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Luísa:

Eu não a vi direito. Estava deitada e com muito frio. Senti Paloma sair e alguém se aproximar. Ana se aproximou e passou as mãos em minhas costas.

- O que ela está tomando?

- Glicose. - A enfermeira lhe respondeu. - Ela chegou bem mal, está melhorando. Bebeu demais, deu nisso.

- Vá embora, Ana. - Resmunguei.

- E te deixar aqui sozinha e bêbada? Deveria mesmo. - Ela respondeu me dando um leve tapa no ombro. - O que bebeu?

- Não te interessa.

Escutei ela suspirar e sentar ao meu lado.

- Estou com frio! - Gritei, com os dentes batendo.

- Bem feito. Quem mandou beber? Agora aguente o frio.

Desisti de bater boca e fiquei escutando a conversa das duas, mas não lembro o que elas falaram. Após meu remédio acabar, passei no médico e ele me liberou. As meninas já haviam ido embora, então Ana me colocou dentro de seu carro e seguiu devagar para sua casa.

Entrei em silêncio, com ela segurando meu braço. Ela me acompanhou até o banheiro, retirou minhas roupas e me pôs debaixo do chuveiro. Tomei um banho rápido, tirei o cheiro de vômito e ela me levou para a cama.

Antes que eu vestisse algo, apenas cai na cama e apaguei.

***

Ana:

Depois que Layssa me mandou uma mensagem avisando que Luísa estava no hospital, deixei todo meu trabalho da madrugada e fui para onde ela estava. Liberei as meninas e fiquei com ela.

Depois que a trouxe para minha casa, lhe ajudei no banho e antes que eu desse um pijama, ela já estava deitada na cama, nua e apagada. Puxei o cobertor para lhe cobrir, troquei minha roupa e deitei ao seu lado, dormindo mais tranquila por lhe ter ao meu lado.

Acordei com Luísa se mexendo. Abri os olhos e ela estava encarando o teto, parecia sonâmbula.

- Você está bem? - Perguntei com a voz rouca.

Ela me encarou e voltou a olhar o teto. Me aproximei e segurei seu rosto, fazendo com que me olhasse.

- Você está bem?

- Quero ir embora.

- De ressaca? Sua mãe ver a merda que fez em festa? - Perguntei e ela me encarava como se tivesse com vergonha. - Eu te trouxe pra cá pra poupar uma surra.

- Eu não pedi que me poupasse a surra.

Ela me empurrou devagar e sentou. Como estava nua, encarei seus seios e barriga, descobertos. Ela prendeu o cabelo com uma liga de seu pulso e seguiu para o banheiro, fechando a porta.

***

Luísa:

Minha cabeça latejava e eu mal conseguia abrir os olhos. Quando finalmente encarei o teto branco, reconheci o local aos poucos. Ana dormia ao meu lado, virada para mim. Me mexi um pouco e ela acordou.

- Você está bem? - Perguntou com a voz rouca. Só isso me deixou excitada.

Olhei seu rosto e voltei a encarar o teto. Senti seus dedos puxarem meu rosto, obrigando-me a encara-la.

- Você está bem?

- Quero ir embora.

- De ressaca? Sua mãe ver a merda que fez em festa? - Perguntou com uma voz diferente, como se estivesse com raiva. - Eu te trouxe pra cá pra poupar uma surra.

Ela e euOnde histórias criam vida. Descubra agora