Rodrigo
Tinha marcado de sair com uns dois primos meus e mais uns soldados lá do quartel, mas quando cheguei em casa e vi minha cama eu só quis dormir, tomei banho e dormi.
Por ter dormido cedo acabei acordando cedo também, mas acordei queimando de febre e dor no corpo, ter bebido ontem talvez não tenha sido uma boa ideia, isso deve ser praga da Thamyris.
Puxei meu edredom e me enrolei nele, desliguei o ar e fiquei esperando a febre pelo menos diminuir um pouco pra eu levantar, não rolou. Levantei me arrastando pro banheiro, meu domingo foi ficar doente e rezar pra na segunda ta melhor, o que não aconteceu também.
— Puta merda — falei olhando a hora, se eu faltasse Thamyris ia ficar bolada, ia achar que eu tava mentindo.
Juntei as forças que eu tinha e me levantei, tomei banho e depois meus remédios, me arrumei peguei minhas coisas e saí de casa, eu devo ter tomado remédio demais porque eu tava tonto vendo as coisas atravessado, fui devagar na fé e acabei chegando na clínica, entrei e a Thamyris já tava lá sentada esperando.
— O que aconteceu contigo? — ela perguntou baixo.
— Nada — respondi.
— Parece que ta drogado Rodrigo — ela falou — ta suando feito um porco, tira esse moletom.
— Não... — falei — é a febre que ta passando, ta tranquilo.
— Que febre? Voltou a piorar? Eu falei pra não beber no sábado...
— Ta Thamyris... já aprendi — disse impaciente, odeio que fiquem me tonteando — vai demorar muito a ser chamada?
— Um pouco — ela respondeu seca.
Suspirei e me encostei na cadeira, a minha febre com o frio da clínica não tava dando certo, ao mesmo tempo em que eu suava e tremia de frio — depois daqui nós vamos no pronto socorro.
— Ta — concordei e deitei minha cabeça no ombro dela que tocou meu rosto em seguida.
— Tu ta queimando de febre Rodrigo, vou remarcar o exame e a gente vai no pronto socorro — ela falou e assim que ela se levantou chamaram ela.
— A gente vai depois — falei me levantando e indo na frente.
Thamyris veio em seguida a moça levou a gente lá pra uma sala de exame, me sentei no banco que tinha perto da maca de exame, o médico entrou.
— Bom dia Thamyris — ele falou simpático.
— Bom dia doutor tudo bem?
— Tudo sim, veio acompanhada hoje — ele falou me notando.
— É... — Thamyris falou sem jeito — ele é o pai, Rodrigo essa é o doutor Carlos — ela nos apresentou e eu sorri tentando ser simpático.
— Bom te conhecer Rodrigo, Thamyris falava muito de você — ele disse e eu olhei pra Thamyris
— Ah falava? — perguntei tremendo o queixo.
— Ta muito frio aqui pra você? — o médico perguntou e eu neguei.
— Não... é bobagem — respondi — vai dar pra ver se é menino ou menina?
— Talvez... vocês estão ansiosos pra saber?
— Mais ou menos — respondi.
— Estamos pensando em fazer chá de revelação — Thamyris falou.
Thamyris
Tava ansiosa pra saber se tava tudo bem com o baby, mas também tava preocupada com o Rodrigo capaz dele ter um treco se ficasse muito mais tempo no frio.
— Olha ali é a cabecinha do bebê — o médico falou apontando com uma setinha na tela, Rodrigo se levantou e veio pro meu lado ele ficou vidrado na tela — o papai nunca tinha visto? — ele perguntou e Rodrigo sorriu.
— Ao vivo não — ele falou com um sorriso bobo no rosto — ta tudo certo?
— Ta sim — ele respondeu e começou a falar das medidas, peso e todas essas coisas, tava tudo certinho, o baby tava crescendo de acordo com o que é esperado.
Foi engraçado quando o Rodrigo escutou o coração, a emoção de ter escutado a primeira vez foi diferente dessa de escutar com ele e ver a reação.
— Caramba! É muito rápido, como que pode? — ele perguntou e o médico riu, saímos lá da sala com a ultra em mãos e depois eu iria na minha obstetra pra fazer o acompanhamento certinho.
— Agora bora pro pronto socorro — falei assim que saímos da clínica.
— O que? Eu to melhor, juro — ele falou e eu ri.
— No sábado também tava, anda Rodrigo ou tu tem medo de hospital?
— Não... — respondeu e ficou calado.
— Não acredito nisso — falei rindo — com medo ou sem tu vai — disse séria e ele suspirou.
— Xhata pra caralho — ele falou mas não dei moral, fomos pro hospital do exército.
Como não tinha muita gente ele logo foi atendido. A médica fez umas perguntas pra ele, examinou certinho, e como ele tava com febre e com dor no corpo e na cabeça, ela receitou remédio tanto pra tomar na veia quanto pra comprar, saímos do consultório e fomos pra enfermaria colocaram um soro nele e eu fiquei lá fazendo companhia.
— To com fome — falei balançando o pé e mexendo nas minhas unhas.
— Se não tivesse me obrigado a vim pra cá... a gente podia ta comendo agora — ele falou e eu ri.
— Tu doente não me serve de nada... — falei olhando pra ele que tava deitado na cama — tirei uma foto lá no consultório, eu posso postar?
— Ué... pode, vai me marcar? — perguntou e eu fiquei sem saber o que responder.
— Não sei, tu quer que marque?
— Quero — respondeu e eu assenti, peguei meu celular e entrei no facebook.
Thamyris Torres: o mundo em nove meses torna a renascer ❤ — com Rodrigo Campelo
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Sabrina Guigo: Parabéns, filho é benção 👶❤
Marta Campelo: coisa linda de vovó 😍
Thamyris: Marta ❤
Rayanne Souza: que venha com muita saúde, titia ama demais 💖
Maria Torres: felicidade define, amo vocês ❤👶
Thamyris: também te amamos ❤
Paula Mello: amigaaaaaaaa parabéns que esse baby traga só felicidade pra sua vida e a do Rodrigo 👏👶💘
Thamyris: obrigada migs, já ta trazendo
Odete Morais: EU N QUERO NEM SABER, SEREI A MADRINHA!!!
Muita gente tava comentando e curtindo, me chamando no chat pra dar os parabéns ou pra querer saber mais sobre eu e o Rodrigo, uó. Mas enfim, "oficialmente" agora eu estava grávida e Rodrigo eu teríamos um vínculo eterno.
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VIDA BAGUNÇADA
ChickLit[primeira versão] | +18 | concluída. Resolver os problemas do passado e do presente pra que ela tenha um pouco de paz é o desafio de Thamyris.