Thamyris
Acordei e o Rodrigo não estava na cama, olhei no meu celular e eram quase meio dia já. Levantei morrendo de preguiça, fui pro banheiro, escovei os dentes e lavei o rosto, sai do quarto amarrando meu cabelo em um coque, cheguei na cozinha e estava uma zona a pia cheia de louça, o fogão cheio de panela.
— Rodrigo? — chamei assim que escutei um barulho na lavanderia.
— AI SIM CARALHO! — Rodrigo gritou, fui lá e parei na porta, olhei pro digníssimo de cima abaixo, ele todo contente.
— Que alegria é essa? — perguntei e ele olhou pra mim assustado — calma — levantei as mãos sorrindo.
— Ta mandada? — perguntou sério e eu ri — tava apanhando pra essa máquina — apontou pra máquina de roupas — to aqui tem meia hora já tentando funcionar... pensei que tivesse desmantelada.
— Era só colocar na tomada que ela iria funcionar — falei e ele riu.
— Agora eu sei disso — falou pegando umas roupas do chão e colocando na máquina — também sei que... — pegou a camisa que ele tinha saído pra jogar bola — você tava mentindo — jogou a camisa em mim e eu ri, — não tem marca de batom nenhum ai.
— Não joga esse negócio fedido em mim — falei estendendo a camisa pra ele que pegou e jogou dentro da máquina — eu não menti, eu só me confundi — falei cínica dando de ombros, Rodrigo balançou a cabeça negativamente e sorriu.
— Tu é do mal — apontou pra mim e depois fechou a tampa da máquina.
— Então tu ficou em dúvida se tinha ou não batom na camisa? Hummmm — olhei pras minhas unhas — bom saber.
— Ih Thamyris, não fiquei com dúvida nenhuma porque eu tinha certeza de que não fiz nada aquela noite com mulher nenhuma — falou desconfiado e eu arqueei uma sobrancelha quando olhei pra ele.
— Ta bom então — sorri e senti um cheirinho de queimado — tem alguma coisa queimando — falei.
— Puta que pariu — Rodrigo falou largando as roupas e indo pra cozinha apressado.
— Maluco — disse baixo, entrei na lavanderia e fui arrumar a bagunça, separei as roupas e guardei os produtos nas prateleiras, deixei só o que ele ia precisar.
— Opa... opa... quê que tu ta fazendo? — Rodrigo perguntou voltando pra lavanderia.
— Colocando as coisas no lugar — respondi como se fosse obvio.
— Não, não... sai da minha lavanderia — falou pegando o cesto com as roupas sujas da minha mão.
— Sua lavanderia? — perguntei.
— É... mete o pé — falou e eu ri.
— Ta bom — dei um selinho na minha doméstica, peguei um iogurte na geladeira antes de ir pro quarto, assisti um pouco de tv e depois fui tomar banho. Quando terminei o almoço já estava pronto, me vesti rápido porque eu queria ir lá provar a comida do Rodrigo — arrasou viado — falei quando vi a mesa pronta, meus olhos chega brilharam e minha barriga roncou.
— Eu sei mona — Rodrigo falou com a voz fina o que me fez rir.
— Idiota — disse revirando os olhos — lavando roupa, fazendo o almoço... hummm isso vai me sair caro? — perguntei pegando um prato.
— Já varri a casa e passei pano também, já fui buscar a casinha nova Zeus também... e também já dei uma corridinha.
— Fiquei cansada só de escutar — falei cortando a lasanha, me servi .
Comi e estava muito bom mesmo, repeti umas três vezes, a cara é de mocinha, mas a fome é de pedreiro, depois do almoço Rodrigo só estendeu as roupas enquanto eu fui fazer o que? Isso mesmo tomar sorvete e procurar algum filme pra assistir.
— Cansou? — perguntei quando ele saiu do banho e se deitou na cama.
— Cansei — respondeu e eu sorri — ainda bem que tirei o dia de folga, vou dormir pra caralho — falou puxado o edredom e se cobrindo.
