XXVIII

3.9K 261 35
                                    


Luísa:

- Certo, daqui a pouco chego na delegacia. Obrigada por avisar.

Ana desligou a ligação e me encarou.

- Quem você acha que é?

- Espero que seja Maya. - Suspirei e sentei na cama. - Droga.

- Com raiva que ela foi presa?

- Não, que o Nero atrapalhou o sexo. - Revirei os olhos e ela riu. - Não tem graça.

- Vamos fazer assim, - ela se aproximou e segurou meu rosto. - vamos até a delegacia resolver esse problema e depois voltamos pra cá.

- Eu ia pagar a conta quando descesse.

- Você pagou uma diária, podemos ficar até amanhã meio dia. - Ela falou e eu lembrei.

- Certo, vou me vestir.

- Eu também. - Ela passou a língua em meus lábios e deu um selinho.

- Não me provoque, Ana. Te jogo na cama e ninguém sai daqui hoje.

- Falar e não fazer adianta nada. - Ela me deu um tapinha no ombro e foi para o banheiro.

Nos vestimos com calma e entre alguns beijos. Deixamos as bolsas, levando apenas a chave do seu carro, celular e carteira. Descemos conversando sobre as crianças no elevador, Ana me contou que às vezes choravam de saudade de mim e isso me deixou mal.

- Senhora, vai encerrar o check-in? - O gerente que eu falei quando cheguei me chamou no balcão.

- Não, vou resolver algumas coisas e retorno. O cartão da porta está comigo.

- Esse é o caso sigiloso? - Uma recepcionista questionou o gerente e encarou Ana. - Ela quem é a delegada federal? - Ela me encarou.

- No caso ela é delegada federal, mas ela estava atrás de prender ninguém não. - Ana tomou a frente e falou pra recepcionista. - Ela se chama Luísa e marcou esse encontro pra primeiramente me fazer mudar de ideia do divórcio e transar comigo, mas...

Puxei Ana e coloquei a mão em sua boca.

- Não se preocupem, vamos encerrar o check-in amanhã. - Falei séria e saí andando com Ana e sua boca fechada. - Tá doida?

- Você falou pra eles que era um caso sigiloso?!

- Não podia dar bandeira. Se eu falasse que era delegada e que estava te esperando, era capaz de soltarem um "a delegada está lhe esperando", você iria desconfiar e ir embora. - Entramos no carro e afivelamos os cintos. - Estou errada?

- Não, eu faria isso mesmo.

Ana ligou o carro e seguimos até a delegacia. Ela estacionou em frente e entramos.

- Cadê a sua arma?

- Minha não, é sua. Deixei no hotel. - Ela respondeu baixo e eu assenti.

Nero logo saiu e nos chamou para sua sala.

- Estou surpreso, as duas estavam divorciadas, não?

- Bem, estávamos conversando sobre as crianças e assinando o divórcio quando o senhor ligou. - Ana respondeu sorrindo de lado. - Ela escutou a conversa e resolveu vir.

- Ótimo, economizo duas reuniões. - Ele se ajeitou na cadeira e fez um sinal para um policial sair de sua sala. - Maya e Maurício foram presos com drogas no carro e estão admitindo alguns crimes que cometeram.

- Drogas?! Como assim? - Arregalei os olhos e Ana me encarou.

- 15kg de drogas e dinheiro. Vamos verificar o apartamento de Maya. Tudo indica que Diane esteja envolvida, mas não sabemos ainda, ela está aqui conosco. Precisamos de provas.

Ela e euOnde histórias criam vida. Descubra agora