P.O.V. Pietra Mendes
Respiro fundo, frustrada, não sei com o que exatamente acho que com tudo, com essa vida idiota que vivo, com essas pessoas com suas vidas tão felizes, tolos, mal sabem eles que um dia morreram, todo mundo morrer ninguém vivi pra sempre, é loucura pensar que isso tudo, seja lá o que for, vai durar a eternidade, tudo tem fim, fico feliz com esse pensamento essa dor e vazio que tenho em mim também não vai durar pra sempre um dia eu vou morrer, qual é a diferença se daqui a 50 anos, 5 meses ou agora mesmo?
- E aí? - Levo um sobressalto, um garoto sentado perto de me neste banco do Shopping diz
- Me-e assustou. - digo para ele com o cenho franzido. - Pedro não é? - pergunto.
- É. - ele diz com um sorriso por eu ter lembrado seu nome - Eu vim com uns amigos... E vir você aqui sozinha... - Pedro explica sem jeito, ele passa a mão no cabelo quase loiro dele, a luz artificial acima de nós, faz seus olhos ficarem em um verde brilhante, um tom mais escuro. - Está esperando... Alguém?
- Não. Vim só andar. - digo séria observando as pessoas a nossa volta. - E seus amigos aonde estão?
- A maioria já foram embora, mas um deles e meu irmão estão logo ali. - Pedro diz rápido apontado uma lanchonete atrás de si - E você tem irmãos?
- Tenho, - digo confusa - Por que quer saber?
- Hamm eu só queria te conhecer. - Pedro dar de ombro, sem desviar o olhar de mim em nenhum instante.
- Por que?! - agora é minha vez de sustentar seu olhar.
- Eu não sei. - ele diz pensante, ele parece tão confuso quanto eu.
- Vai por mim você não precisa disto. - Digo erguendo uma das sobrancelhas. - Não queria se aproximar de mim. - digo deixando se formar um clima sombrio entre nós.
Me levanto e sigo meu caminho sem olhar para trás, posso sentir o olhar dele nas minhas costas, mas não me importo nem um pouco com isso, não sei porque motivo ele quer ser meu amigo, Pedro me salvou ondem na praia, se não fosse por ele estaria sem respirar agora. Devo agradecer? Por culpa dele essa dor ainda está aqui em meu peito. Devo agradecer?
Certo que tudo é culpa minha, ele me salvou uma vez mas e nas outras vezes que fracassei? Eu sou a única responsável por não conseguir esquecer, Pedro é só um cara qualquer.
Saio do Shopping sem destino, ando pelas as ruas olhando para meus pés no tênis, Finís pode ter uns lugares perigosos principalmente a noite, olho em volta a praça na rua vazia tem uns garotos fumando ali sem descrição alguma, drogas claro, já pensei em usar mas isso foi só uma ideia louca, não quero me ver dependente química mais do que já sou. Tomo remédio para depressão, e quase todas as noites uso medicamento para dormir, e não, eu não tenho o controle do remédio, depois de tentar sofrer uma overdose tomando um monte dos dois medicamentos, a Sra. Patricia todos os dias separa a quantidade que tenho que tomar por dia, assim ela evita que eu tome demais. Devo agradecer? Por dar mais trabalho a ela? Eu acho que não.
Ainda estou longe da Cafeteria, andando a pé só vou chegar lá meia noite, procuro um ponto de ônibus e espero, não tenho medo de está sozinha, literalmente eu não estou tem unas oito pessoas esperando o ônibus também, o que de ruim poderia acontecer? Ser morta? Todo mundo vai morrer, que diferença faz?
Sinto meu celular vibrar no bolso da minha jaqueta jeans, estou grata por está com ela, está fazendo frio.
- Oi. - Atento a ligação, é meu irmão como todas as noites.
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Para Não Desistir De Viver.
SpiritualA vida é algo tão insignificante. Há quem diga que para morrer só precisa está vivo. A vida pode ser algo frágil, mas que se bem cuidada pode durar anos a fio. De que forma vale a pena viver, se um dia todos chegaremos ao impasse da morte? Duas vida...