Puro Sangue, Black [REVISANDO]

Marlenne

Saudade.

Amor.

Esperança.

Paixão.

Carência.

Tinha várias explicações para mim estar fazendo isso, eu só não sabia qual escolher.

Eu sabia que ele estava no jardim, Jay tinha me falado, depois de algumas ameaças e algumas promessas envolvendo uma certa ruiva, mas o que não fizemos em nome de algo maior?

Ele estava lá, embaixo de uma árvore, seus cabelos cacheados ao vento, como ele gosta. Via seu sorriso enquanto me aproximava e me pergunta o que aconteceu conosco?

Ele sabia que eu estava ali, ele sempre sabia! Só não queria falar comigo, se fosse alguns meses atrás, certamente, já teria levantado e muito antes de falar alguma coisa já teríamos nos beijado. Mas como isso não poderia acontecer mais, ele apenas me ignorava.

Sentei ao seu lado, escorando minhas costas no tronco da árvore e expichando minhas pernas para frente. Péssima ideia vim para o jardim com essa calça apertada, não conseguia nem sentar indiozinho.

- O que tá fazendo aqui?_pergunta sem me olhar.

- Boa tarde para você também, estou bem, obrigada por pergunta._digo me mexendo desconfortável.

- Boa tarde McKinnon, tá bem? Eu estou._fala de olhos fechados.

- Sirius_chamo ele.

Eu não aguentava mais! Eu sentia falta de seu toque, do seu sorriso, do seu cheiro, do seu jeito, tinha falta até daquele seu arzinho de arrogância.

- O que foi Marlenne?_pergunta sem me olhar_O que você quer com uma pessoa egoísta como eu? Um mesquinho?_engulo em seco lembrando da nossa última briga, onde chamei ele disso e muito mais_Diga o que quer?

Abaixo a cabeça envergonhada, eu estava brava, nada estava dando certo, eu me descontrolei e descontei na primeira pessoa que vi, ele.

- Me desculpa._falo baixo.

- Desculpar pelo que? Por não pensar em nada além de mim?_ironizo_Eu não quero conversar, por favor, saia daqui.

- Sirius, eu_não sabia o que dizer_Por favor!_peço.

- Por favor digo eu, Marlenne! Saia daqui!_aumenta seu tom de voz mandando.

- Eu não sabia como agir, eu não tava aguentando, eu só..._respjro fundo quando uma lufada de vento trás seu perfume para mim_Me perdoa!

- Quase dois anos juntos._ele começa baixinho_ Jogados na boca de um dragão por você!_fala finalmente me olhando.

- Não fala assim.

- Aquelas palavras não saíram da minha cabeça, elas me atormentam cada vez que eu vou dormir._sua expressão facial estava fechada_Eu não sou igual a eles!

- Você não é parecido com seus pais._falo lembrando de minhas palavras_Nunca vai ser._aproximo meu corpo do seu devagarinho mas paro quando ele está por perceber.

- Elas não saiem da minha cabeça._fecho os olhos_Agora, de olhos fechados, eu me enxergo como meu pai e isso me dá medo._confessa.