ANTENÇÃO MEUS MORES, CAPITULO COM MUSIQUINHAS PARA VOCÊS SENTIREM ACOMODADAS E FAMILIARIZAREM COM O AMBIENTE DA HISTÓRIA.
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Lancei os olhos pela janela do avião pela terceira vez num espaço de tempo menor do que trinta segundos. Voltei meus olhos para o notebook contente pelos resultados que minha empresa multinacional havia avançado. Patrimônio esse, que apenas se tornara multimilionário por minha causa. Eu vinha vertendo o meu próprio sangue pelo crescimento da minha empresa. E estava contente com o resultado.
Era contra os costumes do Hinduísmo mulheres terem sua fonte de independência. Eu havia sido abençoada pelos Deuses por ter tido uma mãe com pensamento moderno e ter convencido meu pai a me dá uma educação mais ampla juntamente com meu irmão Komal. Me formei em economia e montei a minha própria empresa tendo filiais nos Estados Unidos e no Brasil. Acabei me tornando mundialmente conhecida, principalmente em meu país. O que de início deixou meu pai raivoso com vários comentários machistas de que eu, como mulher não poderia fazer isso, então minha solução foi ter que colocar meu irmão ao meu lado trabalhando comigo.
Eu era a presidente, obvio que não colocaria um homem acima dos meus preceitos. Tudo isso foi apenas para acalmar a fera que possuía meu Baldi e realmente deu certo.
— Senhorita, pousaremos em alguns minutos. — Falou a aeromoça ao tocar em meu ombro.
— Obrigada. —Agradeci lhe lançando um sorriso educado.
Fechei o meu computador e respirei fundo sentindo o calor da minha terra natal aquecer o meu corpo e me causar certo incômodo.
Vinte minutos depois, saio do terminal de chegada e encontro Sagar, o velho motorista da minha família me esperando, segurando um letreiro que diz SENHORITA A. MEETHA.
Que exagero! Mas me alegro ao vê-lo.
— Namastê, Sagar!
— Namastê, senhorita Meetha. — Me saúda com formalidade, mas detecto um traço risonho em seus intensos olhos marrons.
Tão impecável como sempre: num elegante traje de Kuja Parma cinza.
— Já te conheço, Sagar, não precisava de cartaz. Além disso, agradeceria se me chamasse de Ami.
— Ami. Permita que eu leve sua bagagem?
— Nahim não, eu mesma posso levar. Chukriá.
Apertou os lábios visivelmente.
— Mas se você ficar mais tranquilo levando-a... pegue-a.
— Chukriá. — Ele pega a mochila e a mala recém comprada que Ella me deu de presente. — Por aqui, senhora.
Caminhamos em silencio até o Audi SUV negro que esperava lá fora, no estacionamento do aeroporto, ele abre a porta para mim. Enquanto subo, subo, me pergunto se foi uma boa ideia ter colocado uma saia tão curta na minha volta. No Brasil me parecia elegante e apropriada; aqui me sinto nua em meio a mulheres envoltas em seus saris. Assim que Sagar colocou minha bagagem no porta-malas, demos partida.
Avançamos devagar, apanhados pela hora do rush o tráfego era intenso. Sagar não tirava os olhos da estrada. Descrevê-lo como taciturno seria muito pouco. Escorada na janela eu sentia o sol ardente de mina terra, atravessar pelo vidro e aquecer minha pele. Quando nos aproximamos do pequeno vilarejo o céu azul começava a ganhar cores.
— Are, o que está acontecendo Sagar?
Olho curiosa para Sagar e ele me devolve o olhar pelo retrovisor; nossos olhos se encontram.
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Caminhos Do Amor
RomanceQuando o amor acenar, siga-o ainda que por caminhos ásperos e íngremes. Debulha-o até deixá-lo nu. Transforma-o, livrando-o de sua palha. Tritura-o,até torná-lo branco. Amassa-o, até deixá-lo macio; E, então,submete ao fogo para que se transfor...