Capítulo 86

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Caminho para dentro de casa, onde Zoey e Diego estão a ouvir a conversa.

"Amor, eu não te podia dizer porque é qu-"

"Podias não me ter mentido." - ambos entramos no quarto e ele fecha a porta - "Podias ter dito que ias tratar de um assunto de família, sei lá. Eu fiquei aqui, descansada a pensar que tu ias assinar a porra de uns documentos, não partir uma costela ao ex-namorado da tua irmã!"

"Lamento. Eu devia ter contado a verdade, mas agora estou aqui. Ninguém morreu."

Olho para o seu estado. Mesmo assim, o rapaz consegue ser tão atraente que quase me atiro a ele e o perdoo-o.

"E é só isso que tens na cara ou ele magoou-te em mais algum lugar?" - tento parecer o mais chateada possível

"Magoar? Ele não me magoou." - ele ri - "Isto são as minhas marcas de guerra." - ele abre o botão do seu blazer preto. - "Olha bem para mim. Tu, aprecia bem o teu namorado." - ele dá uma volta - "Agora sabes que sou forte e que te vou defender de tudo e de todos."

"Tu és tão estúpido." - reviro os olhos, querendo rir - "Como castigo, não te dou o teu presente de natal."

"Não podes fazer isso!" - ele aponta-me o dedo - "Eu ando a pensar nesse presente desde que me disseste que me tinhas comprado um presente."

Agarro a sua mão e puxo-o para mim. Ele baixa-se, beijando os meus lábios.

"Olá, bebé." - ele encosta a sua testa à minha

"Tu és parvo." - sorrio

"Eu por ti sou tudo." - ele volta a beijar os meus lábios - "Deixa-me ver a relíquia." - ele pega na minha mão direita, observando o anel que me deu.

"Eu fui à loja, apertar o anel. Mas não à mesma que tu foste porque tinha medo que se lembrassem de que tinhas sido tu a comprar e depois... tu sabes."

"Sei." - ele deixa um beijo sobre o anel

"Sabias que isto é um diamante verdadeiro?" - aponto para o pequeno diamante no meio da orquídea.

"Claro que sabia." - ele ri-se

"Eu não sabia e passei uma vergonha. Na Cartier!"

"O que é que fizeste?"

"Disse algo como, com sorte não caiu, visto que está largo, imaginem se fosse um diamante verdadeiro. Depois ri-me e ela respondeu-me, é um diamante verdadeiro. Eu só queria fugir dali."

Ele ri-se de mim e eu bato-lhe no braço.

"Como é que tu querias que eu soubesse que era um diamante verdadeiro? Eu só toquei em falsos."

"Bem, é da Cartier. Achei que fosse lógico."

"Para quem percebe." - bufo - "Esquece, já passou. A Zoey adorou o anel. E as pessoas no hotel também. Perguntaram-me quem é que me deu."

"E tu?" - ele olha-me, sorrindo.

"Disse que tinha sido o filho do patrão." - encolho os ombros e os cantos dos seus lábios sobem.

"Foi?"

"Não. Quem me dera que eu pudesse andar por aí a dizer isso sem me preocupar."

"Disseste que tinha sido o teu namorado?" - ele senta-se na cama e senta-me na sua perna.

"Sim." - encosto a minha cabeça à dele - "Devia ter dito que foste tu. Que tu és o meu namorado. Elas iriam ficar ruidas de ciúmes. Todas elas falam de ti como se fosses um deus grego e depois eu só penso, ah ah ele é meu!"

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