Violet on.
Depois de enxotar Jeon liguei para Cindy e o fato dela ter largado a banda no meio de um ensaio me fez ver o quanto eu significava para ela, e o quanto eu havia sido uma babaca á rejeitando aquele dia.
- Cara o que aconteceu?
- Eu não sei vai ver eu exagerei, mas, ele não confia em mim Cindy, de uns tempos para cá, eu vi que eu falo tudo para ele, mas ele nunca me fala nada.
- Tipo o quê?
- Tipo quando eu só descobri o sobrenome dele por que a Hely perguntou, e mesmo assim ele disse que era Jeon Ho.
- E qual é o problema do sobrenome Ho?
- O problema é que o sobrenome do irmão dele é Choi, se são filhos do mesmo pai e ele é o primeiro filho por que diabos o sobrenome dele é Ho e não Choi? Por que séria diferente?
- Faz sentido!
- Claro que faz. Ele também não me disse que tinha um irmão, primeiro eu vi uma foto, depois descobri que Jay era irmão dele, porque Jay me falou. E se você tivesse visto a cena, Jay parecia estar vendo um fantasma, parecia que Jeon estava morto e apareceu derepente. E ele me explicou isso? Claro que não!
- Só sei de uma coisa, ele tem que falar tudo, não consigo imaginar vocês dois separados.
- Depois do que eu vi hoje não consigo nos imaginar juntos, não em meio a todos esses segredos.
- Não acha que tem que dar espaço para ele, vai ver ele fala, quando se sentir confortável.
- O problema está aí, ele falou que não pode falar. Que desculpa mais merda!
- Ca.ra.ca, já pensou se ele for um criminoso da pesada, tipo, que deixou a casa da mãe fugido.
- Não me fale uma coisa dessas, é arriscado que eu acredite.
- Você não vai terminar com ele né?
- É que as vezes parece que eu estou amando um personagem que inventei, eu nem sequer o conheço, não devia ter sentimentos por ele, não queria, mas só a possibilidade de deixa-lo me magoa, eu sinto o coração apertado só de pensar.
- Então não pense, vai ver está se precipitando. Pense que tudo vai ficar bem, ele vai responder todas as suas perguntas e vocês vão transar a noite toda.
- Sua... sem censura!
Ela riu alto, passamos a noite inteira rindo de besteiras e assistindo seriados antigos. Mas eu ainda tinha algo para fazer....
Cindy foi embora pela manhã. As minhas costas estavam ferradas, não acredito que dormimos no sofá.
Ainda estava processando no estofado já que acabará de acordar, quando ouvi batidas na porta, o que Cindy esqueceu?
Quando abri a porta não foi ela que entrou.
- Hely?
- Pensou que era a sua amiga nervosinha?! A pirralha me xingou, ainda é cedo para tanto estresse.
- O nome dela é Cindy!
- Tanto faz, ela merece uns cascudos.
- Olha Hely, eu ainda não entendi, por que voltou para minha vida?
- Acho que queria te abrir os olhos.
- Como? A única coisa que você abriu foi uma correspondência que não era sua.
- Não seja tão rancorosa! Achou o que queria, não achou?
- Eu só tenho mais perguntas que um cadáver não pode responder. Eu não achei nada.
- Sério que não? Então já sabia que o feto estava morto?
- Olha as suas palavras! Feto? Por que você usa palavras tão duras? Parece que está querendo me atingir, como se eu fosse o alvo, como se me odiasse! Do que você tem magoa? O que eu te fiz? Qual é o seu problema comigo? É que agora isso parece um acerto de contas, eu sempre lembro de você odiando minha mãe, mesmo sem motivos aparentes. Não sei se naquela época você se aproximou de mim porque gostava de mim, ou porque isso irritava minha mãe. O que você tanto odeia Hely?
Hely estava séria, vermelha, os olhos tinham fúria.
- EU ODEIO VOCÊ! PORQUE TUDO PARA VOCÊ É PERFEITO! EU VOU MOSTRAR QUE NÃO É ASSIM! VOU PROVAR QUE NÃO É PERFEITO COMO VOCÊ ACHA!
Explodiu, Hely tinha explodido, bem na minha frente, ela me odiava, mas por que? O que eu devia saber?
- O que precisa me mostrar?
- Você vai ver!
- Acho que não podemos mais ser amigas Hely, esse é o nosso adeus.
- Você vai ver o meu adeus Hill!
Foi o que ela falou antes de passar por mim, o ombro dela bateu no meu de propósito e quando passou pela porta ela fez questão de fecha-la com força.
Causando um barrulho enorme....
Me sinto abalada, desconfortável, a imagem de Hely está quebrada, a amiga da infância e juventude nunca existiu, eu a criei e à vi se tornar pedaços bem no chão da minha sala. Mas e se não fosse totalmente minha culpa e se ela ela quisesse que eu a enxergasse assim? Ela premeditou tudo? Será que ela era capaz?
As coisas não se encaixam mas agora eu sei que isso é um grande quebra-cabeças, todas as peças estão sobre a mesa, eu preciso montar. Tenho que desvendar esse enigma.
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Pride And Guilt
RandomViolet Hill, vivia feliz junto a sua familia em uma cidade pequena dos Eua, até ser abandonada. No livro vemos como a menina doce se converteu a espírito selvagem. Além de revelar mistérios sobre o porquê de seus pais terem partido.