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Luísa:

Quando cheguei em casa na sexta à noite, Ana estava cochilando no sofá com a TV da sala de estar ligada. Tirei os sapatos. tranquei a porta, coloquei minha bolsa na mesa de jantar e me aproximei do sofá. Beijei seu rosto e sentei, colocando sua cabeça em meu colo enquanto ela resmungava algo enquanto sonhava.

Assisti parte do jornal e ainda o começo de um filme de ação. Pedi dois sanduíches por um aplicativo de comida e aguardei por uns quarenta minutos. Quando o interfone tocou, ela se mexeu e me encarou.

- Preciso atender, pedi nosso jantar. - Ela assentiu e sentou devagar.

Liberei a subida do entregador, recebi na porta, paguei e levei para o sofá.

- Não estou com fome. - Ela falou enquanto afastava o pacote do seu sanduíche.

- Pode tratar de comer, não pode ficar com fome.

- Arranjei uma mãe mandona. - Ana revirou os olhos e pegou o sanduíche. - Pelo menos está quentinho.

Ficamos comendo enquanto assistíamos o filme de ação com Nicole Kidman e Nicolas Cage, até que Ana jogou o sanduíche na mesa de centro e levantou correndo, indo pro quarto. Coloquei o papel do meu sanduíche na mesa e fui atrás dela.

Ana estava vomitando no vaso sanitário, então prendi seu cabelo em um rabo de cabalo e sentei ao seu lado, esperando que colocasse tudo para fora.

- O que você tem? - Perguntei preocupada.

- Não sei, estou sentindo dor no estômago desde o almoço, eu comi na universidade e acho que não me caiu bem. - Ela provocou mais e começou a chorar.

Puxei-a para meu colo e limpei sua boca com a toalha, depois joguei no cesto.

- Vamos ao hospital.

- Não, eu odeio hospitais. - Ela se tremeu inteira. - Me dê remédio.

- Certo, tenho remédio de enjoo na bolsa, mas se você não melhorar nós vamos ao hospital. - Ela tentou rebater, mas continuei: - E não adianta falar que não.

Ela suspirou e levantamos. Entreguei o remédio a ela e a fiz deitar na cama. Limpei o banheiro, ajeitei a sala, apaguei as luzes e fui ao quarto.

- Quer tomar um banho? - Perguntei.

- Não, estou bem.

Me aproximei, retirei sua roupa que ainda era do trabalho, joguei no cesto de roupas e fui tomar banho. Vesti um pijama e quando deitei ao seu lado, ela já estava cochilando. Apaguei o abajur e dormi.

Acordei algumas horas depois com a luz do banheiro nos meus olhos.

- Ana? - Chamei e a vi no banheiro vomitando.

Levantei atordoada e prendi novamente seu cabelo. Depois lhe ajudei a escovar os dentes e lhe coloquei debaixo do chuveiro.

- Amor, você está com febre.

- Não... - Resmungou se afastando da água. - Está frio, Luísa.

- Saia, vamos ao hospital.

Ana choramingou e eu lhe puxei, cobrindo seu corpo com a toalha. Ela se tremia e chorava. Ajudei-lhe a se vestir com um short leve, uma blusa frouxa e e chinelo, prendi seu cabelo no coque e esperei que vomitasse ainda mais na privada. Depois lhe deixei na cama, me vesti em um minuto e descemos.

Dirigi até o hospital e demos entrada na emergência. Ana foi atendida dez minutos depois e a medicaram por estar com pressão baixa e pálida.

- Vamos fazer alguns exames de sangue. - A médica me disse na porta da enfermaria.

Ela e euOnde histórias criam vida. Descubra agora