P.O.V. Pietra Mendes
Não sei que dia é hoje, não sei que horas são, não sei onde estou, não sei quem segura minha mãe com cuidado como se com seu toque ela pudesse se quebrar, não sei como vim parar aqui.
Com um pouco de esforço e atenção, descubro que estou no hospital, que Margarida está me acompanhando, sei que já é pela tarde, quando abrir os olhos o quarto estava vazio mas vir uma bolsa que já vir ela usar na cadeira perto da parede, voltei a fechar os olhos, já percebi que mais uma vez eu falhei em esquecer, e sabe o que mais me doe? O fato de está contente com mais essa falha.
Me mantenho quieta, meu corpo está cansado, minha cabeça dói um pouco, ouço passos pelo quarto reconheço a voz do Pedro, Margarida e uma outra mulher, espero um pouco e descubro ser a mãe do Pedro, meus pensamentos estão lentos, as vozes, as conversas ficam distantes, sinto uma mão sob a minha, essa desliza seus dedos sob a minha pele, de olhos fechados ouço a mãe dele afirmar que o filho se apaixonou por mim, é nestas horas que fico grata por tá meia grogue, se não teria caido da cama hospitalar.
Deixo que o sono venha a mim.
As vozes voltam tento manter elas no foco para não acabar dormindo de novo, não abro os olhos, fico esperando saber o que está acontecendo, escuto a Sra. Clara falar, a Margarida responde rápido.
"Que fofo" reconheço a voz da Sra. Clara falar "Não tenho o direito de tocar-la?" ela pergunta com cinismo não sei de fato para quem já que a pessoa não responde, ouço ela sair do quarto depois disto.
- Que tia você tem. - A voz do Pedro diz, não abro os olhos fico quieta como antes - Não deve ser fácil para o Murilo conviver com ela... Ele merecia mãe melhor. - a voz dele sair tristonha, sindo ele pegar minha mão.
Talvez seja uma boa hora de abrir os olhos.
- Sabe queria está aqui quando você acordar. - Pedro diz baixo com um sussurro, espero que ele continua fico tão imóvel como antes - Eu quero me desculpar por ter mentido pra você... Não quero que var embora-pra-sempre e nem embora por uns dias. - ouço ele rir sozinho, sinto ele beija minha mão, ele envolve minha mão com as suas elas estão úmidas temo que sejam por lágrimas, abro um pouco meus olhos o vejo segurando minha mão com cuidado sinto sua respiração quente na minha pele, sua cabeça está caída para frente sem apoiar em nada, junto da minha mão com as dele, Pedro não percebe que estou o observando, ouço ele continuar - Me desculpe, eu não queria te machucar... Só queria que ficasse viva... Quero, eu quero que fique viva... - sinto suas lagrimas molhar minha mão direita, ele está tão distraído que não percebe que levo minha mão esquerda ao meu rosto para secar minhas próprias lágrimas traiçoeiras, ele continua - Eu não sabia que mentir ia te doer mais do que se eu tivesse te falado a verdade... Eu... Eu... Sinto muito... Por ter quebrado nossa promessa... Por ter te decepcionado... Só por favor me desculpa... e.... e... Acorda logo... Eu vou ter que ir embora... Eu quero ver teus olhos... - Enfim Pedro ergue sua cabeça para ver meu rosto, o vejo sorrir mesmo estando um tanto surpreso.
- Oi. - digo com um sorriso simples que faz ele aumentar o dele, fico feliz com essa visão do seu belo sorriso só para mim.
- Me desculpe, Pietra, eu não queria mentir... Eu sinto muito... - Pedro dispara a falar
- Eu ouvir. - o interrompo com cuidado.
- Ouviu?! - Ele se assusta - Tipo agora? Ou antes? - ele pergunta sem soltar minha mão.
- Agora. - Movo minha mão na sua, como um consentimento que tudo bem.
- Me perdoa? - Pedro pergunta pressionando minha mão de leve.
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Para Não Desistir De Viver.
SpiritualA vida é algo tão insignificante. Há quem diga que para morrer só precisa está vivo. A vida pode ser algo frágil, mas que se bem cuidada pode durar anos a fio. De que forma vale a pena viver, se um dia todos chegaremos ao impasse da morte? Duas vida...