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Luísa:

Na sexta, após a última prova, joguei meu estojo dentro da bolsa e desci para encontrar as meninas na mesa.

- Finalmente férias! - Falei beijando o rosto de Paloma e Bia.

- E ainda bem que estão vindo as festas, né?!

- E deveríamos começar com essas festas hoje, aliás, precisamos comemorar o fim do semestre. - Bia sugeriu.

- Vamos beber em algum barzinho, por favor.

Marcamos o local e horário. Me despedi e corri para o estágio. Após 4 horas de trabalho, peguei o carro e fui para casa. Fiquei jogada no sofá por alguns minutos, então tomei banho e fui comer algo antes de sair para beber.

- Para onde vai? - Mãe perguntou.

- Beber com as meninas, vamos comemorar as férias.

- Cuidado e juízo. Se for dormir fora, me mande uma mensagem, por favor.

- Sim, senhora. - Beijei seu rosto e fui me arrumar enquanto ela fazia um sanduíche pra mim.

Uma hora depois encontrei as meninas na casa de Bia. Layssa, que havia ido embora mais cedo da faculdade, estava com uma garrafa de vodka para fazer o "esquenta". Tomamos alguns shots e chamamos o Uber para o bar que iríamos.

No percurso, Ana me mandou algumas mensagens pedindo para lhe encontrar no restaurante, apenas ignorei. Chegamos no bar e pedimos uma rodada de chopp, e um refrigerante para Paloma, já que ela realmente não bebia.

Ana me ligou e eu desliguei a ligação antes de atender. Ela tentou de novo e eu larguei o celular sobre a mesa.

- Porque não atende? - Bia perguntou.

- Estamos brigadas há uma semana. Eu a vi beijando a Paula, aí saí do apartamento e estou na minha mãe há uma semana.

- Ela explicou o que aconteceu?

- Eu não deixei, ela tentou falar, mas eu apenas ignorei. Eu amo a Ana, mas é complicado...

- Você tem ciúmes dela? Tipo, com professoras e alunas?

- Com professora apenas a Paula, mas alunas u tenho mais, só que evito falar e fico na minha. - Balancei os ombros. - Eu sei que ela me ama, mas... Ai, não quero falar disso.

- Então vamos ignora-la, por enquanto. - Layssa pegou meu celular e guardou em seu bolso.

***

Ana:

Quando amanheceu, fui para casa, tomei banho, troquei de roupa e fui para a universidade. Após o trabalho, mandei mensagens para Luísa e ela me ignorou.

Liguei uma vez e ela desligou, e na segunda chamou até cair. Peguei o carro e dirigi até a casa da minha, até então, minha sogra. Toquei a campainha e ela atendeu uns minutos depois.

- Oi, Ana. - Ela me abraçou e convidou para entrar. - Como está?

- Acho que você sabe... - Sorri de lado. Vi o carro de Luísa na garagem e tive esperanças. - Ela está aqui?

- Não, saiu para comemorar as férias com as amigas.

- Sabe em qual lugar? - Perguntei e ela sentou no sofá, dando umas batidinhas ao seu lado.

- Sente aqui, precisamos conversar. - Obedeci. - Me conte o que aconteceu.

- Então... - Respirei fundo. - A universidade me pediu para aplicar as provas de alunos em regime especial, então obedeci e apliquei. Eram poucos alunos, então às 19:30h haviam pouquíssimos alunos. A Paula, que também é professora de Direito, chegou na sala para conversar sobre a reta final do semestre. Falamos algumas coisas formais e depois besteiras, como coisas do dia a dia. Quando o último aluno saiu, ela ficou na minha frente e me beijou, forçando tanto que eu não consegui empurra-la. Quando Luísa entrou na sala, eu estava com as mãos nos ombros de Paula, para afasta-la. Luísa viu e correu para casa.

Ela e euOnde histórias criam vida. Descubra agora