Dia 2 - Desacordada

314 24 1
                                    

P.O.VPedro Pontes

A manhã passou rápido, tão rápido que nem vir seu rastro, deixei Pietra na companhia da sra. Margarida, ela parece bem abalada com o que aconteceu, afinal quem não está? Pietra ainda dorme, ainda recebe sangue na veia, mas felizmente, Graças a Deus, os médicos disseram que ela está fora de risco, só fraca demais.

Ver ela desacordada por tanto tempo me deixa impaciente, então espero no corredor do hospital a notícia que ela acordou e que já pode ir pra casa.

- Pedro?! Onde você está!? - Ouço a voz da minha mãe pelo celular, quando vim para o hospital de madrugada acompanhado a Pietra com a Sra. Margarida, obriguei Murilo a dizer que estava com ele para minha mãe, não queria tirar ela de casa preocupada tão cedo como era, mas agora em plena 14 horas da tarde vai ser impossível fugir dela.

- Oi Mãe... Eu tô bem. - digo com cuidado.

- Pedro! Não testa minha paciência! - Minha mãe sabe ser assustadora quando quer - Murilo não quis me dizer... Então trade de fala logo!

- Mãe... Eu tô no hospital...

- Hospital!! Pedro não pode fazer isso comigo... Tinha que ter me falado... Aconteceu alguma coisa com você meu filho?!... Que hospital?

- Aquele com uma estátua... Monumento... Sei lá como chama... - digo sem ânimo - Aquele particular... Hospital Dumont.. Ou algo assim... Não precisa se preocupar mãe, está tudo bem - tento acalmar minha mãe, minha voz sai mais fraca do que eu esperava.

- Pedro... Eu... me espera. -  Minha mãe fala pelo celular, desligando com presa.

Guardo o celular no bolso me deixo relaxar na cadeira estofada do corredor, o ar acondicionado me deixa com uma sensação horrível de solidão.

- Pedro? - Margarida parece na porta do quarto onde a Pietra descansa.

- Ela acordou?! - pergunto rápido fazendo de me levantar.

- Não... - ela nega com a cabeça com tristeza -... Eu vou no refeitório... Almoçar... Vem comigo... Eu pago - a mulher tenta sorri simpática, seu cabelo enrolado está desarrumado ela parece não se importar com isso.

- Obrigado... Mas eu estou sem fome. - digo sem ânimo.

- Você não comeu nada... - Margarida aponta - ... Vem não precisa comer muito... Só alguma coisa...  - ela dar de ombro sem jeito.

- Tudo bem. - digo desconfortável, Margarida parece satisfeita a sigo pelos corredores ate encontrar um estabelecimento pequeno com algumas mesas, pelo visto é uma empresa terceirizada ou algo assim.

Aceito uma vitamina de mamão, só comi porque sei que quando minha mãe chegar é a primeira coisa que ela vai me perguntar, vai demorar um pouco esse hospital fica em um ponto bem movimentado, e longe do centro além de ser domingo o transito também não ajuda muito.

- Posso perguntar uma coisa? - Margarida começa sem jeito

- Claro. - respondo com uma imitação de sorriso

- É amigo... a muito tempo da... Pietra?

Nego com a cabeça.

- Você... Invadiu a casa de madrugada... Ela havia te... Sei lá... Avisado.. Chamado... - Margarida pergunta sem saber que palavras usar.

Para Não Desistir De Viver.Onde histórias criam vida. Descubra agora