Décimo Oitavo

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- Cheguei família! - disse minha tia Jaqueline descendo do carro. - Mamãe! - ela dá um abraço em vovó.

- Line, até que enfim você resolveu apareceu! - disse meu avô dando um abraço nela.

- As coisas na capital estão corridas, pai. - disse ela sorrindo. - Querida como você está linda. - Ela abraçou Priscila e me olhou dos pés à cabeça. - Oi Mariana. - Ela me abraça e logo me solta.

Jaqueline olha para Lucas e depois olha sorrindo para Priscila, já que ele estava entre nós duas.

- Querida, é seu namorado? - ela sussurrou para minha irmã.

- Não, senhora. - respondeu Lucas. - Mariana é minha namorada. - Ele sorriu e entrelaçou nossos dedos.

- Aí, que bela escolha você fez, meu rapaz. - Ela abriu um sorriso forçado e apertou levemente a mão de Lucas que me olha sem entender nada.

- Nossa Jaqueline, você nem me acordou. - disse Lina ainda sonolenta saindo do carro. - Agora vocês têm um mordomo! - disse ela olhando para Lucas.

- Ele não é mordomo, Lina. - disse meu avô. - Ele é namorado da sua prima.

- Priscila? - ela arqueia a sobrancelha.

- Não, Lina. - Respondo e reviro os olhos. - Ele é meu namorado.

Lina olhou para Lucas e sorriu de lado, se aproximou e esticou a mão. Lucas me olhou e apertou levemente a mão de Lina.

- Prazer em conhecê-la. - Ele sorriu fraco.

- O prazer é todo meu, Lucas. - Ela sorriu abertamente.

- Para de se jogar em cima do namorado da minha irmã. - disse Priscila.

- Irmã? - disse Line. - Ela é sua irmã?

- Sim, ela é minha irmã. - disse Priscila olhando para sua tia. Ela nunca tinha me defendido desse jeito.

- Quando éramos crianças, eu era sua irmã. - disse Lina de fingindo de triste.

- Mas não somos mais crianças, e as coisas mudam. - Ela sorriu. - O recado já está dado, agora vou comer.

Priscila entra na casa e o clima fica um pouco tenso, meus avós começam a ajudar minha tia com as malas enquanto Lina fica encarando Lucas.

- Vamos dar uma volta? - disse Lucas sussurrando. - O clima aqui esquentou.

- Claro. - Sorrio fraco, aviso meus avós que vamos andar um pouco e fomos em direção do estábulo que havia na fazenda.

Meu avô é um grande domador de cavalos, me ensinou tudo o que sabe e desde pequena eu sempre amei mexer com cavalos.

- Você sabe andar nisso? - Lucas me olhando enquanto preparo um cavalo.

- Sei. Você não sabe? - olho ele. - Está com medo?

- Nunca andei em um cavalo antes. - Ele assume. - Posso andar contigo?

- Pode. - Gargalho. - Mas não precisa ter medo, vou te proteger. - Jogo um beijinho para ele.

Subo no cavalo e espero Lucas subir e se ajeitar atrás de mim, seguro os arreios e vejo se eles já estavam prontos.

- Tudo certo? - digo por cima dos ombros.

- Sim. - Sinto Lucas apertar minha cintura. - Pode ir.

- Tudo certo, Gracinha? - digo.

- Já disse que sim. - Lucas responde mais uma vez.

MariposaOnde histórias criam vida. Descubra agora