capítulo vinte e cinco

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Thamyris

Chegamos na casa da vó da Rayanne, cumprimentei o pessoal que estava por ali, encontrei uma cadeira e já me acomodei, Henrique sentou do meu lado com o Pedro no colo dele.

— Tu vai lá pra casa da minha mãe? — perguntei.

— Não, vou pra casa dormir — ele falou e eu fiquei de verdade meio triste pela situação dele.

— Olha eu acho que já ta passando da hora de tu chegar de verdade na Rayanne pra conversar e decidir o que realmente vai ser dos dois, se vão ficar juntos ou se largar de vez — falei — eu gosto da Rayanne e o que ela te faz passar acho bem feito e isso só ta acontecendo porque tu ta deixando e olha a Rayanne é um mulherão da porra, daqui a pouco ela cansa disso arruma outro e ai tu vai ficar chupando dedo.

— Tu acha que eu já não cheguei a falar sério com ela? — ele perguntou bolado — é só eu tocar no assunto que ela muda. Rayanne deixou a entender que só vai voltar comigo se eu deixar meu outro filho e isso é uma coisa que eu não vou fazer não — ele falou se encostando na cadeira

— Então pronto, diante isso tu já sabe o que fazer, agora é ter coragem pra isso.

— Como se fosse fácil... Thamyris eu mudei minha vida inteira por causa dela, não é assim do dia pra noite não.

— Do mesmo jeito que tu já mudou uma vez pode mudar outra Henrique.

— É complicado — ele falou passando a mão no rosto, eu balancei a cabeça negativamente.

Deu meia noite, nós fizemos uma oração e depois fomos comer, coloquei minha comida e fiquei lá na mesa. Rayanne trouxe comida pro Henrique e pro Pedro, mas ele nem quis saber de comida, estava lá brincando com os amiguinhos. Nessas horas que eu lembro que eu devia ta com o meu neném, chega a dar um aperto no coração.

— Ei doidona — Henrique me cutucou.

— Que foi? — perguntei.

— Teu celular ta tocando ai — apontou, peguei o celular e era a Odete — chora...

Piranha tu ta onde? — Odete perguntou do outro lado da linha.

— To aqui em Piedade, numa ceia... já ta pronto?

To... me manda tua localização que eu vou passar ai pra te buscar.

— Ta bom, tchau.

Tchau.

Ele desligou, e eu fui no whatsapp mandei minha localização e fiquei esperando ele chegar o que demorou mais ou menos uns 20min.

— Odete chegou, to indo... juízo vocês dois — falei abraçando o Henrique — feliz natal, te amo.

— Feliz natal vacilona — ele falou rindo.

— Cuidado em Thamyris — Rayanne falou me abraçando.

— Relaxa surtada — falei zoando ela — cadê o Pedro?

— Deve ta lá na área — Rayanne respondeu.

— Amanhã eu dou o presente dele — falei e ela assentiu, Odete começou a me ligar — tchau, tchau gente — sai dali apressada, Odete estava bem em frente da casa mesmo — acertou direitinho — falei assim que entrei no carro.

— Foi só perguntar ali na esquina onde que tinha uma piranha — Odete falou e riu.

— Se foder Odete — disse puxando o cinto de segurança, ele deu partida e nós só paramos pra pegar a Janaina, uma amiga da Odete.

VIDA BAGUNÇADAOnde histórias criam vida. Descubra agora