"Tu vais ver."
"Isto vai ser um fim-de-semana de estar fechados num hotel, debaixo das mantas?"
"Não vamos para nenhum hotel." - ele pega na minha mão - "Isto vai ser um fim-de-semana de dois... amigos coloridos, a divertirem-se."
"Sexo." - olho-o de baixo
"Não só. Tenho coisas planeadas para nós. Gostas de neve, certo?"
"Bem, não sei bem. Gosto de ver a neve, mas odeio quando tenho de ir trabalhar e a neve me estorva."
Ele entrelaça os nossos dedos, e olho para eles.
"Amigos coloridos?" - lembro-me e olho para ele
"Não?"
"Não sei. Acho que... acho que pode ser." - encolho os ombros
As horas passam e eu fico cada vez mais impaciente. Alexander acabou por adormecer ao meu lado com a cabeça sobre o meu ombro. Ele é acordado por uma das hospedeiras que pergunta se o piloto pode revelar o destino, quando aterrar. Ele diz que sim e compõe-se no seu lugar. Larga a minha mão e esfrega os olhos.
As rodas do avião batem no chão e observo tudo coberto de neve. Está escuro, revelando que é noite, mas as luzes à volta do aeroporto ajudam a ver a neve por todo o lado.
"Bem-vindos a Aspen, Colorado. São atualmente nove e meia da noite, hora local. Espero que tenham gost-"
"Aspen, Colorado?" - grito, ignorado o resto das palavras do piloto
"Sim." - ele assente com a cabeça - "Gostas?"
"Oh meu deus! Aspen!" - livro-me logo do sinto e colo-me à janela, vendo o avião parar. - "Eu nunca vim a Aspen!"
A porta abre e eu agarro-me ao braço de Alexander, ansiosa para descer do avião. Assim que os meus pés tocam o chão, sem neve, visto que foi limpo, o frio queima as minhas pernas descobertas. Alexander tinha avisado para eu mudar de roupa, mas eu ignorei. Ele não manda em mim, foi o que eu pensei. Grande erro. Entramos num carro que estava à nossa espera. Ambos nos bancos de trás. Colocam as nossas coisas na mala e assim que a mala é fechada o carro começa a andar.
"Quanto tempo é que tivemos no avião?" - pergunto, olhando pela janela
"Seis horas. Aspen tem duas horas a menos que Boston." - ele conta
As ruas estão decoradas com luzes e até efeitos de natal. Falta mais de um mês e meio para o natal, mas isto não me chateia.
O carro para ao lado de um grande terreno, cheio de neve. Ao fundo do terreno, consegue-se ver uma casa. E atrás da casa, mais um terreno e outra casa ao fundo. Continuando sempre assim. Do outro lado, de onde estamos parados, tem o que parece uma floresta, com arvores cobertas de neve.
Saímos do carro e Alexander avisa que nós levamos as malas para dentro de casa. Ele coloca a minha mochila as costas e a sua mala no ombro.
"Eu posso levar a minha mochila." - digo
Ele apenas me prende ao seu corpo com o seu braço e começamos a caminhar para a neve. Estou preses a pisar a neve quando o seu braço me levanta do chão.
"Alexander!"
"Se tu calcares a neve, os seus pés congelam." - ele conta e caminha comigo ao colo até à porta. Ele coloca-me no chão e abre a sua mala, procurando a chave. Enquanto ele faz isso, eu aproximo-me da neve, sem nunca a tocar com os pés. Baixo-me e passo o meu dedo por ela. - "Vens." - ouço e levanto-me, virando-me para Alexander.
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O Sucessor
Roman d'amour{Primeiro livro da trilogia 'O Sucessor'.} Danaë Scott é uma rapariga de vinte e três anos de nacionalidade Americana e Grega. Por escolha própria, quando os seus pais decidiram voltar para a Grécia, Danaë decidiu ficar em Boston. Alexander Raymond...