P.O.V. Pedro Pontes
À vejo de longe, estacionou o carro no meio fio, Pietra usa uma calça/jardineira jeans azul claro com uma blusa curta de mangas compridas por dentro branca, está linda como sempre, com seu cabelo liso, franja sendo movida pelo vento, observo ela sem que ela me veja, ela toma água de côco despreocupadamente balançando os pés em um banquinho alto demais para ela em um quiosque, ela parece mais leve, diria que em um golpe de sorte que ela está Bem, é uma termo que gosto de relacionar a ela.
Procuro meu celular, envio uma mensagem para ela.
Pedro - eu (13h56)
Vamos?
Vejo ela olhar em volta me procurando, sorriu ao ver ela sorrir enquanto escreve.
Pietra (13h57)
Tá onde? Está me vendo?
Pedro - eu (13h57)
No carro prata, a sua frente...
Isso é bastante para Pietra saltar no banquinho e vir ao meu encontro, ela abre a porta do passageiro ela entra sem questionar, senta em silêncio.
- Oi? - digo sem jeito
- Oi. - ela responde com um sorriso simples - E os outros?
- Já foram, vamos encontrar eles lá. - informo - Quer ir na casa do seu avô antes de irmos para a Capital?
- Não. - Pietra responde rápido - Eu tenho que ir mesmo? - ela pergunta suplicando
- Eu acho que sim. - digo ponderando sem esconder uma risada fraca, isso faz ela gira os olhos em divertimento - Eu estou tão curioso em saber o por que... É tão importante para Téo que você var quanto você. - confesso, manobrando o carro para o inicio da nossa pequena/longa jornada.
- Demora muito pra chegar? - Pietra pergunta sem jeito.
- São mais de uma hora de carro. - digo - Tem certeza que não quer passa na casa do seu avô?
- Tenho, Pedro.
- Quer falar sobre isso? - pergunto com receio, sem tirá os olhos da pista.
- Eu... Só... Quero sair um pouco. - ela responde olhando a paisagem pela vidro da janela - Meu avô... Ele tá melhor, quer dizer eu acho que tá melhor... Mas lúcido... Ele me contou várias histórias da minha mãe. - A vos dela sai sem emoção alguma.
Durante o percurso Pietra me conta um pouco que descobriu sobre Clarisse, que era alguem divertida muito diferente dela mesma, segundo Pietra, o Sr. Otávio contou sobre como ela conheceu o Afonso nos jogos escolares, de como eles se deram bem, como Afonso manipulava as escolha da Clarisse, e como Clarisse aceitava isso como uma forma de carinho de cuidado.
- Eu penso que minha mãe... - Pietra fala com cuidado - ... Não dava muito valor a vida, esse tratamento controlador do meu pai... Só a aprisionou cada vez mais no lugar escuro e sem saída que ela si via. - ela dar uma pausa com um suspiro - Mas eu não a culpo... Não sei como ela suportou um relacionamento assim... Mas eu não a culpo, ela só fez o melhor com o que tinha nas mãos.
- Você ainda quer ir para onde ela está? - pergunto sem saber se devo, espero a resposta com esperança
- Onde ela está Pedro? - a voz dela me pergunta, seus olhos estão voltados para longe da minha vista. - Eu nunca confessei isso mas eu sempre tive medo da morte.
A risada dela rompe o silêncio, isso me assusta um pouco.
- É engraçado não é?! - ela rir com vergonha - Acho que nunca parei para pensar no depois... Sabe? E se eu conseguisse ir embora-pra-sempre? E depois... O que acontece? A gente acaba em nada? Dorme? Vai para outro corpo, outra vida? - Pietra si questiona
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Para Não Desistir De Viver.
SpiritualA vida é algo tão insignificante. Há quem diga que para morrer só precisa está vivo. A vida pode ser algo frágil, mas que se bem cuidada pode durar anos a fio. De que forma vale a pena viver, se um dia todos chegaremos ao impasse da morte? Duas vida...