Eu não suporto Rebeka Parkinson e ela sabe disso, sabe tanto que ela me provoca cada vez que eu passo perto dela, nossa rixa é como a de nossas casas, nenhuma é melhor do que a nossa própria, Grifinória é melhor que Sonserina, eu sou melhor do que Rebeka, são coisas simples.
- Perdeu alguma coisa na minha cara? - pergunto para ela.
Rebeka estava me encarando desde o momento que eu pisei meus pés no Salão Principal para esperar meus amigos e eu até tava aguentando, até que suas olhadas discretas se transformaram em olhares debochados.
- Estou apenas degustando a imagem de uma corna. - da de ombros.
Eu não suporto seu jeito de se portar, odeio o modo como ela se acha superior aos outros, odeio que ela tenha incomodado Lily por anos, apenas por uma bobagem de sangue.
- Se olhou no espelho? - debocho.
- Régulo não te contou? - coloca as mãos sobre a boca como se tivesse contado algo proibido.
Não gosto da forma como ela parece rir de mim, mesmo eu estando em sua frente, me enerva a olhar.
- Contou o que? - pergunto duvidando que tenha sido algo realmente grave.
- Nos beijamos. - sorri para mim.
Meu mundo parece desabar aos meus pés por alguns segundos, mas depois lembro da calúnia que ela tinha suposto entre mim e Pontas. Depois me irrito. Tenho vontade de pular na cara de buldogue que a Parkinson tem só de imaginar ela beijando o meu namorado.
- Você está mentindo! - acuso não querendo acreditar que isso é verdade.
Não pode ser verdade!
Eu confio no Régulo, em momento algum ele me deu motivo para desconfiar do nosso namoro, não vou mentir, as vezes até parece que eu dou mais motivo do que ele.
- Vai dizer que não percebeu que ele está mais estranho ultimamente.
Rebeka sorri como a grande merda que ela é, eu definitivamente odeio essa piranha, odeio porque ela não parece estar mentindo.
- Ele está normal! - grito berando o transtorno.
As outras pessoas que estão no Salão me olham, estranhando meu grito, todos da escola sabem como eu sou, dificilmente mudo meu tom de voz.
- Tem certeza? - sorri de novo - Faz mais ou menos uns três meses, quem sabe mais.
Não tenho mais certeza de nada, não tenho mais certeza nem de quem eu estou namorando, Régulo tinha ficado quase uma semana estranho, mas eu não tinha levado aquilo muito a sério, na verdade, o meu namorado as vezes é bem estrainho mesmo.
- Eu não vou ficar escutando merda de uma piranha que nem você. - minto na cara dela.
Régulo Black que se prepare, porque ele vai me explicar direitinho essa conversa da Parkinson e se não souber, ele vai estar completamente ferrado, mais do que um homem preso junto com uma esfinge.
Viro de costas para a Sonserina e caminho o mais rápido que consigo para longe dela, se eu ficar mais um minutinho sequer perto dessa bruaca não me responsabilizo sobre minhas ações.
Os corredores parecem estarem cada vez mais longos e seu espaço cada vez menor, eles parecem se fechar em minha volta e nunca acabarem, nunca tive qualquer coisa que me deixasse claustrofóbica, mas parece que agora estou tendo.
A primeira pessoa conhecida que vejo é o único que é capaz de me acalmar, James está rindo como em todos os momentos que nos vimos, está rindo do mesmo jeito de quando nos conhecemos, mas seu sorriso parece morrer ao passo que ele se aproxima de mim.
A grande verdade é que James Tiago Potter sempre foi e sempre será a minha válvula de escape!
- O que aconteceu? - sua voz sai carinhosa, ele sabe que precisa usar cautela comigo.
Nego com a cabeça e o puxo para perto, eu preciso de seu abraço, do seu colo, eu preciso de seus braços para me dar segurança, preciso de seu toque em meus cabelos, preciso desse conforto que ele está me dando.
- O que fizeram com você Cat? - Almofadinhas pergunta.
Cat! Nunca tinha me sentindo tão bem, tao segura escutando esse apelido tosco que eles me deram para eu não me sentir excluída.
- Parece que faz tanto tempo que você não me chamava assim. - solto um sorrisinho quando me separo de meu irmãozinho.
- Parece mesmo. - Remo diz ajustando as alças da mochila.
Pedro está comendo feijãozinho de todos os sabores enquanto concorda com a cabeça, esses quatro são a minha familia, a familia que Hogwarts me deu.
- O que o meu irmão fez? - Almofadinhas pergunta ficando sério aos poucos.
- Nada. - nego com a cabeça.
- O que a Parkinson fez dessa vez? - até o Rabicho já sabe sobre o que é.
- Ela disse que eles se beijaram a mais ou menos três meses. - engulo em seco.
- Mas vocês já estavam juntos? - James pergunta.
Seus óculos de aro redondo escorregam lentamente por seu nariz e eu sorrio antes de empurrar com a ponta do meu indicador para voltar ao seu lugar.
- Eu não sei nem onde está meu óculos.
Lembro do óculos de descanso que papai e mamãe tiveram que comprar depois do doutor trouxa dizer que eu estava tendo muita dor de cabeça porque estava forçando os olhos.
- Deve tá perdido nas tuas coisas. - Remo ri lembrando das minhas bagunças.
- Verdade! - Almofadinhas concorda.
- Só não deve estar mais bagunçado que as minhas coisas. - Rabicho fala dando risada.
- Meu irmão estava te procurando.
Então o meu sorriso some, porque eu lembro o porquê de estar tão brava, tao sentimental.
- Você tinha que abrir a boca né Almofadinha? - Aluado nega com a cabeça.
- Para onde ele foi? - pergunto sabendo que eu tenho que resolver essa situação.
- Ele disse que ia te procurar na Biblioteca. - fala depois de um tempinho em silêncio.
Concordo com a cabeça e antes de me afastar beijo a bochecha rosada de James e mexo nos cabelos de Pedro. Meus passos são determinados, eu preciso saber o que aconteceu com os dois e depende do que eu saber, ficarei solteira ainda hoje.
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Puro Sangue, Black [REVISANDO]
RomanceObra registrada e com provas do bug do wattpad, ou seja, ganhará processo a pessoa que plagiar! Ela da Grifinória! Eu da Sonserina! Ela defensora dos pobres e oprimidos da escola! Eu o defensor dos sangues puros. Ela me odeia com todas as forças! Eu...