P.O.V. Pietra Mendes
Dormir ficou difícil depois de sentir Pedro tão próximo de mim, seu gosto ficou gravado em minha mente de uma forma que nunca pensei que fosse possível.
Me levantei da cama quando ouvir Murilo discutindo com a mãe, não sei sobre o que exatamente, afinal não é da minha conta, tomo um banho visto uma roupa grossa as nuvens negras no céu avisa que vem muita chuva, paro no corredor quando ouço meu nome na boca do Murilo me forço sair de perto da porta do quarto dele, fico pensando se aquilo tem relação comigo.
- Bom dia Pietra, - Francisco diz educado quanto me sento no balcão de mármore.
- Oi, - respondo sem jeito - O que houve com a Sra. Clara? - pergunto curiosa
- Haaaam - ele faz arrumando o cabelo - Vai querer uma fatia de torta ou prefere outra coisa? - ele muda de assunto
- Tudo bem a fatia de torta, - digo sabendo que ele não vai me responder.
Como em silêncio, as vezes ouço passos apresados pela casa, Francisco não quer me dizer nada, não o culpo, não sei se eu quero de fato saber, vejo os seguranças circulando pela casa, a chuva logo vai começar.
- Pietra. - Rodolfo aparece me chamando
- Sim? - falo sem entender com o cenho franzido.
- Margarida pede que suba para seu quarto. - ele informa sem jeito
- Por que?! - pergunto confusa.
- Vai saber depois... - ele diz olhando para os lados - Só var tudo bem?
- Me explica porque. - digo sem me mover.
- Garota... Vem eu acompanho você, - ele diz com um meio sorriso se divertindo
- Certo, - o acompanho pelo corredor de um pulo - O que está acontecendo?
- Seu avó... Falou essa madrugada... Sobre o testamento dele.
- Como assim? O Sr. Otávio está correndo risco?! - pergunto preocupada.
- Ele só está com medo... Mas nunca se sabe não é? - Rodolfo diz sem jeito preocupado com o chefe.
- E essa confusão toda da Sra. Clara? - pergunto
- É isso... Ela não sabia sobre o testamento do pai... Ela quer que seja anulado com a justificativa que o seu avô está inválido... Que é incapaz de decidir sobre a distribuição dos bens...
- Mas é ilógico. - digo cética
- Por que? - ele pergunta confuso.
- A Sra. Clara... É a única herdeira... É filha única já que a minha.. Mãe... Morreu. - digo sem entender.
- Fique no seu quarto até a Margarida vir. - Rodolfo aponta a porta do quarto.
Aceno com a cabeça que sim, entrando no quarto. Me deparo com um ruivo jogado na minha cama, o olho incrédula, Murilo encara o teto sem ação alguma.
- Ei? - digo sem jeito.
- Oi. - ele responde.
- O que faz aqui? - pergunto preocupada
- Me escondendo. - Murilo responde sem me olhar - Minha mãe quer me obrigar a fazer uma coisa... E disse que se eu não obedecer vai trancar o curso de Teatro na academia de arte.
- Ela não pode fazer isso... Murilo... Você ama aquele lugar. - digo o que sei com pressa.
- Eu sei.. - ele se levanta se sentando na cama, me aproximo dele - Mas ela pode sim... Me tirar de lá... Já terminei o ensino médio...
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Para Não Desistir De Viver.
EspiritualA vida é algo tão insignificante. Há quem diga que para morrer só precisa está vivo. A vida pode ser algo frágil, mas que se bem cuidada pode durar anos a fio. De que forma vale a pena viver, se um dia todos chegaremos ao impasse da morte? Duas vida...