Payne fala em sua manga novamente.
— Cipriano, Sr. Sundrani entrou em casa. — Ele recua e pega o fone de ouvido, puxando-o para fora de sua orelha, provavelmente recebendo alguns insultos poderosos de Cipriano.
Oh não, se Cipriano está preocupado. . .
— Por favor, deixe-me entrar. — Eu imploro.
— Desculpe senhora Sundrani. Isto não vai demorar muito. — Payne tinha as duas mãos em um gesto defensivo.
Em nome dos deuses. Eu me sinto tão impotente. Parada e imóvel, eu espero avidamente pelo menor ruído, mas tudo o que ouço é minha respiração. É alta e rasa, sinto meu couro cabeludo se arrepiar, minha boca esta seca, e eu me sinto fraca.
Por favor Lord Krishna, deixe que Dastan esteja bem, eu oro em silêncio.
Eu não tenho ideia de quanto tempo passou, e ainda não ouvimos nada. Certamente, nenhum som é bom, pois não há tiros. Eu começo a andar ao redor da porta e isso não me distrai por muito tempo. - Onde está Dastan?
Eu olho para Payne e ele me observa impassível.
— O que está acontecendo?
— Sem notícias, Srta. Sundrani.
De repente, a maçaneta se moveu. Payne gira e pega uma arma do coldre em seu ombro. Eu congelo. Dastan aparece na porta.
— Tike he, tudo certo. — Ele diz, franzindo a testa para Payne, que coloca a arma imediatamente e recua para trás para me deixar entrar. — Cipriano está exagerando. — Dastan resmunga enquanto estende a mão para mim.
Eu fico o olhando boquiaberta, incapaz de me mover, devorando cada pequeno detalhe. Seu cabelo rebelde, seus olhos apertados, a mandíbula tensa, os dois primeiros botões de sua camisa desfeita. Acho que ele envelheceu dez anos. Ele ficou carrancudo ante a minha preocupação, seus olhos escuros.
— Está tudo bem, amor. — Ele se move em minha direção, envolvendo-me em seus braços, e beijando meu cabelo. — Tachlô, vamos lá, você está cansada. Cama.
— Eu estava tão preocupada. — Murmurei contente com seu abraço e inalando seu cheiro doce, com minha cabeça contra seu peito.
— Eu sei. Estamos todos nervosos.
Payne desapareceu, provavelmente foi para o interior da casa.
— Honestamente, sua ex-namorada está provando ser muito desafiadora, Sr. Sundrani. — Eu murmuro ironicamente. Ele relaxa.
— Tike he. Ela está.
Ele me libera e toma minha mão, me leva pelo corredor ao quarto grande.
— Cipriano e sua equipe estão verificando todos os armários. Eu não acho que ela está aqui.
— Are. Por que ela estaria aqui? Não faz nenhum sentido.
— Exatamente.
— Ela poderia entrar?
— Nahim... Eu não vejo como. Mas Cipriano é cauteloso demais, às vezes.
Ele olha rapidamente para mim com a testa enrugada. Eu respiro profundamente.
— Você quer uma bebida ou qualquer coisa? — Ele pergunta.
— Nahim. — A fadiga percorre meu corpo, eu só quero ir para a cama.
— Tchalô. Deixe-me colocá-la na cama. Você parece exausta. — A expressão de Dastan abranda.
Fico aliviada quando ele me leva para nosso quarto. Eu coloco minha bolsa na cômoda e abro para esvaziar o conteúdo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Caminhos Do Amor
RomanceQuando o amor acenar, siga-o ainda que por caminhos ásperos e íngremes. Debulha-o até deixá-lo nu. Transforma-o, livrando-o de sua palha. Tritura-o,até torná-lo branco. Amassa-o, até deixá-lo macio; E, então,submete ao fogo para que se transfor...