Capítulo 34

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"Porque queria trazer aqui uma pessoa."

"Quem?" - ela salta, para se virar para mim

"Um rapaz. Por favor."

"Contas-me tudo depois?"

"Claro." - minto. É obvio que não lhe vou contar tudo

"Ok. Eu daqui a pouco ligo ao Diego."

"Eu acho que o rapaz vem às seis."

"Seis? Tipo daqui a meia hora, seis?" - ela inclina a cabeça, um pouco em pânico.

"Sim." - assinto

Ela salta do sofá e corre para o quarto. Pego no meu telemóvel e aviso a Alexander que pode vir. Durante cento e vinte segundos fico a olhar para o nome de DJ no meu telemóvel, até finalmente me atrever a ligar.

"Hey! É a DJ, de momento não posso atender por isso, sabes o que fazer." - ouço a atendedor de chamadas e espero pelo sinal.

Assim que ouço o sinal, falo.

"Uhm... Hey, DJ, queria falar contigo sobre aquele meu... tipo de encontro. Quando me puderes ligar... liga. Por favor." - termino

"Ok! Eu vou agora! Com nove minutos de antecedência!" - Zoey entra no meu quarto que me um furacão, despede-se de mim e sai do apartamento.

É muito mais fácil assim, sem o Dean. Ele estaria agora a chatear-me a lembrar-me que o que estou a fazer é terrível, como se eu não soubesse, mas quem é ele para me dar lições de vida? Logo quem.

Quando ouço a campainha, assusto-me e tropeço no meu urso branco, caindo ao chão. Levanto-me de imediato e caminho para a porta, com calma. Abro a porta e ele tem a cabeça e o braço encostados à parede. Ele sorri-me e mostra-me uma garrafa de champanhe. Dou-lhe espaço e ele entra. Ele tem um saco de viagem da Louis Vuitton no ombro. Ele deixa o saco no chão e eu fecho a porta.

"Cheguei no momento em que a tua amiga estava a sair. Tive de esperar um pouco no carro." - ele mete a garrafa sobre a mesa

"Podemos ir para a cama?" - atiro e ele olha-me, surpreendido

"Credo, Danaë. Acabei de chegar." - ele ri

Sinto-me envergonhada. Ele caminha até mim e coloca ambas as suas mãos nas minhas bochechas, com carinho. Beija a ponta do meu nariz e depois dá-me um selo nos lábios.

"Vai com calma, Danaë. Tudo a seu tempo."

"Não vamos fazê-lo pela segunda vez, por não? Não vai quebrar a tua própria regra."

Ele larga-me e encosta-se às costas do sofá, à minha frente.

"Não estou a pensar em fazê-lo. Não." - ele abana a cabeça - "Se pensaste que vim aqui para me envolver de novo contigo, lamento, mas não vai acontecer. Não hoje, pelo menos."

"Está bem." - falo e ele arregala os olhos

Não o posso obrigar a fazer algo que ele não quer. Apenas, quando ele me disse que eu era diferente, pensei que isso queria dizer que íamos faze-lo mais vezes.

"Ótimo." - ele assente com a cabeça

O ambiente torna-se pesado e não sei o que dizer ou fazer para quebrar isto. Passo por ele, para a cozinha e sei que o seu olhar me está a seguir.

"Massa?" - pergunto-lhe, sem me virar para ele

"Pode ser. O teu irmão?" - ele pergunta-me

"Foi embora, ontem à noite." - pego numa panela

O SucessorOnde histórias criam vida. Descubra agora