Capítulo 70

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"Foi para o aeroporto. Ela vai hoje ter com a família." - conto

"Que bom!" - ele pega em mim 

Acordo com o despertador a tocar. Desligo-o e os braços de Alex puxam-me para si. Ele beija-me o cabelo e vira-me para si. 

"Tenho de me levantar." - informo, abrindo os olhos, lentamente.

"Não." - ele resmunga

"Sim." - riu-me

"Não quero que te vás amanhã." - ele admite

Deixo um pequeno beijo nos seus lábios e levanto-me da cama.

"Passas cá esta noite também?" - pergunto-lhe

"Já que insistes tanto." - ele fala e vira-se na cama, mostrando-me o seu rabo

"Nada profissional, senhor Raymond. Nada mesmo." - dou-lhe uma palmada no mesmo, fazendo-o rir

"Eu sou profissional em tudo o que faço. Tu que o digas." - ele vira a cara para mim.

"Oh, uau." - começo a rir-me - "Modesto."

"Honesto." - ele levanta o seu dedo - "Deita-te mais um pouco ao meu lado." - ele puxa-me para si, deitando-me ao seu lado, cobrindo-nos.

"Eu tenho de ir trabalhar." - informo e ele beija-me o ombro despido 

"Também eu."

"Então, pára com isso, senão ainda ligo a dizer que estou doente."

"Faz isso!" - ele levanta a cabeça - "Liga a dizer que estás doente. Eu não apareço e digo que me esqueci da reunião com o meu pai."

"Tu és louco." - viro-me para ele 

"Se tu soubesses o que eu faria por ti, louco não cobria isso." - ele beija-me a testa

"Diz-me algo que farias por mim." - elevo uma sobrancelha

"Tudo. Tudo o que tu pedisses, eu faria."

"Não sejas idiota, Alex." - riu-me

"Pede-me uma coisa. Qualquer coisa, eu faço."

"O quê?"

"Pede. Qualquer coisa."

"Eu... eu não sei."

"Vá lá, querida. Qualquer coisa."

"Não sei, Alex." - não consigo pensar

"A primeira coisa que te vier à cabeça."

"Não sei." - não sei mesmo. 

"Não pode ser assim tão compl-"

"Vem comigo à Grécia."

Ambos ficamos surpreendidos com a minha resposta. Antes que ele possa dizer seja o que for, abano a minha cabeça com rapidez.

"Não! Esquece o que eu disse. Foi estúpido."

"Estúpido?" - ele mostra-me um pequeno sorriso

"Sim. Namoramos há quase um mês. Não vamos deixar as nossas famílias para passar o natal juntos. Nem sabemos no que é que isto vai dar." - significando, nós os dois. - "Esquece."

"Eu não me importo de passar o natal contigo." - ele abraça-me mais um pouco 

"Não. Tu vais passar o natal com os teus irmãos e o teu pai."

"Eu não vou passar o natal com os meus irmãos. Apenas com o meu pai." - ele conta

"O quê?"

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