Rodrigo
Thamyris subia e descia no meu pau lentamente, apertava a bunda dela e dava tapas que a fazia gemer, nossos rostos estavam próximos e nossos lábios se encontravam com frequência, as unhas dela afundavam nos meus braços toda vem que eu forçava seu corpo pra baixo a deixando completamente preenchida.
— Que pau gostoso... — Thamyris sussurrou roçando os lábios nos meus.
— Filha da puta gostosa — falei mordendo o pescoço dela e puxando seu cabelo.
Ela riu e começou a sentar com mais força, passei minha língua entre os peitos dela e depois apertei eles.
Eu não sei porque mas eu olhei pro para-brisa do carro que estava parcialmente embaçado pela pouca luz que ali tinha eu consegui ver só a sombra de uma mulher que foi se aproximando do carro quando ela estava bem próxima uma luz se acendeu e eu vi que era a Isabela, minha namorada com uma faca na mão... de repente já não existia mais Thamyris, não existia carro e muito menos algum para-brisa pra me proteger da Isabela vindo pra cima de mim com aquela faca.
— EU VOU TE MATAR CRETINO! — ela gritou brava, segurei com uma mão o seu braço e com a outra segurei na lâmina da faca, sangue começou a escorrer pela minha mão e a faca a deslizar e cortar cada vez mais minha pele.
— PARA ISABELA! — gritei — eu não quero te machucar — falei fazendo força... Isabela parecia ta possuída — PARA PORRA!!! — gritei empurrando ela pra longe... quando ela caiu no chão eu acordei.
— Que merda — falei assustado olhando pros lados e vendo que estava no alojamento. Eu estava suado pra caralho, olhei no relógio e eram 4h45. Suspirei e me levantei da cama fui pro banheiro, tirei minha roupa e liguei o chuveiro.
Até poucos meses atrás eu tinha um relacionamento estável na medida do possível, namorava com a Isabela a quase 5 anos e eu estava me preparando pra dar o "próximo passo", ia pedir ela em casamento no dia do aniversário dela dia 15 de março.
Só que ao invés de um pedido de casamento ela recebeu a notícia de que eu ia ser pai.
Não fui eu quem contei, ela descobriu por conta e talvez por isso a reação dela tenha sido tão negativa, cheguei do quartel e o apartamento onde nós morávamos estava todo quebrado, meu carro estava com os vidros quebrados com a lataria toda arranhada, minhas roupas tudo cortada, meus perfumes quebrados e um dinheiro que eu tinha em casa tinha sumido assim como a Isabela, eu pensei que tivesse sido assalto nunca pensei que fosse ela que tivesse feito aquilo.
Eu sei que o motivo dela ter feito o que fez foi culpa minha, e por isso que eu fui atrás dela. A gente tinha acabado de reatar e eu não queria que acabasse daquela forma, eu encontrei ela, conversei, expliquei, me humilhei pra aquela mulher e ela só me olhava com aquela cara de foda-se.
"Não adianta Rodrigo... nada do que tu fizer ou falar vai me fazer voltar contigo, eu não vou perdoar o que tu fez comigo, podia ser qualquer uma Rodrigo, qualquer uma! Agora tu me trair e ainda por cima engravidar uma puta de esquina... isso não, isso é demais pra mim, é humilhação demais, como que eu vou olhar pra cara dos meus pais, dos meus amigos se eu voltar contigo depois dessa patifaria? Eu não quero passar por essa vergonha, eu não quero".
Essas palavras dela não saiam da minha cabeça e eu acho que nunca vou esquecer isso, não tem nada pior do que você ser rejeitado por quem você ama.
Saber que ela me odiava e que não iria ter mais volta me deixou com raiva e me fez descontar muita coisa na Thamyris a gente brigava demais, não sei como que não saímos na mão, porque aquela ali é meio porra louca, não foi uma ou duas vezes que ela me peitou, sorte minha e dela que eu fui bem educado pela dona Marta, se eu fosse covarde tinha pegado ela e amassado todinha e só Deus sabe se não poderia ter acontecido uma desgraça com ela e com o nosso filho, fico ruim só de imaginar. Mas voltando a Isabela, nós não tínhamos mais contato desde a nossa última conversa, ou pelo menos eu achava que não até voltar pro meu alojamento e ver que tinha mensagem dela no whats.
— SEEEEEELVA! — os soldados gritaram.
— Dispensados soldados — falei alto e eles bateram continência depois se espalharam pelo pátio.
— Tenente — escutei falarem me virei e era o capitão.
— Capitão — falei fazendo continência ele sorriu e estendeu a mão pra mim, apertei a mesma.
— Tenho boas notícias pra você — ele falou contente e eu fiquei sem entender muito bem — a chance que você queria de transferência apareceu.
— Ah — falei surpreso — sério? Tão rápido assim? Pensei que fosse demorar mais capitão — falei coçando a nuca.
— Algo de errado tenente? — ele perguntou — você parece não ter ficado muito feliz com a notícia...
— É, to surpreso na verdade — falei e suspirei — eu sei que foi eu quem fiz o pedido de transferência o que não é muito comum, mas é que não acho que agora seja um bom motivo — expliquei.
— Não entendo tenente, como você mesmo disse foi você quem quis a transferência e agora está a recusando? — ele perguntou confuso.
— Olha capitão, quando eu o procurei pra falar sobre a transferência eu estava com alguns problemas e achei que sair daqui fosse me fazer bem, mas agora eu consigo ver que as coisas estão começando a se ajeitar e não quero arriscar — fui sincero, ele ficou me encarando por alguns segundos até suspirar.
— Bom tenente, se você não quer... eu posso oferecer a outra pessoa, e infelizmente se o senhor mudar novamente de ideia eu não vou poder muita coisa para ajudar — ele disse e eu assenti.
— Eu entendo capitão e por mim tudo bem, fico menos preocupado sabendo que uma outra poderá aproveitar a oportunidade — falei e ele assentiu.
— Tudo bem, só parei pra falar isso pra você... até mais tenente.
— Até mais capitão — estendi a mão e ele apertou nos despedimos assim e cada um seguiu seu rumo.
Eu já estava fora de casa a quase uma semana e ainda teria que ficar por mais uma outra longa e cansativa semana. Durante o dia eu não tinha tempo nem pra coçar o saco direito, a noite antes de dormir eu geralmente conversava com a Thamyris ou com a minha mãe, sobre a Isabela ela me mandou mensagem uns três dias seguidos, mas como eu não respondi ela acabou me bloqueando de novo, menos mal... eu acho, porque não vou mentir fiquei na vontade de responder, amor de pica.
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VIDA BAGUNÇADA
ChickLit[primeira versão] | +18 | concluída. Resolver os problemas do passado e do presente pra que ela tenha um pouco de paz é o desafio de Thamyris.