"Você se importa?"

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"Nosso amor é como fogo.

Eu estou me queimando.

Só não sei até quando."

-- Writer --

Jimin estava chegando ao ponto extremo da frustração. A cada dois minutos dava um bufo mais impaciente e que provocava um som bem audível dentro do carro. Hye notou que o rapaz passava constantemente a mão pelo cabelo e mordia o lábio com força, talvez reprimindo palavras que queriam sair logo de sua garganta. O rapaz já estava com os lábios dolorosos, e até mesmo sangrando, mas ele não ligou.

— Pare de morder o lábio, está se machucando. — Hye disse assim que ele virou uma esquina, já estavam no bairro onde moravam. Park freiou inesperadamente, fazendo Hye se assustar um pouco. O carro estava em frente a uma mansão qualquer.

Você se importa? — Olhou-a fazendo-a engolir em seco com um olhar tão profundo sobre si. — Você nem deve se importar comigo. Me odeia. — Tirou suas mãos do volante e relaxou no banco, apertando um dos botões do painel para que automaticamente o banco se inclinasse um pouco para trás, dando espaço ao mafioso para respirar. Ele tombou a cabeça para trás, fitando o teto enquanto inflava suas bochechas de ar e bufava completamente farto. Ele estava sentindo na pele como é ser tratado com desprezo e rudeza. E por experiência própria, ele podia dizer que isso é angustiante, ainda mais vindo de uma pessoa a qual se atribui amor.

— Não. Mas ver sangue, ainda mais seu, me faz ter lembranças ruins. Então, no mínimo tenha respeito por mim. — Cruzou os braços ainda observando Jimin. O pescoço pálido dele estava a mostra, qualquer garota teria prazer ao marcar sua pele, mas Hye sentia nojo, apesar da pele dele ser tão atraente e inebriante. — Para! Vamos pra casa logo! — Aumentou o tom.

— Eu já não aguento mais! — Seu coração palpitava e seu sangue fervia, mas era saudade, desejo, atração e além de tudo uma ansiedade sem limites. Park fitou a menina de soslaio. Notou a posição tão impaciente dela, a garota olhava para o lado oposto do dele enquanto mantinha os braços cruzados em frente ao corpo. Ele aproveitou sua distração e a puxou pelo braço, em seguida com sua canhota puxou a coxa direita deixando-a em alerta. Facilmente Jimin conseguiu a posicionar em seu colo, apoiou cada perna em um lado de seu quadril segurando-as firmemente.

Ah! Seu cretino! — Ela pôs suas mãos nos ombros dele estapeando-os, praguejando enquanto via a expressão de deboche dele. O jeito que Hye o xingava era engraçado. — Desgraçado! — Tentou sair da posição, mas agora ele levava suas mãos quentes até a cintura, deixando seus dedos aprofundados em sua carne. — Jimin! Pare com isso!

— E se eu não quiser, huh? — Arqueou as sobrancelhas levemente, enquanto sorria de canto. Um riso quase imperceptível para ela. Jimin enlaçou seus braços ao redor dela, prendendo-a ao seu corpo inevitavelmente. — Pare de me rejeitar assim... É torturante. — Estavam tão perto que podiam sentir suas respirações se mesclando e os narizes quase unidos. — Eu já não suporto isso. Me dê um retorno...

— Retorno? — Franziu de leve o cenho. Ela tentou acertar um tapa, que com certeza seria doloroso, mas, Jimin segurou o punho direito da morena e a acomodou mais ainda em seu colo, provocando uma proximidade enorme entre os sexos, que se roçavam por cima de todos os panos. Os cabelos longos de Hye estavam quase sobre o rosto dele, mas isso não atrapalhou nas encaradas que os dois trocaram. O ar condicionado do carro não foi o suficiente para apagar o clima quente que se condensava lá dentro. Quem passava pelo carro de vidros escuros nem percebia que um casal conturbado estava prestes a se beijar loucamente.

— Não é esse tipo de retorno que eu quero, Jagi... — Usou seu tom rouco, falando baixinho. Conforme o olhar dele deslizava pelo rosto dela até chegar em seus lábios entreabertos, Hye ofegava mais e mais sentindo seu interior se queimando, talvez fosse um nervosismo ou outro tipo de sentimento. Assim que ele a puxou de uma vez e unificou as bocas, Hye tentou se mover para sair, contudo sem querer passou a mover o quadril e esfregar seu ponto g no falo coberto de Jimin. A ereção tentadora estava vindo, e logo a surpreenderia. O ósculo tornou-se afoito assim que o corpo de Hye amoleceu, parecia gelatina e entregue aos desejos e toques dele.

As línguas deslizavam-se com saudade e enroscavam-se uma na outra em um ritmo carregado de maestria. O meio das pernas da menina já acendia, estaria em chamas se Park levasse adiante seu jeito obsceno de a tocar e beijar. Estava prazeroso e quente, os barulhinhos molhados entre os lábios só faziam tudo ficar mais gostoso. Os pulmões de ambos clamavam por ar, mas o garoto não queria desgrudar da boca dela, deixou selares macios pelo canto da boca e queixo antes de se encostar no encosto do banco de novo, ofegante e com a boca toda mais vermelha que o normal. Ele umedeceu os lábios, sentindo um gosto metálico em seu paladar seguidamente.

— Por que fez isso? — Questionou ela recuperando de pouquinho em pouquinho o fôlego que lhe faltava. Ele sorriu olhando a expressão alheia quase indecifrável. — Você é louco! Me deixe sair! — Moveu seu quadril mais uma vez. Jimin acabou gemendo rouco ao notar que seu pênis estava ficando duro com os movimentos dela sobre si. — Pare de ser tão obsceno... — Ordenou, mas foi interrompida por um arfar pesado.

— O que posso fazer? Você está me deixando duro... — Voltou a pôr as mãos sobre a cintura que ele tanto desejava pressionando e envolvendo com possessão. A boca do moreno estava sutilmente aberta e dela saía uma respiração quente e desregulada que colidia contra a face da outra. Jimin estava tão excitado, até mais que Hye.

— Jimin... — Ditou entre os suspiros. — Me solte de uma vez! — Apertou a camisa dele amassando-a.

— Hmm... — Negou balançando a cabeça negativamente e fazendo um bico. Ele percebeu que ela estava se irritando mais ainda. — Ok, então vamos terminar isso em casa. — Desferiu um riso nasal livrando-a de seu toque. 

Slave (Park Jimin - BTS) Onde histórias criam vida. Descubra agora