Eu Respeito

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P.O.V. Pedro Pontes

Nunca pensei que ser o irmão mais velho me daria tantos problemas, a festa de boas vindas da Safira no colégio Pinheiros aconteceu no sábado, ela seguiu meu conselho de ter um dia inesquecível com o Teodoro e como pensei meu amigo não poupou esforços para fazer daquela oportunidade única na vida algo memorável. Eu não sei bem o que aconteceu depois da festa, que para me foi maravilhosa como Pietra ao meu lado, a festa em sí foi bem simples, estamos falado do ensino médio afinal.

- Safira o que quer que eu faça? - imploro para minha irmã desanimada sentada no chão do quarto colorido dela, Safira não está nada bem, se recusa sair de casa, se recusa sentar em qualquer outro lugar que não seja o piso. - Vamos é só dizer. - falo com o máximo de prontidão.

Faz horas que estou tentando fazer ela me contar o que aconteceu, mas Safira não quer falar nada sobre o baile, em uma medida de desespero me prontifico a fazer o que ela dizer, isso funcionava quando ela tinha dez anos.

- Pedro eu só quero que você me deixe sozinha. - Safira fala com desânimo.

- Não vou fazer isso. - digo rápido, me deito da cama dela olhando o teto, me afastando um pouco dela no chão. - Safira me conta... Você sabe que prefiro que você me diga primeiro antes que outra pessoa me fale.

- Pedro acredita em mim, não tenho nada para te contar... É sério. - Safira implora

- Então por que você tá assim!? - pergunto sem olhar pra ela - Toda quieta... Calada... Sentada no chão...

- Agora ponto, sentar no chão super limpo do meu quarto é um crime. - minha irmã tenta fazer graça, mas seu ânimo morre antes da frase sair da sua boca.

- Não quer me contar. Tudo bem. - digo levantando a encaro o mas firme e gentil que consigo - Mas Safira você pode me contar... Não precisa carregar seja lá o que for sozinha... Pode não ser nada de mais... Sério tudo bem mesmo... Eu vou te deixar sozinha... Se decidir me contar vou está no quarto... Tudo bem assim?

- Obrigada. - Safira sussurra sem jeito, afago o cabelo colorido dela antes de sair do quarto.

Minha ética me impede de ligar para o Teodoro e perguntar o que pode ter acontecido para deixar minha irmã chateada, não quero saber a versão dele antes de saber o ponto de vista da Safira, não é justo confiar mas no meu amigo do que na minha irmã que jurei cuidar e proteger, mesmo que ela se recuse aceitar meu cuidado.

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P.O.V.  Pietra Mendes

Como pensei tudo que sei sobre finanças, economia, administração é tudo superficial, Margarida tem me explicado como funciona algumas coisas no AFEC, o advogado da família me falou que eu não tenho que me preocupar em conhecer cada cláusula agora, que com o tempo eu vou me adaptar com esse universo.

Murilo está cada dia mas próximo do Sr. Otávio, eles passam horas conversando na biblioteca, com o anúncio formal na minha "pose" das ações da AFEC, a Sra. Clara tentou recorrer, mas os documentos que o Sr. Otávio assinou dando o direito as ações o dono dos símbolos que ele escolheu, não teve como outro jeito para a Sra. Clara a não ser ir embora da casa.

A poucos dias eu contratei pessoas para trabalhar no jardins da casa, para mudar e melhorá todo o ambiente, mesmo que essa casa esteja no testamento como herança da Sra. Clara eu quero compri com a promessa que fiz para meu avô de melhorá os jardins envolta da casa. Ainda tem muita coisa para fazer, talvez não ter tempo, mas eu quero tentar.

Margarida não queria me dizer, por medo eu acredito.

- Por favor, eu não quero ser pega de surpresa de novo - sinto minha voz embargar, ouvir o Rodolfo falar algo sobre a saúde do dono da casa, sair correndo o mais rápido que pude para o escritório da Margarida ela estava lendo algum documento que fez questão de esconder de mim, fico em pé na frente da mesa dela - Margarida... Me diz... O Sr. Otavio... Ele não está melhorando está?

Para Não Desistir De Viver.Onde histórias criam vida. Descubra agora