Para Não Desistir De Viver.

Prometi

P.O.V. Pedro Pontes

Acordei cedo, nem sei se posso dizer que acordei, já que meu celebro não descansou essa noite, a lembrança da Pietra derramando lágrimas na praia não saiu da minha cabeça a noite toda, com certeza ela é a primeira que  passou a noite comigo sem literalmente está deitada na minha cama.

Só isso, já faz da Pietra uma mulher diferente das outras.

Respiro fundo, olhando para o teto branco do meu quarto, não tenho o que fazer, então me levanto e vou tomar banho, visto a primeira roupa que encontro na minha bagunça, ainda tenho muita coisas pra organizar neste quarto, mas isso vai ter que ficar pra outra hora.

Desso as escadas, Safira e Thales ainda estão dormindo em seus quartos, encontro minha mãe na cozinha, fazendo o que eu imagino ser o café da manhã.

- Quer ajuda? - Pergunto rindo dela, minha mãe não tem muito jeito com a cozinha.

- Hamm?! É bom dia filho. - Ela se assusta em me ver em pé tão cedo.

- Bom dia. - digo me aproximando para ver o que ela está fazendo no liquidificador, Andreia é formada em paisagismo, ela trabalha por conta própria, depois de der os filhos ficou difícil organizar os horários com um trabalho diário e cuidar da familia, então ela escolheu cuidar dos filhos, e hoje ela trabalha como um complemento da renda, apenas alguns dias na semana, quando tem pedidos.

- Não sei como posso ser tão péssima. - Minha mãe fala sentando no banco do balcão de mármore cinza.

- A senhora não é tão ruía assim, - Digo consertando o estrago que ela fez - Ainda dar para salvar essa banana. - falo pegando uma na sexta de frutas.

- É só porque essa eu não usei. - Ela diz fazendo graça. - Ou tentei usar.

- E o pai? Não acordou ainda? - Pergunto dando por falta.

- Ele já saiu para a empresa. - Minha mãe diz.

- Mas já?! - digo.

- Sabe como é, chefe novo, ele quer dar uma boa impressão - Ela diz sorrindo lembrando do esposo - Seu pai é assim... Não tem jeito.

Fico em silêncio, como as bananas que ela não estragou misturando com varias coisas no liquidificador.

- E você? Por que acordou tão cedo? - ela pergunta preparando um sanduíche pra mim - Não conseguiu dormir? Está tudo bem Pedro? - Ela me bombardeia de perguntas

- Não dormir muito bem. - dou de ombro fazendo pouco caso.

- Por que não? Quer me contar por favor? - Ela diz com seu jeito simpática de ser.

- Não é nada de mais, sério. - Digo da maneira mais confiante que consigo.

- Tudo bem. - Ela suspira deixando os ombros caírem em desânimo - O que está achando de morar aqui? É bem mais movimentado que Lira.

- Tô tão acostumado com a capital... Que nem sinto tanta diferença. - respondo, - Mas aqui faz mais calor do que em Lira com certeza.

Lira é maior no quesito território, mas os bairos são bem distante um dos outros, a maioria são casas de fazendas, a nossa antiga era perto de uma destas, as ruas são mais vazias, o parque que é uma reserva florestal, é uma floresta de fato, é um lugar calmo de si viver, todo mundo conhece todo mundo, tem vários lagos sem direito a praia, gostava muito de lá, mas com certeza Thales gostava mais.

- Pegue, - Minha mãe coloca o sanduíche que ela faz na minha frente.

- Não vai explodir? - digo arrancado uma risada grossa dela.