Convite

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Ele estava nervoso, parecia não querer falar o que queria, droga na hora já pensei que ele tinha feito alguma merda e o nosso namoro iria acabar, eu não queria acabar.

-O que você aprontou? _ ele deve ter percebido o olhar assassino que eu lhe lancei, já que se afastou dois passos de perto de mim.

-Não é o que você está pensando. Deixa o ciúme de lado, porque não é isto._tenta explicar, mas isto me deixou mais desconfiada._ Minha mãe quer conhecer você._falou rápido.

Pelo cabelo preto de Morgana, antes tivesse traído.

-Como? Acho que entendi errado._fale esperançosa.

-Narcisa falou para minha mãe que estou namorando uma sangue-pura, então minha mãe quer conhecer você, mandou convidar você e sua família para a ceia de Natal. _explica tudo de uma vez_ Você quer ir?

Eu estava em duvida, conhecer Walburga Black e Órion Black, com apenas dois meses e alguns dias de namoro, sério? Fora ter que falar com meus pais para que eles cancelaram com meus tios para irmos na famosa casa dos Black's, trocar uma ceia de família para uma de pessoas que só ouço falar.

Certo, que eles eram atualmente meus sogros, mas isso é um avançar no namoro rápido demais, Lenne vai fazer quase um ano de namoro e nunca foi lá e eu que mal cheguei, já vou entrar naquela casa, conhecer eles, num lugar de SONSERINOS, quantas vezes eu já briguei com Régulo por casa das casas de Hogwarts.

- E outra, meus tios tambem vão estar conosco, e minha prima Bellatrix e Rolph também!_fala sorrindo envergonhado.

Ta bom agora eu acho que me apavorei, seus tios preconceituosos que tiveram coragem de rejeitar a filha porque casou com um nascido trouxa, serio?

-Rég, eu acho que não vai dar!_falo vendo seu rosto se entristecer_Amor, não faz essa carinha triste, você quer mesmo que eu vá?_vendo aquela carinha dele, se ele pedir para mim ir, eu vou.

-Eu quero que você vá!_ele diz, eu já estava por dizer que ia mandar uma carta para meus pais, quando ele fala_ Mas se você não se sentir confortável, eu invento uma desculpa para meus pais.

Eu e Marlenne já havíamos conversado sobre momentos como esses, quando você começa a namorar alguém, você tem que aprender a ceder em alguma coisa e ali estava um desses momentos, eu só não sabia se estava preparada para ser agora.

Eu vi em seus olhos que ele queria que eu fosse, então eu decidi, eu iria não  importasse o que eu teria que ouvir naquela casa e como convenceria meus pais.

-Amor eu preciso ir indo, tenho que fazer uma carta que convença meu pai para nós irmos, só por favor peça para sua prima e o namorado se comportem. Bom vou indo_digo me aproximando de seu corpo.

- Você quer mesmo fazer isto?_ele pergunta com um sorriso encantador.

-Se você acha que eu posso conhecer sua família, então eu vou, isso é importante para você, então, é para mim também. Eu vou estar com você para tudo. Eu amo você!

- Você é perfeita mesmo._ ele sorriu deslumbrado e eu não aguentei, acabando pulando em seu colo e lhe beijando.

Régulo não esperava por esse movimento inesperado e sorriu continuando meu beijo, suas mãos se arrastaram por minhas pernas fazendo os pelos de meu corpo se arrepiarem, ele pegou firme no meio de minhas coxas e me fez abraçar sua cintura, descansando as mãos em minha bunda, me segurando ali.

Pela primeira vez, eu não me importei com nossa proximidade, revezava entre apertar e fazer carinho em mim, nós nunca tinhamos nos beijarmos com tanto desejo, luxuria e agora ali estavamos nós dois atracados em um beijo impossivel de parar.

Puxei os cabelos de sua nuca e ele se abaixou comigo em seu colo, fazendo com que eu me deitasse sobre a toalha que estava quando ele chegou. Eu continuei com minhas pernas em sua volta. Rég me apertou no seu corpo novamente, enquanto deu um beijo em meu pescoço, sem querer eu deixo escapar um gemido e ele me olha encantado e isso me faz ficar corada. E do nada ele se afastou, eu soltei um leve rosnado, pela falta de seu corpo colado ao meu. Régulo andava em círculos e passava a mão em sua nuca, estava nervoso.

-Nós não poderíamos ter ido tão longe... Nós... Droga Isabella_ele repete para mim, eu não estava entendendo, ele não gostava de mim?

-Mas você não quer?_pergunto_ Digo, você não quer ficar comigo desse jeito?_pergunto logo entendendo tudo_Entendi, você não me acha bonita suficiente para fazer isso.

Claro, ele não me acha suficiente, igual as garotas que ele sai, eu não sou tão bonita como elas, nem mesmo sou tão gostosa como elas, as amiguinhas dele tem um corpão, nada comparadas comigo, que não tenho quase nada.

-Você tá louca?_ele pergunta se aproximando_Droga Isabella, eu desejo isso desde nosso começo de namoro, só acho que isso deve ser novo para você, não é?_pergunta, não sei porque mas eu não estava acreditando nisso, eu continuava achando que ele não me achava suficiente.

-Para de mentir, _falo_ você é garoto, certamente não me acha bonita suficiente, não sou tão gostosa como suas amigas não é mesmo?_ eu estava me sentindo uma idiota, ele me olhava incrédulo, como se não estivesse acreditando em minhas palavras.

Ele se aproximou de mim, lentamente, e eu estava me sentindo a garota mais ridicula do mundo, eu só era mais uma nas sua listinha, ele só não tinha terminado comigo porque eu aproximei ele de seu irmão, eu era a ponte entre os dois.

-Olha no meu rosto Isabella, olha em meu  olho._ele fala, eu não queria olhar em seu rosto e ter as respostas que ele não queria falar na minha cara, não queria ver._Droga, me olha quando eu falar contigo. _ ele aperta meu queixo, levantando meu rosto e eu fecho meus olhos_ Abre os olhos Isabella, abre os olhos para mim. _ eu abri e não vi um olhar de pena, eu vi o que os meus estavam mostrando, os olhos dele, mostravam o desejo que eu estava sentindo por ele_Isso, boa garota_ele disse sorrindo para mim.

Ele me virou de costas para ele e se roçou em mim, fazendo com que eu sentisse sua extensão.

-Isso foi você que fez, é assim que me deixa, não duvide do desejo que eu tenho de você.

Eu senti o meu rosto corar, mas mesmo assim eu sorri, virei para ele e beijei o.

-Desculpa!_peço.

-Eu te amo minha loquinha._e essa foi a primeira vez que ele falou essa frase para mim_Agora vai lá e escrever a carta para teus pais, eu vou demorar um pouquinho aqui ainda_ ele disse apontando para baixo.

Eu lhe dei um selinho e segui para o Saguão Comunal, sorrindo como a boba que eu sou. Mais feliz do que nunca.

Eu sempre seria boba por Régulo e eu tinha noção disso desde o dia em que o chamei de Energúmeno, no final, a boba sempre seria eu!

Puro Sangue, Black [REVISANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora