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Luísa:

Passei o resto da semana inteira sem celular. Depois da conversa com Cecília, acabei faltando todos os dias de aula, porém tive sorte que meus professores não fizeram chamada, então ganhei presença. Inventei para minha mãe que era semana de apresentação de trabalhos e que eu estava livre, não sei se ela acreditou, mas depois que entrei pra faculdade, ela não está nem aí para minha vida acadêmica.

Não fui comprar meu carregador, então meu celular ficou descarregado por dias. Ninguém da minha casa possui celular da mesma marca, então preciso comprar um depois.

Na sexta, passei o dia inteiro estudando. Consegui entrar em contato com uma garota pelo Facebook, já que acessei pelo notebook e ela me passou o conteúdo das aulas. Às cinco da tarde, comecei a estudar para dar aula de monitoria na semana seguinte. Coloquei os fones de ouvido em modo aleatório, estava mais cantando as músicas sobre amante de Marília Mendonça do que prestando atenção no que escrevia no caderno. Fora que estava pensativa na proposta de Cecília, se voltaria a ter algo ou não.

- Mãe, que susto! - Falei dando um pulo na cadeira e colocando a mão no peito.

Ela retirou meus fones e deixou cair em minhas pernas.

- Não sou sua mãe.

Reconheci aquela voz e me virei de uma vez. Ana estava parada na minha frente, com um sorriso e mãos enfiadas dentro de sua calça social branca.

- O que está fazendo aqui?! Ana, como entrou em minha casa? - Levantei da cadeira e notei que a porta estava trancada. - Você pulou o muro da minha casa?

- Não, sua mãe foi quem abriu o portão para mim e indicou seu quarto. - Ela disse dando de ombros e indo em direção a minha prateleira de livros. - Você já leu todos ou fingiu?

- Eu li todos, porém faltam esses cinco. - Apontei alguns separados. - Sério? Como que minha mãe te deixou vir no meu quarto?

- Ai garota, você faz perguntas demais. Vamos, arrume uma mochila e vamos pra minha casa.

- Não posso, tenho uma festa amanhã à noite.

- Amanhã, não hoje. Vamos, arrume sua bolsa.

Revirei os olhos e peguei a mochila de sempre.

***

Ana:

Enquanto Luísa procurava uma roupa, fiquei observando suas coisas. Depois que ela terminou ficou me encarando.

- Pronto? - Ela perguntou. - Já olhou tudo?

- Faltou uma coisa...

Me aproximei e lhe empurrei sobre a cama. Subi sobre seu corpo e beijei sua bochecha e em seguida lhe dei um selinho.

- Quero foder sua buceta aqui nessa cama... - Sussurrei em seu ouvido e ela me deu um tapa na coxa.

- Vamos, Ana, antes que minha mãe venha atrás de nós duas.

Suspirei e lhe ajudei a levantar. Depois que pegou sua pequena mochila, seguimos para a sala e sua mãe estava sentada mexendo no celular.

- Mãe, vou dormir na casa da Ana. Aliás, ela é minha professora.

- E porque você vai dormir na casa de sua professora? - Minha mãe deixou o celular de lado e levantou.

Luísa ficou calada e eu tive que me meter.

- Então, senhora, sua filha é minha monitora. Vamos entrar em semana de provas e como de costume, todos os alunos precisam se reunir com o professor para resolver tudo. Como passei a semana inteira viajando à trabalho, só tive tempo hoje, e as provas são segunda, preciso mandar tudo até amanhã.

Ela e euOnde histórias criam vida. Descubra agora