Capítulo 48

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A sua mão esquerda aperta-me a anda e a sua mão direta segura a minha. Ele guia-me, devagar, e consigo ouvir barulho. Parece pessoas. E música.

"Pronta?" - o seu sussurro faz-me saltar de susto

"Não sei." - admito

As suas mãos desamaram o nó atrás da minha cabeça e ele volta a envolver o cachecol no meu pescoço.

A Cidade do Natal

Observo a enorme placa no topo da entrada, coberto por arvores de natal enfeitadas. Alexander entrega duas notas ao homem na entrada e pega na minha mão, puxando-me para dentro. Observo as arvores, cada uma enfeitada com uma cor diferente. 

"Alex." - chamo, incrédula 

A sua mão aperta a minha, com o nome que lhe chamei. Um aperto gentil e meio surpreendido. Ao chegar ao fim das arvores, o que parece uma enorme feira de natal é revelada.

"Começam esta festa no dia um de novembro." - ele conta

"Antes de ontem?"

"Sim." - ele assente

"Olha! É um pai natal insuflável!" - a minha voz é alta

Alexander's P.O.V.

Ela parece estar num mundo só dela. As várias luzes projetadas iluminam a sua cara. Ela parece espantada com tudo o que vê. A sua mão esquerda aperta-me o casaco e ela quase grita:

"Olha! É um pai natal insuflável!" - ela aponta

Sigo o seu dedo, vendo exatamente o que ela disse.

"Oh! Chocolate quente." - ela puxa-me consigo para uma barraca - "Dois, por favor."

"Na verdade, eu não q-"

"Shush." - ela manda-me calar 

Ela pega em dinheiro do seu bolso e paga as bebidas. Nunca ninguém me tinha pago um chocolate quente antes. 

Ela entrega-me o copo e eu agradeço. Ela pega no seu, soprando para dentro do mesmo.

"Olha, meteram um marshmello lá dentro." - ela aponta para dentro do seu copo

Observo o meu, que também tem um. 

Ela está bastante animada. Nem parece ela. Eu gosto de a ver assim. Descontraída. 

"Roda gigante." - ela abre a boca, observando a roda a girar

"Queres andar?" - questiono-lhe

"Não." - ela abana a cabeça 

"Não?"

"Claro que quero!" - ela ri e bebe um pouco da sua bebida

"Pega." - entrego-lhe o meu copo e pego na câmara

"Eu não acho qu-"

"Sorri." - eu não quero saber o que é que ela acha

Ela sorri, deixando-me tirar a fotografia dela com os dois copos. Ela devolve-me o meu copo e depois rouba-me o marshmello com os dedos. Ela mete-o na boca e sorri-me. 

O que eu dava para a poder beijar, aqui e agora.

"Isso é bastante rude." - aviso - "Eu queria o meu marshmello."

"Eu compro-te para o natal."

A ideia de ela me querer comprar algo para o natal agrada-me. Muito mais do que devia. Tudo nela me agrada muito mais do que devia. E quando digo que quero estar com ela não estou apenas a falar do sexo. Estou a falar em estar ao lado dela. Deitados na cama ou sentados no sofá. A conversar. Porque com ela, eu posso e quero conversar. Sobre tudo. Como se com ela eu não tivesse barreiras, como tenho com todas as outras pessoas.

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