— Que dormir o que? Vai ficar me fazendo companhia... vamos assistir filme juntos o resto do dia.
— Ah não — revirou os olhos — tu só escolhe filme ruim.
— Os filmes são bons!
— E porque tu sempre dorme no meio? Hein? — me cutucou.
— Não me cutuca — bati na mão dele que riu — então não assiste.
— Não ia mesmo — sorriu e fechou os olhos.
— Chato — falei suspirando — não me dá uma atenção...
— To escutando — falou de olhos fechados.
— Ainda bem né, imagina se tu é surdo?
— Aiai — falou rindo.
Queria ter a facilidade pra dormir que o Rodrigo tem, no começo da gravidez onde eu encostava dormia, agora Manuela fica se mexendo a noite toda as vezes to num sono tão bom, dai ela começa a se mexer e eu acabo acordando.
Falei pra minha mãe e ela disse que só piora com o avanço da gestação. Falando na minha mãe to com saudade dela, esse final de semana eu e o Rodrigo vamos pro Rio matar um pouco da saudade do pessoal e pegar algumas coisas que a minha mãe e a dele tinham comprado pra bebê, elas poderiam enviar por sedex, mas a gente só queria uma desculpa pra ir lá.
Rodrigo
— Acorda — escutei Thamyris me chamar baixinho e depois me dar uns beijinhos no pescoço — acorda...
— Hum... — falei ainda sonolento, me virei e deitei normal — o que foi? — perguntei abrindo os olhos devagar.
— Fica quieto — Thamyris sussurrou e me deu um selinho, ela puxou o edredom e abaixou minha cueca,
— Oh caralho — falei abrindo os olhos rápido.
— Fica quieto — ela repetiu massageando meu pau com as duas mãos.
— Não paga nem um drink antes? — perguntei e ela riu mas não falou nada.
Começou a me masturbar apenas com uma mão e em seguida passou a língua nas bolas me fazendo arrepiar inteiro. Eu só fechei os olhos e aproveitei o boquete da mulher maluca e gostosa que eu tinha, abri os olhos só quando eu gozei.
Thamyris limpou o canto da boca com o indicador e depois chupou o mesmo, eu sorri de canto e me sentei na cama, ela segurou meu queixo e beijou o canto da minha boca, depois passou os lábios nos meus e por fim mordeu meu lábio inferior.
Deslizei minhas mãos pela parte posterior das coxas delas até chegar na bunda fazendo o vestido que ela usava subir, Thamyris ficou de joelhos no colchão e colocou as pernas dela ao lado das minhas, subi ainda mais minha mão por debaixo do vestido dela até que ele foi parar no chão.
Thamyris se sentou sobre as minhas coxas ficando na minha altura, ela colocou as mãos na minha nuca e arranhou de leve, abracei a cintura dela a mantendo perto do meu corpo, arranhei o pescoço dela de leve com a minha barba que estava começando a crescer depois dei uns beijinhos.
— Jogo sujo — Thamyris falou descendo as unhas pela minha costa.
— Jogo sujo é tu ainda ta de calcinha — disse passando as pontas dos meus dedos pela renda da calcinha.
— Isso não é difícil de se resolver — falou baixinho perto do meu ouvido.
— Verdade... não é — disse dado um beijo no ombro dela, enrolei meus dedos na lateral da calcinha dela e puxei com força fazendo rasgar.
— Rodrigo! — falou bolada, eu ri e a joguei na cama... me encaixei entre as pernas dela e fiquei observando o rosto dela — o que foi? — perguntou colocando as mãos nos meus ombros.
— Te amo.
— Também amo você — Thamyris falou, trocamos alguns selinhos.
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VIDA BAGUNÇADA
ChickLit[primeira versão] | +18 | concluída. Resolver os problemas do passado e do presente pra que ela tenha um pouco de paz é o desafio de Thamyris.