Luísa:Alguns minutos depois, um carro de bombeiros e ambulância chegaram. Eles verificaram o carro e analisaram como estava o carro para que pudessem me retirar.
- Você está ciente? - Um homem perguntou.
- Sim. - Falei.
- Vamos retirar você daí, tem algum contato para que possamos ligar?
- Tenho.
Peguei meu celular e coloquei a senha. Disquei o número e lhe entreguei.
- Nome dela é Ana.
- Vamos retirar o outro homem primeiro, ele está em estado grave. - Assenti.
O homem saiu com meu celular e retornou minutos depois.
- Fique aqui, sua acompanhante está a caminho.
Alguns minutos depois, escutei um freio de carro e Ana se aproximar correndo.
- Luísa, está sentindo dor?!
- Não, mas eu quero sair daqui...
Um médico se aproximou com outros homens e começaram a me retirar. Colocaram-me e sobre uma maca.
- Ana, não sinto minhas pernas. - Falei passando as mãos.
- Como assim não sente suas pernas?! - Ela perguntou nervosa. - Tente mexe-las.
- Não consigo! - Minha voz ficou embargada e comecei a chorar.
- Levem-a para o hospital! - Um homem gritou e me colocaram dentro da ambulância.
- Eu vou com você. - Ela entrou na ambulância comigo e pude escuta-la pedir que Fernando buscasse seu carro no local do acidente. - Você vai ficar bem, meu amor...
Quando chegamos no hospital, fiz uma bateria de exames e fui levada para a enfermaria. Ana estava ao meu lado o tempo inteiro, inclusive na hora dos exames.
- Fiquei com medo de te perder... - Ela disse beijando minha mão.
- Não pense nisso, Ana... - Falei sorrindo.
O médico entrou na enfermaria e veio até nós.
- Aposto que consegue mexer as pernas. - Ele disse sorrindo.
Movi devagar e consegui. Aos poucos, comecei a andar pela enfermaria e estava sem dor.
- Isso aconteceu por conta do susto provocado pelo acidente. Você ficou nervosa, surpresa, assustada e acabou travando seu corpo em várias formas. Sente alguma dor?
- Não, apenas ardência nesses arranhões. - Mostrei o rosto e os braços.
- Vou receitar alguns remédios, apenas para curar esses machucados. Você quer alta?
- Por favor! - Falei.
- Tem certeza que não é bom deixa-la em observação?! - Ana perguntou tomando a frente.
- Não, Ana, eu quero ir pra casa.
- Olhe, ela está ótima, é melhor descansar em casa mesmo. Caso você sinta qualquer coisa, até dor de cabeça, venha ao hospital imediatamente.
- Obrigada. - Respondi.
- Você tem notícias do homem que causou o acidente?
- Ele está em estado grave, mas estável. Já realizou alguns exames e foi comprovado o alto teor de bebida alcoólica. Agora é com a polícia, justiça, essas coisas que eu não entendo bem.
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Ela e eu
RomanceLuísa sempre teve um olhar diferente para uma professora de sua faculdade. Quando finalmente consegue lhe ter nas mãos, será mais difícil do que pensava para manter quem sempre quis ao seu lado.