Capítulo 4

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Hey! Não sei que irei publicar para a próxima semana, mas vou tentar. Apenas não prometo nada.

[Início do capítulo]

"O quê? Não." - ele ri - "Ela é aquela gaja que a Audrey molhou quando estava bêbada."

"Ah." - ele diz

"Mas diz-me lá se não é toda boa!"

Encosto-me mais à porta, para tentar ouvir a sua resposta.

"Não faz o meu género." - ele responde

Reviro os olhos e faço o meu caminho de volta para o elevador. Quando volto à receção, Beau estala os dedos e passa por mim a correr. Visto que não está ninguém, perto da receção, pego no meu telemóvel. Vendo que tenho uma mensagem de Cal.

Cal

A minha cama é tão grande sem ti. Das duas uma, ou vens sempre dormir aqui, ou terei de comprar uma cama mais pequena.

Solto um pequeno riso e respondo:

Porque não juntas as duas ideias?

Passo o resto da hora à espera que mais alguém apareça. Beau quase adormece e sinto-me obrigada a tocar no seu braço, para que ele acorde. O telefone toca e Beau atende de imediato.

"Sim?... Oh! Senhor Raymond!... Sim... Ela é rececionista, na verdade. Ela não leva as bebidas... Ok." - ele desliga

"O que é?"

"Vai buscar o vinho que o Jackson Raymond pediu e leva-lhe ao quarto."

"O quê?"

"Ele disse que ligou à Valentina."

"Sabes o que é que ouvi?" - falo, baixando a caneta

"O quê?"

"O Raymond mais velho a dizer que eu não fazia o género dele."

"E isso afeta-te?"

"Nem um pouco, mas dói quando alguém te chama de feia."

"Ninguém te chamou de feia." - ele começa - "Ele apenas disse que não eras o género dele. Aposto que o género dele é raparigas de metro e oitenta, cabelos pretos e olhos azuis. Modelos."

"O contrário de mim." - solto uma gargalhada

"Se eu não fosse gay, ia para a cama contigo."

Ele sabe como me animar.

Não fiquei muito afetada porque não sou o género dele, fiquei afetada porque é como se ele dissesse que eu não era linda o suficiente. Eu tenho o Cal, ele acha que eu sou bonita. O resto não interessa, certo?

Já com as duas garrafas de vinho na mão, subo, no elevador, para o andar da suite. Bato à porta e ele abre-a. A rir, de algo que estava a falar, de certeza.

"Aqui." - estico os braços

Ele dá-me espaço, para eu entrar. Faço-o.

Ainda por cima, sou eu que tenho de abrir.

Caminho até à mesa, onde eles estão a jantar, e pouso-as em cima da mesma. Pego no saca-rolhas, sobre a mesa, e faço o meu melhor para abrir o vinho.

"Diga-me, Danaë." - Jackson senta-se, à frente do irmão - "De que origem é o seu nome?"

"Grécia." - finalmente consigo abrir

O SucessorOnde histórias criam vida. Descubra agora