Capítulo 42

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"Quem é que tu achas que é?" - ela não se cala

"Não sei." - olho para o telefone

"Nenhuma ideia? Seria um caso para pensar." - ela ri - "Alguém de esteja a ganhar mais dinheiro... suponho."

Eu estou a decorar a festa porque o Henry Raymond se sente mal pelo que aconteceu, certo? Ou será que estou a decorar a festa porque o Alexander deu a ideia ao pai?

"Eu não conheço o salário das pessoas." - revelo

"Certo. Eu gostaria mesmo de saber quem era. E como? Como é que alguém o consegue conquistar, certo? Porque, na minha opinião, ele não a traiu." - ela conta - "Eu acho mesmo que ele a amava, se calhar ainda a ama, apenas precisa de alguém que lhe limpe a cabeça."

Alexander levanta-se da cadeira, fazendo-me levantar também.

"Não!" - alto

"O quê?" - ouço Valentina

Agarro a mão de Alexander, que está a caminhar para a porta.

"Valentina, eu já te ligo. Acho que apaguei uma coisa que não devia." - termino de imediato a chamada e corro para a porta, encostando-me à mesma.

"Deixa-me passar." - ele fala com calma

"Não. Ouve-me. Tu não podes ficar afetado pelo que a Valentina disse. O que é que ela sabe?"

"Todos têm uma opinião sobre mim, entendes? E por mais que eu diga a mim mesmo que não quero saber, de vez em quando, quero."

Puxo-o para o sofá, mas ele não cede.

"Por favor." - peço e ele senta-se no braço do sofá

"Eu já sabia do rumor. O Beau contou-me ao almoço, mas eu não quero saber."

"Tu não queres saber porque eles não sabem que és tu, Danaë."

"Eu não quero saber, porque eu sei a verdade. Porque nada do que eles possam dizer por estragar os nossos momentos. Percebe uma coisa, Alexander, eu estou a divertir-me imenso contigo. Imenso. E eu quero mesmo continuar a ter estes momentos, sem pensar no que o pessoal do hotel pensa."

"Eu não estou a usar-te como substituta de ninguém." - ele puxa-me para o meio das suas pernas

"Eu sei. Eu garanto-te que sei disso." - abraço-o, encostando a minha cabeça no seu peito - "Agora, será que podemos pensar no nosso fim-de-semana?"

"Sim." - ele beija-se o topo da cabeça

"Ótimo!"

"Tu és a melhor parceira de sexo de sempre." - ele conta e eu solto um riso

"Digo-te o mesmo." - beijo a sua camisa - "Eu tenho mesmo de voltar ao trabalho." - levanto a cabeça, olhando para ele

"Encontramo-nos no estacionamento?"

"Não. Acho melhor nos encontrarmos a um quarteirão daqui." - coloco as minhas mãos sobre as suas coxas

"Ok. Apanho-te lá."

"Sim." - ele beija-me os lábios antes de destrancar a porta e sair do meu escritório.

Volto a sentar-me na minha cadeira e procuro o ficheiro que Valentina pediu. Ligo-lhe.

"Econtrei." - falo

"Ótimo. Acho que sei com quem é que ele anda metido."

"Valentina, com todo o respeito, eu não quero saber. Ele que faça o que quiser."

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