Capítulo 13

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Zoey

Ele é um gajo fodido. Tentei ir com ele para a cama de novo e ele disse-me que só fodia cada gaja uma vez. Sem exceções. Ele é meio marado.

Reviro os olhos.

Eu não quero saber da vida sexual do homem.

Volto a agarrar-me ao lavatório, para me levantar. Arrumo o telemóvel no meu bolso. Manco até à porta. Assusto-me quando a abro, vendo Alexander encostado à parede. Ele sorri-me e ajuda-me de volta ao sofá.

"Tens aí o copo de água. Vou buscar o carro então." - Andrew avisa

"As chaves estão na mala do meu carro." - Alexander fala

"E como é que vais para lá?" - pergunto

"De táxi. Aproveito e trago o almoço."

Táxi! Como é que eu não me lembrei do táxi em vez de ligar à merda de Beau que me mandou o filho do meu patrão.

"Existe algo que não gostes, Danaë?"

"Não." - abano a cabeça

"Ótimo."

"Oh! Não gosto de ananas nas pizzas." - lembro-me

"Anotado." - ele brinca, antes de pegar nas chaves do carro de Alexander e sair da Penthouse

Inclino a minha cabeça para o lado contrário da ferida.

A porta é outra vez aberta e Alexander levanta o olhar.

"Ia a sair e ele a entrar." - ouço Andrew e olho para a porta

Um homem alto e largo entra. Alexander caminha até ele e dá-lhe um passou-bem, fazendo sinal a Andrew, que acaba por sair. De novo.

"Como é que estás, Doc?" - Alexander pergunta

Doc é apenas poucos centímetros mais alto que Alexander. Mal se nota.

"Estou bem. Cansado, mas bem."

Doc parece estar nos seus quarentas. Com vários cabelos brancos à vista.

"Ali." - Alexander aponta para mim - "Ela teve um acidente. Bateram-lhe por trás, no carro. O cinto arranhou-lhe o pescoço e ela aleijou-se no tornozelo." - ele explica enquanto se aproximam de mim

"Bom dia." - ele senta-se na mesa, onde Andrew estava antes

"Bom dia." - respondo

Ele abre a sua maleta e tira de lá umas luvas brancas. Depois de as meter, senta-se ao meu lado. Manda-me inclinar a cabeça e toca na ferida. Queixo-me de imediato.

"Houve algum vidro partido no acidente?" - ele pergunta-me, ainda examinando a minha ferida

"Que eu tenha visto, não." - respondo

"Eu vou-lhe meter um creme e depois um penso." - ele avisa - "É frio."

O frio do creme é refrescante, na verdade. O penso não é igual aos normais. É branco e não incomoda quando mexo a cabeça.

"Vou-lhe dar este creme. Meta duas vezes por dia, de manhã e à noite, durante uma semana." - ele entrega-me o creme - "E alguns pensos." - ele volta a sentar-se na mesa, depois de me dar alguns pensos

"Não é nada de mais?" - aponto para o meu pescoço

"É arranhado. Ora seja, vai doer se colocar água por cima. Não doer se apertar muito, também, mas é apenas durante os primeiros dias, depois passa. Uma arranhadela de cinto demora um pouco mais a cerar porque queima."

O SucessorOnde histórias criam vida. Descubra agora