Noite 6 - A vastidão do céu

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P.O.V. Pedro Pontes

Vejo a ansiedade passear pelo seu olhar, antes de segui o caminho bem conhecido para me passo em uma lanchonete compro lanches para a viajem, encontro o lugar com poucos minutos de carro como o alojamento do Teatro fica na periferia da Capital os arredores são isolados, com poucas casas. Estaciono o carro no meio fio.

- Onde vamos? - Pietra repete sua pergunta.

- Vem, já estamos quase lá. - digo saindo do carro com as compras

Pietra olha para os lados, curiosa, sorriu pelo desconfiança dela.

- Vem Pietra... Aqui é um lugar... Abandonado em sua maior parte pelo mesmo - Digo com um dar de ombro.

- Em sua maior parte? Vamos invadir uma propriedade?

- Não. - digo brincando com ela - Aqui não tem muros, cercas... Nada do tipo então não vamos está invadindo.

- Isso muda tudo com certeza. - Pietra diz irônica acompanhando meus passos.

A chão é coberto por uma vegetação nativa, uma colina alta, ao passo que alcançamos o topo as luzes de toda capital se torna visível, estamos longe do centro.

- Faz tempo que conhece esse lugar? - Pietra pergunta sem tirar os olhos da vista.

- Uns anos. - Digo me sentando no chão de grama crescida, é possível ver o movimento dos carros, o som dos seus motores ao longe.

Pietra se senta perto de mim sem esperá meu convite, entrego os lanches para ela também, como em silêncio observando as luzes, conto para Pietra que gosto de vir aqui quando estou no alojamento, um ar fresco sempre faz bem, gosto do som da sua risada da forma com move os ombros quando rir sem querer, como joga a cabeça para trás, tudo nela me encanta

- Como encontrou esse lugar? - Ela pergunta juntando o nosso lixo na sacola plástica

- Quer saber mesmo? - pergunto incrédulo a ajudando

- É. - ela responde franzino o cenho.

- Gosto de dirigir a ermo. - digo desviando meu olhar dela, - Em uma destas vezes encontrei - Dou de ombro finalizando.

O silêncio volta a pairar sobre nós, o vento frio da noite nos abraça, sem pensar muito busco a mão direita da garota quieta ao meu lado, Pietra não se opõem, desliso meus dedos sob sua pele fina encontro as marcas um pouco elevada no pulso, subindo pelo ante braço, me concreto no calor que sua mão transfere para a minha.

- Por que gosta deste lugar? - a voz dela sussurra para mim com cuidado.

- Gosto da lógica que diz... Que as coisas sempre vão continuar em movimento mesmo que eu não esteja envolvido. - declaro simples, me ocupo em apenas segurar sua mão enquanto olho para a cidade a frente - Observar o movimento da cidade... Me diz que sempre vai ter pessoas fazendo ela se mover... A vida continua... Dar para entender?

- Um pouco. - Pietra sorrir para mim.

- Um pouco é melhor que nada... Então tá valendo. - digo ganhando uma risada que enche meus ouvidos.

Depois de um tempo só ali, sentindo sua mão na minha, Pietra parece se incomodar se encolher em seus pensamentos isso me incomoda profundamente.

- O que houve? - pergunto rápido

- Amanhã e nosso último dia - ela com pensar.

- Espero que eu tenha te ajudado de alguma forma. - declaro com cuidado

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