Slave (Park Jimin - BTS)

Stripper

-- Hye --

Sua mão apertava com força meu braço, me dando uma dor tremenda. Saímos do quarto fedido, meus pulmões agradeceram por isso. Eu achei que iria morrer inalando aquele fedor horroroso.

O rapaz me arrastava por aquele corredor iluminado e extremamente extenso. Achei que não tivesse fim.

Até que chegamos ao topo de uma escadaria. Lá em baixo pude ver a enorme sala com decoração moderna. Homens estavam sentados nos sofás e poltronas, haviam algumas mulheres com uniformes floridos andando por lá.

- Não olhe nos olhos de nenhum deles. - O mais alto sussurrou perto do meu ouvido, me dando uma onda de nervosismo. - É para o seu bem.

Começamos a descer os tantos degraus que tinham naquela escada.

- Olha só! Que belezinha você conseguiu Park! - Um homem de aparência juvenil me olhou de cima a baixo sorrindo. Não pude ver muitos detalhes de ser rosto, já que eu abaixei a cabeça e evitei olhá-lo nos olhos.

- Sim. Ela realmente vai ser útil nos meus momentos carentes. - Sorriu de canto. Eu o observava de canto de olho. - Se quiser eu empresto para você algum dia.

- Não. Vou deixar a bocetinha só pra você. - Senti nojo da forma desdenhosa que ele falou.

- Está bem. - O que supus ser o Jimin riu fraco. Ele pegou no meu antebraço e me encaminhou para o meio da sala. - Olhem só! - Todos olharam para mim. - Essa é a minha mais nova escrava.

- Woman Slave. - Um rapaz de cabelos ruivos, que estava sentado em um sofá redondo e bebia uma bebida, falou rindo sem mostrar os dentes.

- Isso mesmo. - Jimin confirmou. - Meu mais novo passa tempo.

Ele me "exibia" para os outros rapazes que ali estavam.

- Qual o nome da azarada? - O de cabelos loiros e um pouco desbotados perguntou. Aish! Por que não posso olhar nos olhos deles? Isso é difícil.

- Diga seu nome. - Jimin apertou com mais força meu braço.

- Hye. Me chamo Ku Hye. - Sussurrei. O que eu mais queria naquele momento era entender quem eram eles.

- Prazer. Eu sou Jimin. - Continuava sério. Abaixei a cabeça novamente não querendo mais manter contato visual com aqueles olhos que transmitiam tanta frieza.

- Eu sou Yoongi.

- Eu sou Jungkook.

- Prazer, Namjoon.

- O cara mais lindo, Jin.

- E aí, sou Taehyung.

- Hoseok.

- Baekhyun, bom te conhecer.

- Olá, sou Luhan.

- Sehun, o cara mais cheiroso e gostoso daqui. - Riu fraco.

- Chen...e aí...

- Jackson, o gostosão.

- BamBam...sou retardado e não ligo. - Riu alto. Ele é normal?

- Mark. - Era o mais quieto.

- JB.

- Júnior.

- Suho.

Eram muitos nomes. Muitos rostos, expressões frias e destemidas.

Franzi o cenho, confusa.

- Caso não tenha entendido, somos... - O rapaz ao meu lado falou com uma naturalidade. Arregalei os olhos e engoli em seco. - Seja-bem vinda.

Então...

Serei uma escrava?

- Vocês vão me matar? - Questionei ainda assustada.

Todos riram alto da minha pergunta. Como se fosse a coisa mais engraçada que tivessem ouvido.

- Ela é tão engraçadinha. - Jin deu uma risada meio, muito, estranha. - Até mais que eu, gostei dela.

- Ela parece ser das minhas. - BamBam riu tanto, que ficou vermelho.

Onde está a graça?

Eu tô no hospício?

- Vou dormir. - Um que eu não lembrei o nome disse e levantou.

- Não agora, Yoongi. - Jimin o interrompeu. - Vamos brincar.

- Ah... stripper. - O garoto que havia levantado, sentou-se de novo.

- Stripper? - Balbuciei.

- Sim, você é a nossa stripper. - Jimin soltou-me e depois foi em direção ao estofado, sentou-se. - Comece.

Tô ferrada!

Morta!

Fudida!

Aish...

- Eu...não sei fazer isso. - Apertei a barra da minha saia. Por mais que eu não quisesse, minha voz estava embargada. - Não posso fazer isso.

- Pode sim. - O ruivo falou um pouco alto de mais. - É só tirar a roupa e dançar para todos presentes.

- E-eu não sei. - Dei passos para trás desajeitadamente.

- Menina burra. Não gosto mais dela. - Jin, antes sorridente, ficou mais sério e com cara de bunda.

- Por favor, me deixem ir. Eu não fiz nada a vocês. - Uma lágrima desceu.

Jimin bufou.

- Tira... a... merda...da... sua roupa! - Ordenou pausadamente. Jimin tinha o olhar fixo nos meus olhos.

- Não.

- AGORA! - Gritou.

Que ironia...

Um belo dia estou nas ruas de Seul, super feliz. Noutro estou fazendo o papel de uma stripper...

Eu não nasci pra ter sorte.