Capítulo 34

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Vinte e cinco minutos depois, Alef sai do prédio, atrás dele está o guarda de segurança. Onde ele estava antes? E depois dele, Dastan e Cipriano. Alef parece doente. Ele vai direto para o taxi, e sou grata pelas janelas fortemente escurecidas do Audi, assim ele não pode me ver.

 Abrindo a porta do motorista, Dastan desliza suavemente no banco, provavelmente porque estou na frente, e Cipriano fica atrás de mim. Nenhum deles diz uma palavra, quando Dastan dirige o carro e entra no tráfego. Eu arrisco uma rápida olhada em meu marido. Sua boca está definida em uma linha firme, mas ele parece distraído. Quando o telefone do carro toca.

— Sundrani. — Datan dispara.

— Sr. Sundrani, aqui é Horan.

— Horan, estou no viva-voz, e há outros no carro. — Alerta Dastan.

— Senhor, tudo está feito.

— Eu ligo quando chegar ao meu destino. E chukriá Horan.

— Sem problemas, Sr. Sundrani.

Horan desliga. Ele soa muito mais jovem do que eu esperava. Dastan olha para mim, antes de fixar seus olhos de volta à estrada em frente, e posso dizer que ele ainda está bravo. Envolvo meus braços à minha volta e olho cega para fora da janela.

Eventualmente, nós paramos em frente a nossa casa, e Dastan sai do carro. Movendo-se rapidamente com graça para meu lado, abre minha porta.

— Tchalô, venha. — Ele ordena enquanto Cipriano se instala no banco do motorista.

Eu pego sua mão estendida e segui-o através do grande hall. Ele não me solta.

— Ô Brahma, se algo tivesse acontecido com você, ele estaria morto agora. — O tom de Dastan me dá calafrios até os ossos. — Eu vou arruinar sua carreira, para que ele não possa tirar vantagem de jovens mulheres mais, justificativa miserável para o homem que ele é. — Ele balança a cabeça. — Krishna, Ami! — Ele me agarra de repente, aprisionando-me no canto da porta.

Suas mãos apunhalam em meus cabelos, enquanto ele puxa meu rosto para o dele, e sua boca sobre a minha, um desespero apaixonado em seu beijo. Eu não sei por que isso me pega de surpresa, mas isto acontece. Eu provo o seu alívio, o seu desejo, e sua raiva residual, enquanto sua língua possui minha boca. Ele para, olha para mim, descansando seu peso contra mim, assim não posso me mexer. Ele me deixa sem fôlego, agarrando-o como apoio, olhando para aquele rosto lindo, gravado com determinação e sem qualquer traço de humor.

— Se alguma coisa tivesse acontecido com você. . . se ele tivesse machucado você. . . — Eu sinto o arrepio que o percorre.

Ele se endireita, liberando-me quando entramos.

— Ele disse que você o chutou nas bolas dele. — O tom de Dastan é mais leve, com um traço de admiração, e acho que estou perdoada.

— Tike he. — Sussurro, ainda me recuperando da intensidade de seu beijo e seu comando apaixonado.

— Atchá. Estou muito feliz com o que fez. — Ele respira e acrescenta, arqueando uma das sobrancelhas. — Eu preciso chamar Horan. Não vai demorar muito. Ravi e Ella estão vindo para cá.

Ele desaparece em seu escritório, deixando-me presa na grande sala de estar. A Sra. Suna está adicionando os retoques finais em nossa refeição. Eu percebo que estou morrendo de fome, mas preciso de algo para fazer.

— Posso ajudar? — Eu pergunto.

Ela ri.

— Nahim, Ami. Posso lhe preparar uma bebida ou algo assim? Você parece abatida.

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