Good Morning.

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Violet on.

Acordei às quatro da manhã e não consegui mais dormir.
A noite estava fria, e dava para ver o céu pela varanda. Nublado, sem estrelas, parecia refletir meu estado de espírito, prestes a desabar numa tempestade.
Jeon dormia ao meu lado, sereno, puro, lindo, imaginei seu passado, se a vida, até aqui, houvera sido crueu com ele tanto quanto fora comigo, porque ele sempre tinha palavras de conforto, como se os meus problemas fossem pouco demais, como se já tivesse vivido muito para sua idade.
Parecia possuir uma visão ampla, enxergando até o que era oculto aos olhos. Às vezes eu pensava que ele era um sábio no corpo de uma escultura grega.
Imaginei se havia um futuro para nos, se isso não era mais uma pegadinha sem graça do universo, me unindo a alguém tão precioso para mais tarde nos separar de alguma forma.
Pelo meu histórico de despedidas desastrosas eu pedi, para que se um dia eu tivesse de deixa-lo, se mais tarde ele tivesse de partir, que fosse de maneira saudávele e amigável, que não fosse fatal, que ao menos não fosse num caixão.
Às cinco da manhã o quarto ficou abafado, estava quente e Jeon começava a se revirar na cama, suando.
Os relâmpagos iluminaram o quarto algumas vezes antes da chuva cair, muita chuva, então veio o frio, quase insuportável e vi Jeon tremer ao meu lado, o abracei e ainda que ele estivesse dormindo, se aconchegou ao meu toque. Desejei tê-lo para sempre assim, em meus braços, desejei que não existisse o espaço de tempo em que não estivéssemos juntos, que eu  não precisasse viver para ve-lo partir.
Eu gostava desses momentos em que o amor era simples e ao mesmo tempo palpável. Foram tantas noites antes dele, tantos caras antes dele, mas Jeon fazia o antes parecer insignificante, fazia tudo o que eu vivi nos últimos anos parecer penitência, como se fosse um erro cronológico não ter seu amor, como se não ser totalmente apaixonada por ele fosse um grande pecado.
Vi o sol nascer por volta das seis da manhã, o céu estava novo, como se não tivesse despencado uma chuva daquelas na madrugada. Jeon continuava dormindo.
Fui até o banheiro, agora não havia escuro para me impedir. Era um banheiro grande, com uma pia de mármore, sob um espelho grande horizontal, no box tinha uma ducha, mas bem no canto havia uma jacuzzi, todo o apartamento era bem maior que o antigo.

...

