- Não pode ser.
Violet sentiu uma fina camada de suor frio lhe revestir.Wisconsin 2014.
Acordei na cama da sala branca do hospital, ao meu lado uma mulher fardada, que eu jurava já ter visto antes, mas, onde?
Assim que me sentei na cama, ela se pôs de pé.
- Oi.
- Oi. - respondi num fio de voz. porque as coisas estavam acontecendo assim?
- Sou a oficial que ficou responsável por você.
- Eu quero a minha mãe. - falei já sendo tragada pelo choro compulsivo.
Ela então se aproximou, sentou ao meu lado e me abraçou, tentando trazer um consolo que não veio.
- Eu sinto muito querida. Tem alguém que possa ficar com você? Algum familiar?
- Eu tenho um tio, ele mora em Orlando.
- Tem o contato dele?
- Acho que na lista telefônica da minha casa tem.
- Ótimo, eu vou entrar em contato com ele.
Como as coisas tomaram esse rumo, eu queria que estivéssemos todos juntos, eu queria mamãe, papai e o bebê.
- Violet, eu conheci o seu pai.
- Eu não queria falar sobre isso agora.
- Ah claro, tudo bem.
- Eu também não queria ir embora.
- Se eu pudesse, eu juro que ficaria com você, eu tenho um carinho imenso pelos seus pais. Mas, são as regras, se você tem algum outro parente ele é quem deve se responsabilizar por você.
- Eu sei.
O telefone dela tocou e ela ja ía se retirar para atender.
- Espera.
- Oi.
- Qual seu nome?
- Olivia Cout.Atualmente.
Violet controlou a respiração e ignorou a lembrança.
Se fosse realmente ela de quê isso importava?
Ela não tocaria no assunto e violet também não queria saber.
- Eu, eu vou tomar banho.
- certo, te espero na sala junto com os outros.
Violet fechou a porta, não esperaria nem mais um segundo sequer ou desmoronaria ali mesmo.
Qual a provabilidade de isso acontecer? Como o seu passado pode te assombrar de maneira tão intensa?...
Chegando na sala, todos conversavam entretidos, tudo já estava limpo e organizando com ecessão das paredes, e haviam mais dois convidados.
- Você!?
A menina baixinha se levantou num pulo, apontado o dedo para Violet com as bochechas infladas.
Por outro lado a mesma se mantia indiferente.
- Essa é Violet min...
- Eu sei quem ela é e não tenho nenhum interesse em conhece-la !
- ela cortou a fala de Cindy e permaneceu irredutível.
- E você é?
- Somos da banda, é um prazer conhece-la, sou Caesar e essa é minha namorada Ravena - ele apontou oara a garota que olhava torto para Violet - nós conhecemos á algum tempo atrás dentro do ônibus.
Ele falou coçando a nuca, um pouco constrangido.
- Ah claro! Eu lembro, pirulito e essa aí é a dragão.
Violet falou vendo a garota ficar vermelha e arrancando risadas de todos.
- E você parece o meu vó, com essa calça marrom e essa blusa larga.
- Isso é estilo, o que você não tem.
- Ah que garota irritante!
- Já chega! Cenorita por favor, vá comprar as tintas com o Frank. Você está pior doque eu hoje.
- Ok. Quando eu voltar abriremos os presentes.
- Tem presentes? Eu esqueci que vocês tem condições, não aceito nada mais barato que o carro da Hianna.
- Terá sorte se não ganhar uma calcinha de avô.
A mãe de Cindy brincou nos fazendo rir.
- Xiu não estrague a minha surpresa. - Maia cochichou audível nos fazendo rir....
- Qual cor?
- Sei lá, a antiga é laranja então procure uma cor laranja.
- Você é tão sem graça Violet.
- Você quê perguntou.
- Devia ter imaginado.
- Leva marrom merda então, saco!
- Deixa de ser estressada, cabelo de ninho de rolinha.
- Ah é para ofender agora?
Violet se concentrou em arrumar os cabelos.
- Não, não. Que tal laranja abóbora?
- Que tal amarelo?
- Não é a sua casa que vamos pintar, nada de amarelo. De amarela já basta só você mesmo.
- Vá a merda então.
Frank riu, como ela podia se irritar tão facilmente?
- Vem me ajuda a pegar um balde. Podemos comprar pincéis também né?
- Tanto faz.
- Cobra.
- Oi?....
Depois de guardar as tintas no porão da casa de Cindy (segundo a mãe dela iria contratar alguém adequado para o serviço) todos se reuniram na sala, para os presentes.
- Uma camisa dos Beatles? Você realmente me conhece Ravena, muito obrigado.
Cindy abraçou a colega.
- agora o meu! - Caesar falou entregando a caixa com papel brilhoso para Cindy.
- Um sapato com o desenho do quadro de Van Gogh? Não creio?
Cindy pulou em animação o abraçando fervorosamente.
- Foi eu quem desenhou. - ele falou orgulhoso.
- Muito obrigado. Ah estou tão feliz, quem é o próximo.
- Eu! - Frank falou se aproximando - Não sabia o que comprar então...
- Uma vitrola! Aaaahhhh uma vitrola! Maia uma vitrolaaaa. - sim, ele tinha acertado, o sonho de criança de Cindy estava em suas mãos agora.
- Muito obrigado. Eu amei.
Até agora esse havia sido o presente preferido, Cindy estava com os olhos brilhando, as lágrimas a ponto de cair.
- Segura aqui mãe. - falou entregando a vitrola para a Sra.Cout.
- O meu. - Maia se aproximou timidamente, segurando o embrulho estrelado.
- Me surpreenda! - Cindy falou mantendo um sorriso sacana. - para mim um beijo já dava, mas já que você quer dar um presente.
Maia ruborisou.
- Abra!
Cindy desembalou a caixa mediana delicadamente.
Logo revelando uma caixa com constelações estampadas.
Ela abriu a caixa mediana já emocionada, revelando a caixa de música, o casal de bonecas perfeitamente parecidas com eles duas, deitadas sob um chevet amarelo de brinquedo, luzes coloridas, como pisca piscas ao redor do carro, a grama cobrinco o que seria o solo, e as constelações refletindo em hologramas, enquanto a voz suave de Maia cantava, nada mais nada menos do que Home, de Gabrielle Aplin.
Cindy chorou com emoção, sendo envolvida pelos braços da namorada, e devo dizer que todos também se comoveram.
Depois de estabilizada, Cindy beijou Maia rapidamente, e cochichou algo no ouvido da mesma.
- Por fim, eu!
- Você é o presente? Se for, eu não quero!
- Vem tá lá em cima.
- No meu quarto?
- Não no meu! Eu que moro aqui né?
- Aff, cobra peçonhenta.
Todos seguiram até o quarto de Cindy, e quando pararam em frente a porta Violet a abriu devagar aos poucos revelando o presente.
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Pride And Guilt
RandomViolet Hill, vivia feliz junto a sua familia em uma cidade pequena dos Eua, até ser abandonada. No livro vemos como a menina doce se converteu a espírito selvagem. Além de revelar mistérios sobre o porquê de seus pais terem partido.