
- Pra onde? As crianças...
- Não se preocupe, confie em mim. Troque de roupa que eu vou resolver isso.
Ainda com pé atrás, subi as escadas e troquei de roupa. Coloquei um vestido preto no meio das coxas, era soltinho, mas tinha um decote enorme nas costas, calcei uma rasteirinha de pedrinhas brilhantes e desci. Fernando estava mexendo no celular quando assoviei, ele me olhou e abriu um sorrisão.
- Caralho, uma mulher é uma mulher! - Ele levantou e beijou meu rosto. - Quanto a babá, tudo pronto.
- Quem você chamou?
- Eu, claro. - Cecí saiu da cozinha com um pote de sorvete. - Raquel está viajando à trabalho, então eu estava sozinha em casa assistindo séries, agora vim assistir aqui e comer coisas da sua geladeira.
- Não vai ficar chateada de ficar em casa enquanto a gente bebe?
- Não quando for para cuidar dos meus afilhados e pra você sair pra beber pra caralho. Agora vão, precisam se divertir.
- Não voltaremos tarde. - Avisei.
- Voltaremos sim. Faça o café da manhã. - Fernando me puxou pela mão para a porta. - Já chamei o Uber.
- Só volte carregada e com soro na veia, por favor.
- Pelo amor de Deus, não. - Encarei Fernando e ele riu.
Nós descemos no elevador e eu o enchia de perguntas. Queria saber para onde iríamos, mas ele não me falou em momento algum. O Uber dirigiu até um bar/boate alternativo, do qual algumas vezes eu costumava frequentar com eles.
- Hoje vai ter funk e pop. - Ele pagou o Uber e desceu comigo em sua cola. - Já paguei por aplicativo, não precisamos ficar nessa fila gigante.
- Fernando, eu nem trouxe minha arma. - Sussurrei. - Já pensou se tem alguma confusão e...
- Relaxe, hoje você é apenas Luísa, nada de delegada aqui. - Ele me encarou sério. - Vem, precisamos entrar.
Um homem recebeu nossas entradas e pudemos entrar. Estava parcialmente cheio, um DJ tocava pop e havia algumas carinhas bonitas, então tratei logo de me alegrar um pouco.
- Vem, vamos beber, você precisa encher a boca, a buceta e o cu de bebida. - Ele me arrastou até o bar enquanto eu ria.
- Por favor, duas bebidas com vodca. - Pedi ao barman barbado.
- Capricha, hoje nós vamos sair daqui carregados.
- Só espero que não seja pelo SAMU e polícia. - Resmunguei e ele riu.
Pegamos as bebidas e ficamos bebendo até a pista animar ainda mais. Quando começou uma sequência de funk, devolvemos os copos de vidro ao bar e fomos para a pista. Fernando dançava melhor que eu, então muitas vezes eu tinha vergonha de dançar com ele nos locais.
- Tem uma mulher te encarando. - Ele falou em meu ouvido. - Inclusive, acho que já vi.
- Onde? - Tentei me virar, mas ele me puxou.
- Garota, disfarce!
Fui girando e dançando, logo vi quem era e voltei a olha-lo.
- Tá louco? É a Tainah, minha aluna!
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Ela e eu
RomanceLuísa sempre teve um olhar diferente para uma professora de sua faculdade. Quando finalmente consegue lhe ter nas mãos, será mais difícil do que pensava para manter quem sempre quis ao seu lado.