Sai do banheiro com o cabelo penteado e quase seco, enrolada numa toalha, fui até closet e vesti uma camisa cinza dele, grande e com citações de uma banda.
A luz do sol banhava o corpo dele, tornando a pele reluzente por um dourado que não era dele, puxei o lençou e ele se mexeu minimamente, os cabelos estavam na altura das sobrancelhas, o corpo dele era atlético, a tatuagem abaixo do umbigo era sexy, mas foi a ereção matinal marcada pela calça moletom que me tirou o fôlego, quis encher toda aquela pele limpa de marcas, mancha-lo com o meu desejo, ele me acendia, então somente ele podia me apagar.
Engatinhei na cama, se sentando na barriga dele, ele se mexeu mas não acordou, virou o rosto e o pescoço ficou exposto, parecia me chamar, ainda inconsciente parecia saber das minhas intenções.
Me inclinei beijando a pele, ele gruniu, como se tentasse se libertar do sono, a pele dele cheirava tão bem e tinha uma textura macia, como se fosse cuidadoso em vaidade. Quando suguei a pele ouvi ele arfar, senti as mãos dele em minhas costas, descendo para o quadril.
- Você sabe como acordar alguém.
A voz era rouca e afetada.
Me afastei olhando para o seu rosto, ele estava tentando regular a respiração, ficava lindo assim e me  deixava a um passo da insanidade.
- E o que você acha?
Desci da barriga dele, parando em cima do volume na calça.
- Ah. - ele fechou os olhos, suspirando alto - Acho que uma ótima maneira de começar o dia.
Aquele sorriso sacana dele me irritava tanto quanto me exitava.
Jeon segurou minha nuca e me beijou, os beijos dele eram sempre delicados e intensos, eu pensava estar viajando para outro mundo enquanto tinha sua boca na minha.
Rebolei no colo dele e as suas mãos apertaram minhas coxas, ouvir Jeon gemer entre o beijo era como ganhar um prêmio. Me afastei segurando a barra da camisa, ergui o tecido, o tirando do meu corpo e jogando em qualquer lugar, a expressão do rosto dele mudou, foi de adorável para sério, ele olhou meu corpo nu com os olhos de um felino.
Uma das mãos dele deslizou pelo meu ombro e ele desceu o indicador pela minha barriga, parando em meu ventre, arrepiei com o toque dele, o meu corpo o reconhecia.
Quando as mãos dele seguraram meu quadril eu o parei.
- Eu quero ditar as regras hoje.
Ele sorriu largo e forçou a língua contra o interior da bochecha.
- Como quiser docinho!
Eu suguei o corpo dele inteiro, desde o pescoço até a barriga, ouvindo ele arfar e gemer vez ou outra, agora estava segurando o cós da calça.
Gostava de como as suas mãos me tocavam o corpo todo, me queimando e me fazendo derreter.
As minhas unhas arranhavam a pele abaixo dos elásticos, Jeon parecia inquieto, o olhar curioso estava focado em mim. Puxei a calça moletom e vi que ele não possuia nenhuma outra peça de roupa além dela.
- Você estava assim esse tempo todo? Céus, quanto tempo eu perdi?!
- Acha que é só você que esconde surpresas por aqui? E saiba que não existe tempo algum que não possamos aproveitar.
Tirei o restante do tecido de seu corpo, ele era grande, rosado, lindo, eu me sentia úmida com a sua imagem.
As minhas mãos passaram a estimula-lo, Jeon levou as mãos até a própria nuca, ofegante, as bochechas estavam ruborizadas e boca entreaberta, os lábios vermelhos de tanto repuxa-los, eu não podia perder aquela visão.
Enquanto o tocava, passei a beijar a verilha dele, Jeon tremeu quando deixei um chupão alí, ao soltar a pele a marca vermelha surgiu em meio a cor pálida. Quando colequei a língua na glande, senti o pré-gozo, ele era agridoce, chupei Jeon devagar depois fui tomando intensidade, ele gemia alto, se contorcia, quando seu corpo foi tomado por espasmos, minha boca se encheu e eu engoli toda a porra, continuei a suga-lo por mais alguns segundos, ele soltava grunidos e palavras desconexas.
Subi pelo corpo dele e tomei seu rosto com ambas as  mãos, ele sorriu para mim mesmo que tentasse respirar.
- Você é tão lindo Jeon!
- Eu. amo você!
O beijei com vontade, como se pudesse traga-lo para mim, como se houvesse uma maneira de nos tornamos um. Ainda o beijando me encaixei, deslizando seu membro para dentro de mim, ele parou o beijo para soltar um arfar.
Comecei a me movimentar em seu colo, aumentava o ritmo das sentadas e quando já estavamos ficando loucos eu diminuia, prolongando o prazer, tornando o tesão quase insuportável.
Jeon segurou minha cintura e inverteu as posições, me cobrindo com seu corpo.
- Desculpe, você pode. controlar outro dia.
Você pode controlar para sempre, eu sou toda sua. Pensei mas não diria para ele.
Jeon me estocou, rápido e fundo, eu o sentia com precisão, as suas mãos exploravam meu corpo inteiro, como se não o conhecesse, como se tudo alí fosse novo e intocado. Eu me movia ao cada movimento dele, balançando sobre o colchão, delirando, eu não podia estar mais louca por ele. Fazer amor com Jeon era como chegar ao paraiso.
Tremi e gemi nos braços dele, com ele era sempre arrebatador, gostoso e inesquecível.
- Ah. Jeon. Você faz isso tão. bem!
- É gostoso. comigo?
Tudo que você faz é gostoso. Você é gostoso.
Estava ocupada gemendo e espasmando, não conseguia formular fala, os meus pensamentos seriam apenas pensamentos.
Após meu orgasmo Jeon ameaçou se afastar, mas eu o prendi, laçando minhas pernas em torno da cintura dele.
- Docinho. Ah. Não é seguro.
- Eu quero te sentir.
Eu só queria manter aquela ligação para sempre, senti-lo junto a mim por toda minha vida.
Jeon gozou e senti meu interior se preencher com o líquido quente, era bom quando era com ele, tudo era seguro se era com ele.
Jeon deitou ao meu lado, ambos ofegantes, satisfeitos.
Segurei a mão dele e a beijei. Ele sorria para mim, daquela forma doce de sempre.
- Bom dia Jeon!









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