"O bebê se mexeu?!"

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-- Writer --

A casa inteira já escutava a comemoração de Chanyeol. O rapaz levava consigo um sorriso largo e cheio de sinceridade. Chegou a proferir palavrões variados e até pesados. Conforme ele lia as informações sua convicção, de que Jimin na verdade estava vivo, aumentava. Sra. Ku se perguntava o porquê de Chanyeol estar tão feliz e energético, ainda mais enquanto trabalhava. A mulher resolveu ir ao escritório, perguntar o que estava acontecendo por lá. Ao entrar no cômodo, Chanyeol fechou seu notebook e desfez o sorriso grande que tinha.

— Algum problema? — Ele perguntou naturalmente, apenas arqueando as sobrancelhas e olhando-a. Sra. Ku estreitou os olhos e disse:

— Por que toda essa gritaria? — Evidentemente ela não tinha gostado do furdunço. Ter uma casa silenciosa, por conta do luto, era o que ela queria. Chanyeol engoliu em seco e umedeceu os lábios. Não poderia contar para ela sobre suas pesquisas, visto que Sra. Ku não gostava da ideia de insistir daquilo. Ele se levantou e se aproximou da mulher, fazendo-a se sentir intimidada pela grande diferença de altura.

— Eu apenas estava trabalhando e acabei por descobrir algo que ninguém nunca conseguiu fazer. Estava apenas animado. Desculpe pelo incômodo. — Se redimiu em voz baixa e fazendo uma breve reverência em respeito a ela.

— E o que descobriu? — Cruzou os braços em frente ao corpo e franziu o cenho. Ainda estava desconfiada. Chany estaria perdendo a paciência com a insistência, se não fosse uma mulher a quem ele devia total admiração. — Bem, me desculpe, mas se for algo muito interessante em relação a empresa, eu deveria saber, não é? — Fez uma expressão sugestiva, como se quisesse induzi-lo a dizer toda a verdade. Mais uma vez ele umedeceu os lábios. E foi impossível Sra. Ku não olhar para a boca rosada do rapaz. Rapidamente ela tornou a olhar em seus olhos e pigarreou esperando por uma resposta.

— Então, são coisas muito complicadas de explicar. — Coçou a nuca, um pouco sem jeito por estar mentindo. Ele pôs as mãos nos bolsos de sua calça e suspirou. — Me perdoe, creio que isso não são coisas para uma mulher como a senhora. — Tentou ser o mais natural possível, mas o olhar dela que emanava desconfiança o deixou nervoso. Na verdade, tudo nela o deixava nervoso e com o coração a mil.

— Hm. — Murmurou relaxando suas expressões faciais, talvez tenha acreditado. — Entendi. — Seu olhar por pouco não caiu nos beiços do mais novo novamente. Ela se virou e deu passos ligeiros até a porta. Chanyeol observou seu andajar elegante. O vestido azul marinho tinha caído muito bem na mulher de aparência jovial. Sra. Ku era uma bela mulher; ninguém adivinharia que ela tinha em torno de 38 anos. Após a saída dela ele puxou seus fios para trás, aliviado. Voltou a se sentar em sua cadeira de couro.

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Um tempo depois o perito chegou. Chanyeol o recebeu com um abraço; eles eram bem íntimos. Ambos se puseram sentados em frente ao notebook e passaram a analisar tudo que podiam. Os arquivos não eram tão recentes. A empresa tinha parado de coletar informações de Jimin desde a confirmação de sua morte. Portanto não podia-se saber tantas coisas sobre o mafioso. Chanyeol tentava convencer o perito de que Jimin estava vivo, contudo sua teoria parecia não ser convincente o suficiente para fazê-lo acreditar. As horas se passaram, e os dois continuavam enfurnados no lugar, tentando de alguma maneira pelo menos descobrir quem era os mandantes do atentado em Seul.

— Sinto muito, Chanyeol. Mas existem milhões de Park's Jimin no mundo, não podemos saber se essas coordenadas são realmente dele. — Repitiu pela segunda vez, tentando convencer o moreno de que aquilo era uma perda de tempo. — Por favor, concentre-se na sua recuperação. Ainda está abalado com a morte de Hye e Sr. Ku. Tente descansar...

Slave (Park Jimin - BTS) Onde histórias criam vida. Descubra agora