Acidente

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-- Writer --

Hye chegou perto do carro e entrou, sentando-se no banco do passageiro. O motorista ligou o motor e logo após acelerou. O coração da menina estava batendo forte, tinha um nervosismo que nem ela sabia o porquê de estar se solidificando em seu corpo. As pernas estavam bambas e Hye tinha o estranho pressentimento de que algo ruim estava por vir na vida dela. Passaram-se uns minutos, e a tensão prosseguia, cada vez maior.

— Espera! Para o carro! — Hye segurou o braço do funcionário. O olhos dela estavam focados em uma movimentação estranha que ocorria em uma esquina. Uma van preta, com alguns homens ao redor. Foi então, que entre os rapazes, ela viu Jimin. O garoto entrava na van e estava com algemas nas mãos, além de ter cortes pela face. Não demorou muito, para que Taehyung, Sehun e Jungkook também surgissem entre as pessoas, entraram na van. Os meninos tinham expressões sôfregas, e até mesmo lágrimas escorriam. Após o bando entrar na van, o veículo seguiu adiante na avenida.

Hye ficou chocada, tentou racionar o mais rápido possível. Seu telefone vibrou no bolso de sua calça, ela pegou o aparelho eletrônico e atendeu a tão insistente chamada. Ela não deixou um segundo de olhar para a direção onde a van estava indo. Hye! Pelo amor de Deus! Era Chanyeol gritando no outro lado da linha, parecia desesperado.

— O que foi?

Há uma facção na cidade, e ela atacou o prédio leste! Corre pra casa! Agora! Hye! Vá logo!

Há mais ou menos trinta minutos antes, o prédio leste da CB havia sido bombardeado. Os criminosos entraram no local disfarçados e conseguiram até mesmo desligar a energia do prédio, dificultando assim a defesa da CB. Até então, não se sabia quem eram os tais bandidos, mas com certeza eram ligados ao império Park — que já não existia mais — ou eram sócios.

Atenção, moradores de Seul. Na zona leste da capital, o prédio da CB está sendo cercado por criminosos altamente preparados. O segundo piso do prédio está pegando fogo e os bombeiros já estão a caminho. A CB acredita que seja uma reação, já que o império de Park Young-Hee, falecido na noite de ontem, foi destruído. — Uma voz feminina tagarelava no rádio dentro do carro.

Sr. Chaong! Siga aquela van! — Hye desligou o celular e apertou mais ainda o cinto de segurança. O motorista atendeu a ordem da menina, e foi então em alta velocidade iniciando uma perseguição. O telefone de Hye voltou a vibrar sem parar. Com a mão tremendo ela atendeu a ligação.

Hey vadia! Hoje é o pior dia da sua vida! — A voz grossa ditou. Em seguida a chamada foi encerrada. Hye verificou o número, e descobriu então, que não era de dentro da Coréia, pois o DDD não lhe era familiar.

— Eles estão indo em direção a saída da cidade. — O motorista avisou.

— Não importa, continue. — Ela ordenou enquanto digitava o número de seu pai. A morena estava em choque, seu coração estava se apertando. O medo de que seus pais se ferissem durante o atentado no prédio se manifestava. — Pai, onde o senhor está? Tudo ficou mudo, e em seguida ela só escutou um gemido quase inaudível, seguido por um baque forte. — Appa? Pai! Fale algo! — Berrou com os olhos ardendo e lacrimejando.

Hye... – Era senhor Ku, com a voz rouca e fraca. — Decore este número: 7893446-3 Só... Guarde ele!

Tudo bem, Appa. — Sua mente processou os números e tentou não os esquecer. — Onde o senhor está?

Aquela foi a última vez que Hye escutou a voz de seu appa, tristemente ela escutou o som que indicava o fim daquela tão rápida ligação. A menina apertou os olhos, deixando as gotas salgadas serem expelidas.

— Srta. Ku! — O motorista gritou. Um caminhão vermelho estavam indo desgovernado em direção a van e eles. Os três veículos estavam em uma estrada um pouco mais afastada do centro da cidade. Os passageiros de ambos os veículos gritaram. Hye só pôde fechar os olhos e dar os últimos suspiros antes do impacto.

Decore este número: 7893446-3 Só... Guarde ele! ... Hey vadia! Hoje é o pior dia da sua vida! ... Hye! Pelo amor de Deus! As palavras estavam escoando pela mente dela, algumas até mesmo desconexas, enquanto Hye tinha a terrível sensação de que iria morrer.

Antes de embarcar em uma vingança, cave duas covas.

Slave (Park Jimin - BTS) Onde histórias criam vida. Descubra agora