Dia 7 - Pode ser normal, bom ou Inesquecível.

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P.O.VPedro Pontes

Recebi um email de manhã cedo, do Dr. Amaro Cortez diretor do Cento de Reabilitação Social em Lira, ele concordou em se comunicar comigo pelas redes sociais como estou em Finís agora. No email ele diz que tenho que ir dar a primeira sessão de terapia com instrumentos de corda para o Sr. Rocha, e diferente dos outros pacientes ele não ira para o prédio do CenReS, fico feliz de morar na frente da casa dele.

A pouco descobrir que ele é um milionário, mas prefere viver em um lugar mais calmo e menos "nobre" certo que estamos morando no centro de Finís, em uma região bem estimada... Mas não para um Milionário com o poste do Sr. Rocha.

Tomo meu café, acompanho meus pais na mesa, Teodoro, Safira e Thales ainda estão dormindo por ser cedo, depois de me despedi do meu pai que sai para a agência de advocacia do Sr. Jim, a familia dele mora nesta mesma rua, mas pelo que sei a casa tá vazia, viagens de férias ou algo assim.

Atravesso a rua sem pressa, o segurança já está me esperando ele abre o portão de grades sem perguntar nada, uma mulher me guia para dentro da casa enorme cor de rosa, os jardins em volta da casa estão secos e sem vida fico pensado por que não tem um empregado para cuidar deles? A casa se tornaria mais agradável sem essa atmosfera fria.

- É aqui, a governanta acompanhará a sessão tudo bem? - A mulher fala gentil.

- Sim, claro - respondo rápido olhando o cômodo espaçoso.

- Fique a vontade. - ela me diz me dando as costas.

Não sei bem o que é esse lugar, diria ser uma biblioteca pela estantes com livros, uma sala como em um jardim de infância pelo tapete verde, as janelas são grandes e largas. Retiro meu violão da capa, me sento no sofá junto da parede com uma pintura acima, toco notas aleatórias.

- Pedro, bom dia. - A Sra. Margarida aparece na porta aberta da sala.

- Bom dia Senhora. - me levanto recebendo seu aperto de mão.

- O Sr. Otávio está no quarto, me acompanhe. - ela diz com pressa, a sigo pelos corredores encontramos poucos funcionários pelo caminho.

Nos corredores encontro varias fotografias, e em muitas delas vejo uma moça uma versão um pouco mais jovens da Pietra, imagino ser sua mãe, Clarisse, como muitos dizem elas se parecem muito, a semelhança é incontestável mas eu consigo ver que essa garota da foto não sorrir com os olhos, apesar de ver um brilho neles tão negro como da Pietra.

A governanta encontra uma porta como tantas outras no terceiro andar da casa, ela à abre sem bater me deixando entrar logo atrás dela. O quarto é enorme como pensei que seria, os móveis são de madeira antiga bem trabalhados e conservados. Vejo o senhor sentado em uma poltrona do lado da dele outra vazia, Margarida me diz para sentar na poltrona vazia, obedeço sem questionar, o quarto fica claro e bem ventilado com as janelas de vidro abertas.

Durante a sessão, o Sr. Otávio conta histórias aleatórias sobre sua esposa, suas filhas, Margarida o incentiva a contar sobre uma enfermeira amiga que veio o visitar outro dia.

- Minha Amiga quer fazer mais... Muito mais... Eu gosto quando ela rir... É interessante de ver... - Ele fala devagar - Ela disse que é minha neta... Ela parece ser minha Clarisse... Mas é minha Amiga. - o Sr. Otávio continua, sei que ele fala da Pietra, seu olhar é vago mas como uma expressão cansada, ela me parece mais lúcido como Pietra falou, por mas que sejam em pequenos períodos.

A Margarida não quer me contar, mas deixa escapar que ontem ele sentiu uma dor no peito, a medita que o celebro dar sinais de melhora o coração dar sinais de falhas.

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