Sonho Erótico

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-- Jimin --

Meu corpo estava transpirando incontrolavelmente, minha respiração era tão pesada e fora do normal, que tive de respirar pela boca. Eu estava acima de uma garota, cujo rosto era um borrão preto. Ela gemia e gritava por ajuda, enquanto eu dava estocadas brutas nela. Meu membro estava introduzido por completo em sua intimidade. Meu braço esquerdo estava apoiado na cama, e o direito apertava o quadril da menina.

Eu seguia um ritmo frenético. O som do atrito entre nossos corpos suados escoava pelo quarto de decoração escura e mal iluminado. Apertei os olhos e forcei mais ainda os músculos de minhas coxas, para aumentar a velocidade com força. A menina apertou meus ombros tentando me empurrar, me dava tapas, mas eu não deixava de entrar e sair dela.

— Oh! Jimin! — Ela gritou. Seu berro tinha saído tão sôfrego, era como se ela estivesse sentindo dores intensas. Continuei a violentando. Ela não queria, eu sabia disso, já que seus gemidos e/ou gritos não eram de prazer, eram de horror e pavor. Minha mão direita deu um tapa estalado na coxa da coitada. Soltei um gemido arrastado e um pouco rouco.

Me dei conta de que a menina estava sangrando, saía sangue de sua vagina e da lateral de seu quadril. Ela parou de gritar, ficou imóvel. Pouco a pouco fui parando os movimentos. O borrão negro estava sendo desfeito. Quem era aquela menina?

— JIMIN HYUNG!! — Escutei um grito perto do meu ouvido. Acordei no mesmo momento, levantei meu tronco e fiquei sentado na cama. — O que estava sonhando? — Era Jungkook, que estava sentado na cama ao meu lado.

— N-nada. — Eu não iria contar o sonho erótico que tive com uma... Menina misteriosa. — Vá dormir, saeng.

— Ok, boa noite. — Ele se deitou e se cobriu com o edredom. — Mas se sonhar mais uma vez gemendo feito um louco, eu jogo água em ti.

— Tudo bem, Jungkook. — Revirei os olhos voltando a deitar-me.

Eu fechei os meus olhos e tentei não lembrar dos gritos e pedidos por socorro daquela menina. Oh! Jimin! O grito dela veio na minha mente.

— HYE?? — Levantei meu tronco novamente, gritando. Era a voz de Hye, eu tinha certeza disso.

— Silêncio, hyung. — Jungkook pediu com a voz sonolenta.

Voltei a dormir, só que encabulado, era a voz de Hye? Como assim?

-- Hye --

Naquele dia acordei mal. Eu tinha dores de cabeça, e um desânimo. Era como se minhas energias ainda estivessem escassas, mesmo após eu ter dormido tanto. Fiquei encostada na cabeceira da cama, apenas pensando. Eu ainda não sabia sobre o caso de Jimin, Chanyeol nem tinha me dito nada.

— Com licença. — A porta fora aberta, e uma empregada entrou com uma bandeja, onde tinha meu café da manhã. — Aqui está seu refeição, coma bem. — Pôs a bandeja, que tinha pés, em meu colo. Agradeci apenas sorrindo sem mostrar os dentes. — Se precisar de algo a mais, apenas me chame, hum?

— Tudo bem. — Sussurrei. Ela saiu, deixando-me sozinha. Olhei para a comida e não senti vontade alguma de comê-la. Meu olhar foi direcionado para a janela, que estava aberta.

Me pus a pensar enquanto olhava para o céu azul e limpo. Como a vida é surpreendente, não? Meses antes eu era apenas uma garota andando pelas ruas de Seul; indo voltar para casa. Eu tinha tantos sonhos, alguns até impossíveis. Percebi o quanto eu tinha mudado. Eu tinha sofrido tantas coisas, e tais acontecimentos me fortaleceram e me ensinaram verdadeiras lições, uma delas: dar valor á família. Eu nunca me imaginei longe dos meus pais, mas quando fui sequestrada, aprendi o quanto eles são importantes.

Inspirei o ar e o soltei aos poucos, tentando criar coragem para enfrentar o dia que me aguardava. Iniciei a primeira refeição do dia. Eu tinha de me alimentar bem, pelo meu bebê.

— Hye! — Era a mesma empregada de minutos antes. Ela fechou a porta e andou até ficar ao lado da cama.

— O que foi? — Encarei-a com o cenho franzido. Reparei em suas mãos. Ela carregava um envelope.

— Chegou esta carta, e aqui diz que é para a senhorita. — Entregou-me.

— Obrigada. — Ditei antes de vê-la retirar-se do meu quarto.

Há um certo tempo, eu estava muito curiosa para saber quem é a famosa e tão sofrida Hye. Eu estou te observando diariamente, e percebi o quanto você é bonita. Todos os dias te vejo entrar e sair de sua escola, observo você passear pelo jardim de sua casa. Bom, não literalmente, mas eu acompanho seus passos. Saiba que eu tenho muitos motivos para te abobinar! Garota estúpida! Desde que você entrou na vida do Jimin, meus dias estão cada vez mais piores. Passei a te odiar, depois de saber o que você fez com a família Park. Só me espere, Hye. Apenas espere pelo que você merece.

P.C.H

— O que? — Murmurei quando terminei de ler a carta escrita a mão.

Slave (Park Jimin - BTS) Onde histórias criam vida. Descubra agora