Quase morta

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P.O.VPietra Mendes

Não sei se é certo mas o simples fato de Pedro não me seguir no inicio desta noite na praia, me faz sentir pronta entende? Pronta para ir, sorriu largo com esse pensamento, sinto lagrimas grossas deslizarem em minha bochecha eu as seco rápido, não gosto de chorar.

Depois de ajudar o Sr. Leonardo com os clientes, ele me dar licença para ir para o quarto mais cedo, passo na cozinha para pegar meus remédios que a Sra. Patricia já separou para essa noite, olho em volta, estou só na cozinha com passos rápidos abro uma porta do armário, na prateleira de cima vejo o vidrinho com os remédios, coloco uma boa quantidade no bolso da minha calça, entro no quarto como se nunca tivesse desviado meu curso.

Tranco a porta de entrada, espalho os comprimidos sob minha cama, são 30 do remédio que tomo para dormir e apenas 1 antidepressivo, não sei onde ela guarda esses. Tomo banho, visto um vestido que minha mãe comprou para mim, verde com branco.

Encaro os comprimidos na minha mão, é isso que eu quero, dormir e não acordar, quero sentir o nada, não quero que lágrimas continue a rolar pelo meu rosto, não tem razão, não tem sentido, tudo o que me separa da paz é esses comprimidos, se eu os tomar agora vou dormir, só sentiram minha falta quando for pela manhã, é simples, é fácil.

Respiro fundo me preparando, ouço meu celular tocar, olho a contra gosto quem é.

- Oi, Diehvo - digo, atendendo sua ligação

- Oi, Pietra. - ele responde com um suspiro - Como vai?

- Vou bem. - Digo, encaro os comprimidos em minha mão - Eu tô bem. - digo para mim mesma.

- Fico feliz em saber... Que ao mesmo um de nós está bem. - Diehvo diz chamando a minha atenção.

- Do que você está falando? - pergunto.

- Não se preocupe, ? - ele diz firme - Eu estou bem.

- Está mentindo. - digo tão firme quando ele.

- Você também. - ele rebate.

Deixo o silêncio falar por mim.

- Pietra?! Ainda ai?? - ele continua.

- Me desculpe. - digo e desligo sem espera resposta.

Desta vez desligo o celular assim Diehvo não pode me ligar mais, estou decidida, pronta, tenho certeza do que estou fazendo, não sou mais criança sou responsável por mim mesma.

É o único jeito, os remédios, psicólogos, terapia, e todo incentivo que seja não vão mudar o que sinto dentro de mim, só quero um pouco de silêncio aqui dentro, não sou forte, sou fraca, tola, uma inútil, a morte está tão perto mas mesmo assim não consigo agarra-la.

Sem pensar em nada e ao mesmo tempo com a mente a mil, tomo os comprimidos, acho que derrubei alguns, mas isso não importa, espero ansiosa pelo efeito da droga começa, me deito na cama olhado o teto.

- Me desculpe mãe, - resmungo baixinho no escuro do meu quarto - Me desculpe, por não conseguir de ajudar... Eu não sabia o que fazer... Eu sou fraca.. Tola, uma imbecil. - deixo minhas lagrimas escorrerem pelo canto dos meus olhos - Diehvo, me desculpe, vou de deixar a dor... Espero que seja mais forte que eu... E suporte... Sr e Sra. Martinez não os culpo por atrasar esse momento, eu também não queria... mas não tem jeito... Letícia eu não quero que chore por mim... Eu escolhi isso....

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