Capítulo 60

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Quando ele entra em mim, um sentimento familiar preenche-me. Um gemido alto sai da minha garganta e sei que posso gemer o quão alto eu quiser. Estamos apenas nós os dois. No nosso ninho do amor.

Ele mexe-se dentro de mim, gemendo-me ao ouvido. As minhas unhas arranham as suas costas, com força. Ele beija-me os lábios ainda a movimentar-se e morde-me o lábio inferior quando abro a boca para gemer alto. De novo. E de novo.

O seu nome sai dos meus lábios vezes sem conta durante todos os minutos que ele se mantém dentro de mim, fazendo-me sentir como a única pessoa no mundo. As minhas mãos apertam-lhe os bíceps, depois os ombros e voltam às suas costas, para as arranhar. Estou quase. Ele sabe. Ele penetra-me mais depressa, deixando-me atingir o orgasmo, voltando a gritar o seu nome.

Ele observa-me quando o faço. A sua boca entreaberta. O seu cabelo caído na sua testa, um pouco suada, os seus olhos brilhantes focados em mim... sinto-me no topo do mundo.

"Amo-te."

Ele vem-se. Ele cai em mim, pouco depois. A minha mente tenta processar o que ele acabou de dizer. Eu nunca o disse a ninguém. Ninguém. Nunca amei ninguém. Pelo menos não desta maneira.

Ele deixa-me um beijo no pescoço, saindo de dentro de mim. Ele entra na terceira porta depois da porta de entrada do quarto, o que me revela que é uma casa de banho. Quando volta abre a cama, obrigando-me a levar, para depois me voltar a deitar. Coberta, com a cabeça no seu peito.

"Eu também." - sussurro - "Eu também te amo."

A sua mão aperta-me com gentileza o braço e quando olho para ele, está a sorrir. Volto a deitar a minha cabeça no seu peito e a sua mão direita massaja as minhas costas, enquanto a esquerda está entrelaçada na minha, sobre a sua barriga.

"Tens sono?" – pergunto-lhe

"Não." – ele responde

"Por causa da dor de cabeça?"

"Um pouco."

"Aquela porta é o quê?" – aponto para a porta mesmo à frente da cama, ao lado da parede onde se encontra a porta de entrada. Do lado direito.

"Uma varanda." – ele explica

"E a porta ao lado?"

"O meu armário."

"Tens um closet?" – levanto a cabeça para o encarar

"Sim." – ele assente com a cabeça

"Uau! Quem me dera. E ao lado é uma casa de banho."

"Sim." – ele assente

"E as violas? Posso?" – questiono

"Podes o quê?"

"Posso pegar numa?"

"Podes." – ele parece um pouco preocupado com a resposta

Apanho a sua camisa branca do chão e visto-a, caminho para o fundo do quarto pegando numa que se encontra no chão. É acastanhada e tem marcas de preto. É linda. Faz-me lembrar as guitarras do Elvis Presley. Poderia dizer que estas são mais modernas, mas não. São antigas.

"Gosto desta." – volto para a cama com a guitarra nas mãos

"Foi o meu avô que me ofereceu. Era dele." – ele conta

"É fantástica! Tocas?" – estendo-lhe a guitarra

"Não." – ele responde, um pouco envergonhado

"Vá lá. Só um pouco."

"Eu não toco há muito tempo."

"Eis uma boa razão para tocares. Quero ouvir. A tua namorada quer ouvir!"

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