Vigésimo Terceiro

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Olho para Lucas, mas não falo nada, ele sorriu e me abraçou. Beijou o topo da minha cabeça e acariciou meus cabelos, retribuo o abraço e afundo meu rosto em seu peitoral. Pagamos por dois testes, o terceiro ficou sendo de graça, e fomos em direção do restaurante onde meus avós e Priscila nos esperavam.

- Aí está vocês! - disse vovó sorrindo. - Mariana, se lembra do Geovane? - ela olhou em direção do rapaz que estava sentado na mesma mesa que eles. - Ele veio para cá passar uns dias.

- Mariana, quanto tempo. - Ele se levanta e me abraça. - Como você está??

- Estou bem. - Sorrio forçado. - E você? - pergunto por educação, enquanto solto ele.

- Melhor agora falando contigo. - Ele pegou em minha mão.

Puxo minha mão e desvio meu olhar dele.

- Este é Lucas. - Sorrio olhando para Lucas. - Meu namorado.

Eles se entreolham e eu sinto o clima pesado que se iniciou entre os dois.

- Prazer em te conhecer. - disse Lucas estendendo a mão.

- Não posso dizer o mesmo. - respondeu Geovane voltando a se sentar na mesa.

- Vamos comer? - digo me sentando ao lado de vovó. - Amor, senta-se aqui.

Lucas se senta ao meu lado e Geovane se ajeita ao lado de Priscila, que me olha sem saber o que fazer.

- Então rapaz, o que anda aprontando? - disse vovô olhando para Geovane.

Já fizemos nossos pedidos, e já estamos comendo. Lucas e Geovane ficam se encarando, as vezes dou uma cutucada em Lucas para que ele disfarce a cara emburrada.

- Estou à frente da empresa de meu pai. - Respondeu ele tomando um pouco do seu vinho.

Pego meu suco e bebo um gole, olho para Priscila e dou sinal a ela, espero que ela me salve dessa enrascada.

- Meu Deus, esse macarrão não me caiu bem. - Ela se levanta. - Mari, vem no banheiro comigo?

- Claro. - Me levanto e me dirijo ao banheiro com ela.

Entro logo após ela, e minha irmã já começa a falar.

- O que foi aquilo? - Disse ela ainda entrando no banheiro. - O clima pesou ali no salão.

- O que Geovane faz aqui? - Olho ela através do espelho. - O que ele faz na nossa mesa?

- Ele chegou e se sentou, de repente. - Ela se vira, apoia-se na pia e suspira. - Vovô ficou sem jeito de pedir para ele sair.

- Ele deveria se tocar. - Reviro os olhos. - Espero que nada de ruim aconteça.

- O que foram fazer na farmácia? - ela me olha. - Segura minha bolsa, preciso mijar.

- Lucas pensou que eu poderia estar grávida. - Seguro a bolsa dela. - Fizemos três testes.

- E o resultado? - ela fala enquanto usa o banheiro. - Está feliz com o resultado?

- Eu não sei qual deveria ser a minha reação. - Digo olhando para meus dedos.

- Nunca sabemos qual deveria ser a reação. - Ela dá descarga e abre a porta. - E ninguém tem nada a ver com a sua reação que você.

Ela dá uma pausa, termina de arrumar suas roupas e lava as mãos.

- Quando descobri que estava grávida, eu fiquei mal. Não sabia o que fazer, não sabia o que iria acontecer. - Ela sorriu fraco. - Mas ao ouvir o coração dele, sentir ele se mexer, descobri que meu mundo se tornou colorido novamente.

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