Dia 1 - Sábado

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P.O.VPedro Pontes

Vejo Pietra entrar pela casa rosa, dou as costas para entra na minha, são sete dias que tenho garantido com ela, os dias seguintes a esses só vão existir supondo que eu consiga de alguma forma fazer ela mudar de ideia.

Encontro meu pai na cozinha, já passou da hora do jantar.

- Você não estava na janta. - Meu pai diz me encarando sem emoção alguma, ele junta as mãos sob a mesa, me sento de frente com ele na outra cabeceira.

- Não deu. - Respondo sem jeito, Baraque Maia de Pontes é alguém muito severo no quesito horário, e nesta noite não cumprir um dos mais importantes pra ele, o jantar, como ele trabalha durante o dia nunca está para o almoço, e sair de casa cedo, ficando apenas a hora da jantar entre a familia.

- Onde você estava? - ele pergunta firme, meu pai não é duro com a gente, por isso sei que ele está forçando ficar firme comigo - Espero que fazendo algo muito importante para não está no jantar.

- Acabei perdendo a hora pai... Não vir o tempo passar. - Respondo olhando pra ele, vejo ele suspirar cansado.

- Filho, quero que entenda... Que a nossa família não tem esses momentos juntos... Com frequência, é você e o Thales na capital, a Safira na casa de alguem, eu no trabalho... Esses momentos quase nem existem... E são importantes pra mim... E neste mês de férias, gostaria de que você se esforçasse para fazer parte... Tudo bem? - Meu pai termina.

- Certo, Pai. - digo com um sorriso simples - me desculpe por hoje.

- Vir que o carro estava ai na frente. - ele muda de assunto - Onde você foi?

- Dar uma volta. - digo com um dar de ombro.

- Está tudo bem? Se fosse o Thales eu não estranharia... Mas você, Pedro? Tem algo de errado? - Meu pai diz confuso.

- Eu tô bem, não se preocupe tá? - respondo o mais confiante que consigo.

- Se você diz... - Meu pai termina, - Sua janta tá no microondas. - Ele informa se levantando.

- É-É... Pai?! - Digo rápido antes que ele saia da cozinha.

- Sim? - ele responde.

- Qual é a forma mais rápida de conhecer alguem? - pergunto rápido, Vejo meu pai franzi o cenho confuso, ele pensa um pouco antes de responder.

- Existe varias formas... - Baraque começa ponderando com a cabeça - Acho que conhecer a historia da família, ver a reação desta pessoa ao falar sobre algo... Porque o que mais conta é o sentimento... - vejo ele ajustar os óculos no rosto.

- Como assim? - pergunto confuso

- Sabe Pedro... É difícil dizer assim... Não é pela ação de fato que por exemplo, faz alguem sorrir... Mas pelo significado, pela razão, sentimentos que esse algo produz... É como o medo, as vezes a gente tem medo de algo tão pequeno, que logicamente não pode fazer medo a ninguém... Mas pode gerá um trauma, um susto que pode causar o medo, pânicos essa coisas. - Ele explica com calma.

- Então é mais importante o sentimento do que o fato em sí? - pergunto procurando as palavras.

- Pode se dizer que sim. - Meu pai sorrir sem graça - Meio ilógico... Mas por que essa pergunta?

- Nada de mais... Só curiosidade - respondo devagar.

- Tudo bem, já vou me deitar, boa noite. - Ele se despede.

- Boa noite. - respondo.

Tento pensar em algo para amanhã, é o primeiro dia desta semana especial, tenho que aproveitar cada minuto com algo que seja útil para ajudar a Pietra, não tenho muito tempo.

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