Quinquagésimo Nono

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O tempo passou, não muito tempo, uns três meses para ser exata. A medita protetiva contra Lucas chegou logo quando voltei para Dallas, Thiago saiu do hospital uns dias depois e ficou de repouso por um tempo, mas já voltou para o restaurante. Em falar nisso, Cinthia e Priscila conseguiram contratar uma mulher que tinha boas recomendações e que, por acaso, é amiga de Vania, estamos conseguindo voltar ao "normal". Implantamos a noite italiana no restaurante apenas na quinta-feira, mas tivemos tanto sucesso que acabamos arrastando a noite italiana para sexta-feira, realmente tivemos uma ótima aceitação por meio dos nossos clientes.

Passei pela doutora Alex, fizemos alguns exames com minha médica do pré-natal, meu bebê está se desenvolvendo muito bem e está com saúde, o que mais nos preocupava era isso. Alex achou melhor parar com as injeções por um tempo, e passou umas vitaminas para ajudar com o desenvolvimento do meu filho. Voltamos para o haras e o bebe de Catarina havia nascido, foram tantos acontecimentos que acabei me esquecendo disso, mas tudo ocorreu bem, ela ainda está morando na fazendo com Sebastian e seu bebê.

- Licença senhora. - disse Catarina batendo na porta do escritório. - Posso entrar?

- Me chame de Mari, Catarina. - Sorrio. - Vem cá. - Chamo por ela enquanto fecho o notebook. - Não deveria estar de repouso?

- Precisava falar com você. - Ela se senta na cadeira a minha frente.

- Pode falar. - Me ajeito na cadeira.

- Não sei se você ficou sabendo, mas meu marido vai sair da cadeia na semana que vem. - Ela me olha.

- Ele não iria ficar mais tempo? - olho ela. - Desculpa se isso te chateia.

- Ele deveria ficar mais só por ter traído sua confiança. - Ela suspira. - Mas a pena dele foi reduzida por bom comportamento.

- Já sabe o que vão fazer? - bocejo. - Desculpa, não estou conseguindo dormir muito bem a noite.

- Não temos para onde ir. - Ela disse baixo. - Mas não posso pedir para que aceite ele aqui.

- é um pouco complicado confiar nele novamente. - Digo. - Mas acho que ele se arrependeu do que fez.

- Não tenho dúvidas do arrependimento dele, Scott estava disposto a pagar pelo que fez. - Ela sorriu fraco. - Eu realmente não sei o que fazer.

- Não posso tomar nenhuma decisão sozinha. - Digo. - Não relacionada a Scott.

- Eu entendo. - Ela me levantou.

- Mas não se preocupe. - Me levanto e me aproximo dela. - Vou conversar com Daniel e vamos resolver. - Seguro em sua mão. - Você virou minha amiga, eu não poderia te virar as costas.

- Obrigada por tudo. - Ela me abraça.

Retribuo o abraço dela e ouço seu bebê chorar.

- Alguém quer sua mamãe de volta. - Digo soltando-a.

- Às vezes acho que ele só quer o leite. - disse ela saindo do escritório.

Sigo ela e vou até o quarto onde seu bebê estava, Sebastian dormia profundamente na cama de Catarina enquanto o bebê estava no berço. Me encosto na porta e fico observando seus movimentos, a moça pega o bebê que estava parando de chorar, se senta na beirada da cama enquanto ergue sua blusa para que seu filho pudesse ser alimentado.

Fico apenas observando aquela cena maravilhosa onde a mãe serve de fonte para seu bebê. É tão louco pensar que tem um ser que depende cem por cento de você, e que sempre vai precisar de você para alguma coisa. Seja para se alimentar ou para achar aquela blusa que sumiu do nada. Ser mãe é algo tão mágico, mas ao mesmo tempo tão doloroso, Catarina estava me contando sobre as primeiras noites com o seu bebê, as lagrimas escorriam pelo seu rosto enquanto seu filho não conseguia mamar direito. a dor, a ardência em seu seio era enorme, mas mesmo assim Catarina não desistiu de tentar amamentar o nenê até que finalmente eles conseguiram entrar em uma sintonia.

MariposaOnde histórias criam vida. Descubra agora