Mariposa

Vigésimo Sétimo

- Ele foi para onde? – digo olhando para sula.

- Ele não disse. – Ela suspira e se senta ao meu lado.

Lucas havia sumido faz uns dois dias, ele simplesmente sumiu. Havíamos combinado de irmos juntos na minha consulta, mas ele não apareceu e desde então não deu mais notícias. Sula ainda está em casa para o chá revelação de Priscila que será semana que vem, Lucio e sua mãe foram embora semana passada e Adriana está presente na minha gravidez.

- Não fica preocupada Mari. – Sula me abraça. – Pensa no seu bebê.

- No momento estou pensando no pai do meu bebê. – Me levanto e começo a andar de um lado para o outro.

- Nada dele ainda? – disse Priscila entrando na sala e se sentando na poltrona do papai.

- Nada. – Suspiro e passo as mãos no cabelo. – E se aconteceu algo com ele?

- Não pensa isso. – Priscila se levanta e me abraça. – Ele deve estar resolvendo algum problema.

- Sabe de alguma coisa? – Digo abraçando-a.

- Se soubesse já havia contado. – Ela me olha. – Relaxa um pouco, quando você menos esperar ele aparece.

- Espero. – Suspiro. – Já comeu alguma coisa hoje?

- Ainda não. – Priscila foi em direção da cozinha. – Vamos comer?

- Vamos! – Vou para cozinha acompanhada de Sula.

- Será que tem alguma coisa pronta na geladeira? – digo colocando a mão na porta da geladeira quando ouço a campainha. – Alguém vê quem é?

- Eu vejo. – Sula se levanta e foi abrir a porta.

- Tem um pouco de macarrão de ontem. – Pego a vasilha e coloco em cima da pia.

- Mariana, tem uma mulher te esperando na sala. – disse Sula entrando na cozinha. – disse que precisava falar contigo.

Olho para Priscila e engulo seco, poderia ser qualquer mulher, poderia ser qualquer coisa. Sorrio fraco e vou em direção da sala, a mulher estava sentada olhando para a decoração me aproximo e sorrio fraco.

- Olá, sou Mariana. – Chamo a atenção da moça e estendo a mão. – E você?

- Me chamo Gabriela. – Ela apertou minha mão. – Desculpa incomodar, mas eu precisava falar contigo.

- Pode ser aqui mesmo? – me sento no sofá e contínuo olhando-a.

- Pode sim. Na verdade, eu espero ser rápida. – Ela tirou um envelope da bolsa e me entregou.

Olho para o envelope e espero que ela diga alguma coisa, ela, porém permanece quieta e um silencio se instalou na sala.

- Preciso ficar nervosa com o conteúdo desse envelope? – quebrou o silencio e sorrio fraco.

- Realmente não quero atrapalhar, muito menos te deixar mal. – ela dá uma pausa e se levanta. – Mas me sinto no dever de te avisar do tipo de homem o seu namorado é.

- Como é?

- Ou melhor, o nosso namorado. – Ela completa sua fala.

- Nosso namorado? – olho para ela.

Abro o envelope e vejo algumas fotos dos dois juntos, alguns prints de conversa recentes deles dizendo o quanto eles se amavam e o quanto eles se queriam intensamente.

- Descobri que vocês estavam namorando por causa da viagem que fizeram. – Ela fala.

- E a gravidez? Como descobriu? – Olho para ela, mas ela parece não saber. – Onde ele está?