Acordo no meio da noite com meu celular tocando, ligo abajur e pego o celular, era Priscila.
"Alô?" - Digo assim que atendo, me sento na cama e me cubro com a manta. - "Aconteceu alguma coisa?"
"Sim." - Ela deu uma pausa. - "Estou com saudades, e seus sobrinhos também estão."
"Menina, quase morri de preocupação agora." - Sorrio fraco.
"Me conta tudo." - Diz Priscila.
"Meu amor, são três horas da madrugada." - Digo após olhar a hora no celular.
"Aqui é quatro da madruga." - Ela responde.
"Tudo bem, senhorita Priscila. Eu te conto tudo." - Digo me ajeitando na cama.
Faço um resumo sobre meu dia e conto a minha irmã, por um momento ela odiou Raphael por não cobrar sobre Hadassa e por outra momento ela amou Raphael por não me deixar ir embora. Ficamos conversando até às cinco da madrugada, foi quando ela me disse que Oliver acordou chorando com cólica.
"Vou levá-lo no médico hoje." - Ela sussurrou. - "Cinthia acha que ele tem alguma coisa."
"Queria ir contigo." - Sussurro de volta. - "Vou conhecer a fazenda daqui há três horas."
"Você tem que terminar de descansar." - Ela deu uma pausa. - "Desculpa ter te acordado."
"Não precisa se desculpar. Vou te mandar uma coisa pelo correio." - Sorrio e olho em direção da revista que estava em cima do criado mudo. - "Espero que goste."
"Vou gostar de qualquer coisa vindo de você. " - Disse ela. - "Bom resto de noite mana."
"Bom dia, minha mamãe preferida." - Sorrio e desligo o celular.
Me levanto da cama e visto meu roupão, calço meus chinelos e abro a porta do quarto, o corretor estava escuro ainda, a casa inteira está em silêncio, desço as escadas com cuidado e vou em direção da cozinha. Procuro pelo interruptor e ascendo a luz da mesma, vou até a geladeira e pego um pouco de água.
- Com insônia? - Escuto alguém dizer atrás de mim.
- Não. - Respondo assim que me viro.
- Então você é a famosa Mariana. - Ele confirma. - Realmente é muito bonita.
- Obrigado. - Sorrio fraco e termino de beber minha água. - E você, quem é?
- Esqueci dos modos! - Ele se desculpa e se aproxima, pega minha mão e deposita um beijo na mesma. - Me chamo Daniel, sou irmão do Raphael.
Daniel era bem parecido com seu irmão, os olhos verdes e os cabelos eram marcas indispensáveis, a única coisa que mudava era a cor de pele e a altura, Daniel era um pouco mais baixo que Raphael.
- Prazer em conhecê-lo. - olho ele. - Bom já vou indo, licença.
- Por que tanta presa? - Ele me olha. - Não vou te morder, só se você pedir. - Ele pisca para mim.
- Meio difícil te pedir isso. - Pisco de volta. - Boa noite senhor Daniel.
- Boa noite senhora Mariana. - Ele responde.
- Acho que já conheceu meu irmão, Daniel. - Disse Raphael assim que seu irmão se senta na mesa.
- Já sim. - Sorrio fraco, coloco um pouco de café na minha xícara e misturo com leite.
- Café com leite? - Daniel me olha.
- Café com leite. - Respondo e bebo um pouco.
- E essa mistura é boa? - Ele coloca seus cotovelos em cima da mesa.
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Mariposa
Ficção AdolescenteMariana é uma jovem que sofre de uma doença onde seus ossos, do braço esquerdo, são frágeis. Filha de Denis e enteada de Cinthia, Mari segue a vida tomando seus remédios e vitaminas na esperança de ter uma vida normal. Porém, Mari terá que tomar a...